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Amery, criada pelos pais que só se importam com eles mesmo. Uma mãe narcisista e um pai que morreu pelos seus próprios erros. Mesmo crescendo em uma família conturbada e cheia de segredos, Amery viu um porto seguro na amizade de Vinnie, um ga...
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Por mais que eu odiasse estar no mesmo local que minha mãe, eu não poderia ignorá-la ou simplesmente escolher não vê-la. Nunca fomos próximas e nunca tivemos uma relação saudável de mãe e filha, mas mesmo assim sempre estamos juntas em alguma foto ou em algum evento, sorrindo alegremente. Uma farsa.
Um sorriso falso está nos meus labios, e nos dela também. Sua mão em minha cintura, apertando firme, esse é o seu aviso para mim sorrir e fingir que somos uma família feliz.
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— Obrigado, Sra. Leslie. — agradece o homem apertando sua mão, com um sorriso no rosto.
Ela sorrir, eu faço o mesmo.
— Não há de que! — fala alegremente.
O homem sai e meu corpo fica tenso quando o sorriso da minha mãe some e ela me olha com indiferença.
O que eu fiz de errado, mamãe?
Desde que chegamos aqui, quase três horas atrás, eu fiz exatamente o que ela esperava que fizesse.
Por sorte, ou azar, fomos interrompidas por uma voz, e mais uma vez ela coloca sua máscara de mulher carismática.
— Penélope! — o Sr. Walryt a chama com um sorriso largo no rosto. — Que bom que você veio. — minha mãe o comprimenta com um breve beijo no rosto.
Minha mãe não perde a oportunidade de jogar algum charme para ele.
Nojo.
— Eu não poderia perder essa grande noite. — diz com um sorriso sedutor no rosto.
— Olá, Amery. — ele me comprimenta, eu sorrio.
— Olá, Sr. Walryt. — falo baixo.
— Se me permite, Amery, preciso pegar sua mãe emprestada. — ele a olha e estende o braço para minha mãe.
— Claro. — falo para ele, aliviada por ele aparecer na hora certa.
Minha mãe cruza seu braço com o dele e eles saem, indo para um grupo de mulheres bem vestidas e homens de ternos.
O burburinho das pessoas está preenchendo o salão da casa. Olho ao redor, tentando achar algum lugar para me esconder, e entro na primeira porta que acho. Me deparando com uma sala enorme, onde tem uma mesa com vários pratos alinhados de forma organizada. Presumindo que é para as pessoas mais importantes dessa noite.
Fecho a porta e fico feliz pela por abafar os sons de conversas.
Meus pés doem e os saltos não ajudam em nada.Tive um longo ensaio de balé antes de vir, avisei que não aguentaria, mas ela não me escutou. Nesse sábado, será minha última apresentação, depois disso estarei voando para longe dessa cidade, para estudar em uma ótima universidade para bailarinas, assim como eu.
