Às vezes nos pegamos apaixonadas quando menos esperamos, no meu caso isso aconteceu repentinamente.
Eu estava no museu para uma entrevista de trabalho, me sentia apreensiva, contudo, aquele dia foi o melhor da minha vida.
O que eu posso dizer... con...
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Estou sentado em minha poltrona favorita, observando meu filho Ravi enquanto ele folheia alguns documentos em sua mesa. Faz alguns dias que ele voltou de Roma e não para, está tentando de todas as formas achar esse tal de Jhon Smith. Há algo no ar que me faz sentir que é hora de uma conversa séria. Meu coração de pai está cheio de preocupação e amor, tanto pelos meus filhos, quanto por Ava. Decido chamar meu filho e, juntos, irmos até o escritório do Zadock.
— Filho, vamos até o escritório de seu irmão?
— Ele já chegou? — Ele pergunta sem tirar os olhos dos papéis.
— Acredito que sim! — Ele se endireita e suspira.
— Então, vamos, tenho poucas e boas para falar para ele. — Diz se levantando, pegando seu terno no cabideiro, vestindo-se e o arrumando em seu corpo.
— Filho — seguro seu braço antes de sairmos da sala. — Seja paciente, por favor.
— Irei tentar papai, a Ava não merece o que ele faz com ela.
— Sei disso, filho e estamos indo lá para conversar com ele.
Saímos de seu escritório e caminhamos até o de Zack, nossos escritórios ficam nas últimas salas do museu, assim como todas as salas onde fazemos os trabalhos com as obras de arte. O encontramos imerso em seu trabalho, porém, sinto que algo está errado. Ele percebe a nossa presença, porém seus olhos evitam os nossos e seu sorriso parece forçado.
— Pai, mano... aconteceu algo? — Minha intuição paterna me diz que algo está perturbando seu coração. Respiro fundo e começo a conversa.
— Zadock, podemos falar com você por um momento? Temos algo importante para discutir.
— Claro, pai, sentem-se — ele indica as poltronas e caminhamos até elas, nos sentando. — O que está acontecendo?
— É sobre a sua relação com a Ava. Notamos que você tem estado muito distante dela e isso a tem deixado preocupada ultimamente. Queremos ter certeza de que tudo está bem. — Meu filho Ravi diz e percebo Zack engolir em seco.
Ele se levanta e vai até o seu mini bar, enche um copo de whisky o virando de uma vez, depois se vira para nós.
— Servidos?
— A essa hora da manhã? Não obrigado. — Ravi responde.
— E você também não deveria beber a esta hora, meu filho. — Digo com um olhar reprovador, ele se vira e enche outro copo.
— Não sou mais criança pai e sou competente com álcool ou sem ele — diz tomando o líquido do copo. — Mas vieram aqui para falar do meu relacionamento? Eu... sei que tenho estado distante. Mas amo a Ava, de verdade. Só estou passando por algumas coisas..., mas prometo que mudarei e darei mais atenção a ela. Além disso, tenho que trabalhar, não foi para isso que voltei?