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Amery, criada pelos pais que só se importam com eles mesmo. Uma mãe narcisista e um pai que morreu pelos seus próprios erros. Mesmo crescendo em uma família conturbada e cheia de segredos, Amery viu um porto seguro na amizade de Vinnie, um ga...
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Durante o trajeto do aeroporto até a casa da minha, eu só conseguia pensar na minha conversa com Jordan no hospital, várias horas atrás. Ela estava sofrendo, mais do que admitiu. Senti um peso em seus ombros e em seus olhos vi solidão e arrependimento.
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- Jordan, eu estou aqui com você... - segurei sua mão que estava gélida. - Você pode confiar em mim, converse comigo, por favor.
Ela focou os olhos em nossas mãos, ficando em silêncio por segundos que pareceram milênios.
- Queria que fosse tudo mais fácil, que tudo tivessesido diferente... - começou a falar, seus olhos estavam cheios de lágrimas. - Nick estánaquela cama há messes por minha causa, Amy... eu causei isso.
Senti sua mão tremer, segurei ainda mais forte, querendo passar toda a sua dor para mim.
•••
- Já estamos chegando, Srta. Leslie. - o motorista da minha mãe diz, me tirando dos meus pensamentos.
- Ah, certo... - soou vazio.
Minhas mãos estavam suada e nem estava fazendo calor, o ar do carro está ligado e o dia já estava virando noite. O motivo é a minha mãe, obviamente, eu odeio ter que vê-la, olhar para ela, mas não teria como eu escapar disso, pelo menos não hoje. Queria apenas ver Hyen e não precisar ficar no mesmo local que ela.
O que me deixa feliz é saber que em poucas horas Hyen vai assumir a empresa do pai e é óbvio que eu vou estar lá para ver, eu e minha mãe vamos estar lá. Tentei ligar para ele pelo celular de Gabe, mas ele não atendeu, provavelmente por estar muito ocupado. Eu passei em uma loja e comprei um presente, sei que ele vai gostar.
O motorista entrou no pequeno caminho até o condomínio que minha mãe mora. Tento acalmar meu nervosismo quando vejo a enorme casa. Ok, Amery, vai ficar tudo bem. O carro parou e em seguida a porta do passageiro abre e ele estende sua mão, eu seguro e saio. Um carro estava estacionado, eu nunca tinha visto ele, mas penso que é mais um que minha mãe comprou.
- Vou pegar suas coisas. - eu concordo e caminho para a entrada, soltando o ar dos meus pulmões.
Quando vejo Mary um pouco do meu nervosismo some, sorri para ela. Ela estava diferente, seu uniforme estava diferente, mas isso é normal. Minha mãe sempre exige um novo uniforme todo mês. Mas mesmo assim sinto que algo não está certo, espanto a sensação.
