A ardilosa e autoproclamada Grã-Rainha de Prythian mantinha um segredo guardado de todos; uma filha. Uma criança que havia sido mantida escondida até mesmo de seu próprio pai, uma criança que era fruto dos abusos cometidos contra o Grão-Senhor da Co...
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ADHARA
Abri os meus olhos no momento que senti os raios de sol aquecer o meu rosto, me espreguiço ainda deitada na cama antes de me levantar da cama e ir diretamente para o banheiro tomar um bom banho para poder acordar totalmente e assim começar bem o dia.
Assim que saio do banho, coloco uma calça preta cintura alta, ela era larguinha e o tecido era bem leve, ela era um pouco apertada nos tornozelos e com bainha de veludo em um tom dourado brilhante. As mangas longas da blusa era transparente e combinava com a calça, também eram feitas de organza, apertadas na altura dos pulsos e a própria blusa chegava apenas à altura do meu umbigo, revelando uma pequena faixa de pele. A roupa era a moda da Corte Noturna, exatamente iguais as que tia Amren tanto gostava e costumava a usar diariamente.
Senti meu estômago roncar de fome, então me apressei para pentear meus cabelos e resolvi deixá-los soltos mesmo, demoraria muito para fazer algum tipo de penteado. Quando estou pronta saio do meu quarto e comecei a caminhar até a ampla varanda de pedra que tinha a vista perfeita das montanhas.
Uma pequena mesa de vidro com quatro cadeiras estava no meio da varanda. A mesa estava composta com frutas, sucos, chá, bolinhos e carne de café da manhã. Sentado em uma das cadeiras estava meu pai, que assim que percebeu minha presença olhou para mim e abriu um sorriso caloroso, antes de fazer um gesto com a mão indicando que era para me sentar ao seu lado.
- "Bom dia paizinho." - abri um sorriso para ele antes de dar um beijo em sua bochecha.
- "Bom dia minha princesa." - ele disse dando-me um beijo na testa.
Sento-me na cadeira ao seu lado e logo ele me serve uma xícara com chá de erva doce, o qual tomo um longo gole. Estava prestes a perguntar onde a ex-humana estava, quando ouvi seus passos se aproximando da varanda e segundos depois ela aparece em meu campo de visão.
Feyre estava usando roupas iguais as minhas, só que as dela eram cor de pêssego, seus belos cabelos castanhos dourados estavam soltos reluzindo a luz do sol, seus olhos azuis acinzentados eram mais claros do que eu me lembrava. Como humana, Feyre já era muito bonita mas agora como grã-feérica ela realmente está estonteante, mesmo ela estando magra demais para ser saudável.
A ex-humana olhou para mim de forma avaliativa, como se estivesse esperando que eu fizesse algo com ela ou dissesse alguma coisa hostil, talvez algo que Amarantha diria mas eu jamais falarei ou agirei como minha mãe agia. Eu mesma me repudiaria se fizesse algo que ela faria.
Feyre olhou para meus cabelos com confusão, mas também não é pra menos, já que quando nos vimos pela última vez com ela ainda humana, meus cabelos era de outra cor.
Até o momento, meu pai ainda não havia dito nada desde que Feyre entrou na varanda, mas sabia que ele havia sentido a sua presença antes mesmo dela se aproximar. Feyre finalmente desviou os olhos de mim e olhou para o meu pai, ela parecia está de mal-humor.
