⋆Capítulo Oito⋆

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Amery sorria, tão feliz, cantando sua música preferida, que no mesmo instante se tornou a minha

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Amery sorria, tão feliz, cantando sua música preferida, que no mesmo instante se tornou a minha. Seu cabelo perfeito estava balançando conforme ela se empolgava cantando.

Estávamos dirigindo para o nosso lugar de paz, onde nos beijamos. Mas uma luz me fez desviar meus olhos de Amy e quando menos percebi, seu corpo estava em um barranco, coberto de sangue.

— Amery! — grito, sentindo minha garganta doer. — Amery, por favor, acorde!

Ela não respondia. E então meu corpo ficou pesado, me fazendo cair e não conseguindo levantar.

Eu poderia ter salvado ela
Eu poderia ter feito mais.
Eu tinha que salvá-la.
Eu falhei, eu me odeio.
Me perdoe, Amy... me perdoe...

・・ ・・

Meu corpo estava suado e tremendo quando espantei. Mais uma vez os pesadelos, sempre os pesadelos.

Sempre os malditos pesadelos com ela, com Amery e com tudo que aconteceu anos atrás. Aquela noite mora em minha cabeça, sempre vai ficar aqui, para me lembrar que fui um fraco, que falhei em protegê-la.

Você é patético, Vinnie.

O relógio marcava 05:11 da manhã, então apenas me troquei e saí do meu quarto. Tendo a infelicidade de topar com Liam.

— A bela adormecida acordou cedo hoje... — provoca ele, deitado preguiçosamente no sofá.

Não rebato sua provocação infantil, apenas levanto meu dedo do meio e saio pela porta.

A academia estava vazia, o que é ótimo, odeio pessoas. Treinar até não aguentar, essa é a minha forma de tentar esquecer os pesadelos, mas eles não vão embora, nunca vão.

Amery. É tudo o que vem em minha mente.

Vê-la coberta de sangue, de novo, em meu sonho não ajuda manter minha mente quieta. Foi minha culpa, sempre será e não tenha nada que eu possa fazer para consertar.

Depois de quase uma hora treinando sem parar, meu corpo estava dolorido, mas continuei e quando estava prestes a levantar outro peso, meu braço deou até meu ombro.

— Merda... — soltei um pequeno gemido de dor.

Tentei massagear com a mão livre, mas não consegui.

— Que merda, Vinnie... — resmunguei frustrado.

— Não força, só vai piorar. — estremeci.

Olhando para trás, encontro Amery parada, vestida como uma bailarina e com uma bolsa de lado em seu ombro. Ela segurava um par de sapatilhas em uma das mãos.

— O que? — é só isso que falo.

— Eu falei, não força o seu braço, só vai piorar. — ela fala, se aproximando.

Minha Querida Bailarina - Vinnie HackerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora