⋆Capítulo Dois⋆

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Quando falei que queria beijá-la, estava ciente de que isso poderia acabar com a nossa amizade, mas mesmo assim quis arriscar

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Quando falei que queria beijá-la, estava ciente de que isso poderia acabar com a nossa amizade, mas mesmo assim quis arriscar. Eu escondi meus sentimentos por Amery desde meus cartoze anos, estava na hora. Não é mesmo? Eu a amo e tive a certeza que ela também me amava quando retribuiu meu beijo.

Depois daquele dia, ficamos mais próximos e mais íntimos. Beijos escondidos, saídas escondidas. Eu não queria que fosse assim, queria mostrar para todos a garota que eu estava namorando, mostrar para seus pais que eu poderia amar Amery para sempre.

Fazia um mês que estávamos namorando, pedi ela em namoro dois dias depois que chegamos da praia.

Sou iludido? talvez. Mas quando se trata de Amery, posso fazer de tudo para não perdê-la.

Nesse meio tempo, mostrei para ela vários lugares bonitos que ela nunca havia visto, lugares que seriam românticos demais quando eramos apenas amigos. Ela como sempre, amou todos.

Agora nos estávamos em minha casa, deitados no sofá. O único lugar onde poderíamos ficar à vontade, meu pai sabia e por isso nos deixava ficar aqui. Virou meio que o nosso canto escondido de seus pais e do povo fofoqueiro.

— Vinnie? — chamou, sua cabeça encostada em meu ombro. 

Estávamos assistindo algum programa aleatório.

— Sim? — respondi, apertando mais nossas mãos entrelaçadas.

— Você está feliz... com isso? — havia insegurança em sua voz. — Quer dizer, em manter nosso relacionamento em segredo?

Ela não se virou quando perguntou, continuou olhando para a televisão. Conhecendo ela, está com medo da minha resposta.

Percebi que desde que estamos juntos, ela se sente insegura e com pena, por estarmos fazendo isso escondido.

Levantei sua cabeça, fazendo ela olhar nos meus olhos.

— Amery, eu nunca poderia estar mais feliz. — depositei um beijo em sua testa. — Eu estou com você, aqui e agora. Não me importo com o tempo que possa durar até que eu possa te mostrar para Deus e o mundo. — ela sorrir.

Tiro alguns fios de seu cabelo cacheado de seu rosto. Beijo seus lábios perfeitos, um beijo sem pressa e cheios de sentimentos não ditos.

— Ok? — ela nega. Olho confuso para ela.

— Não é justo com você... — ela se levanta, sentando ereta no sofá. — Eu não tenho vergonha de dizer que você é meu namorado, pelo contrário, eu amo isso, meus pais... — seus olhos brilharam de lágrimas que ela não deixa cair.

Eu a abracei. Querendo que sua insegurança e medo passasse para mim.

— Amery... — minha voz sai baixa e cautelosa. — Seus pais não irão nos separar, ok? Eu não vou deixar.

Ela não concordou ou discordou, apenas me abraçou com força. Senti seu corpo tremer, me fazendo abraçá-la ainda mais forte. Beijei o topo de sua cabeça, mantendo a segura, perto de mim.

— Eu... — começou, com a voz trêmula, mas fomos interrompidos pela porta se abrindo.

Amery limpa seu rosto rapidamente, tirando todos os vestígios de choro de seu rosto.

Meu pai entra, vestindo seu macacão sujo de gracha de sempre e a mesma cara de cansaço, mas ao nos ver, um sorriso fraco apareceu em seu rosto.

— Oh, não sabia que vocês estavam aqui... — diz colocando algumas sacolas no chão.

Amery se levanta, provavelmente para ir embora, mas meu pai a impede.

— Não se preocupe, Amery, não vou atrapalhar vocês. — diz sorrindo.

Ela sorrir falsamente.

— Eu já estava indo mesmo. — ela olhou para seu relógio de pulso e se voltou para mim. — Meus pais já estão quase chegando.

Ela não diz mais que isso, apenas me dá um rápido beijo na bochecha e um aceno para meu, logo saindo com pressa pela nossa porta. Quis ir atrás dela, mas meu pai me impediu.

— Melhor não, meu filho. — eu obedeci.

Ajudei meu pai com as sacolas e fazer nossa janta, mas não consegui comer. Fui para meu quarto e mandei uma mensagem para Amery, mas ela não respondeu.

Os pais de Amery nunca apoiou nossa amizade, não seria diferente com o nosso relacionamento. Sua mãe já a ameaçou de mandá-la para estudar em um colégio interno na Inglaterra, caso não se afastasse de mim.

O ódio da sua mãe de mim e do meu pai é por uma história passada. Minha mãe e o pai de Amery tiveram um caso quando a mãe dela estava grávida, eu tinha dois anos na época. Sua mãe descobriu e fez um inferno na vida da minha mãe e, por maldade, na do meu pai também.

Minha mãe fugiu, deixando meu pai para cuidar de mim. Depois disso, ela nunca mais veio para cá, nem ao menos ligou para mim.

Amery não sabe disso e pretendo deixar assim. Não suportaria vê-la preocupada comigo ou discutindo com sua mãe, a mulher que pode afastar ela de mim com um estralar de dedos.

Eu a amo e se a única forma de mantê-la  perto de mim for mantendo esse segredo, eu farei. Pelo menos até Amery fazer dezoito anos, e então eu poderia levá-la para longe dessa cidade e de seus pais. Apenas nos três, eu, Amery e meu pai.

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Minha Querida Bailarina - Vinnie HackerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora