A ardilosa e autoproclamada Grã-Rainha de Prythian mantinha um segredo guardado de todos; uma filha. Uma criança que havia sido mantida escondida até mesmo de seu próprio pai, uma criança que era fruto dos abusos cometidos contra o Grão-Senhor da Co...
Demorou um pouquinho, mas finalmente postei um capítulo novo. Espero que gostem. Tenham uma Boa Leitura! 😘
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ADHARA
Um gemido de dor escapou pelos meus lábios quando mexi.
Três longos dias se passaram desde o castigo que minha mãe aplicou em mim e mesmo depois de terem se passado dias, os meus cortes não melhoraram em nada, eu acredito que eles até estejam piores. Tudo em mim doía e qualquer mínimo movimento fazia com que a dor se alastrasse pelas minhas costas, o que quase me fazia implorar para morrer logo de uma vez. Então na maioria do tempo, me mantenho deitada na cama de barriga para baixo e me mantinha na mesma posição, porque sempre que me mexo tenho a sensação de que tem alguma coisa em alguns cortes nas minhas costas, me fazendo acreditar que havia algo sendo perfurado por dentro com um mínimo movimento.
Ninguém veio me ver durante esses dias, minha mãe não apareceu e nem mandou ninguém me curar como das outras pessoas, talvez ela esteja esperando que a essa hora eu tenha morrido. A única pessoa que vem até o meu quarto é Lilian para trazer minhas refeições que nem ao menos eu conseguia comer.
Meu pai também não esteve por aqui e nem mesmo tentou se comunicar comigo mentalmente, talvez ele ainda esteja ocupado com os afazeres que minha mãe designou ele fazer ou talvez ela também tenha castigar ele o pedindo de me ver ou falar comigo. Pode ser também que ele esteja ocupado com qualquer outra coisa que seja mais importante do que a filha bastarda que há poucos meses ele nem sabia que existia.
Eu já não sei mais o que pensar e isso também não me importava agora.
Sei que não estou nada bem, minhas feridas estavam infeccionando e a febre era um sinal disso. Respirar doía, era como se eu tivesse engolido vidro quebrado e agora estavam em meus pulmões... Tudo em mim doía.
Suspirei com dificuldade sentindo a minha garganta seca e olhei na direção da mesa onde havia uma jarra de água ao lado da bandeja com meu almoço que ainda estava intacto. Minha comida estava ali desde que Lilian trouxe a minha refeição há mais ou menos duas ou três horas atrás.
Estava morrendo de sede e meu estômago também estava rugindo de fome, implorando para receber um pouco de comida mas só de pensar em levantar da cama, me dá vontade de chorar porque eu sabia que sentiria muita dor ao fazer esse simples movimento.
Mas eu precisava, precisava tanto de um pouco de água.
Depois de reunir toda coragem que eu precisava, lentamente começo a me levantar apoiando meu peso em meus braços, prendi a respiração quando me impulsionei um pouco para cima, mas uma dor lacinante me fez desabar sobre a cama e morder meu lábio inferior com tanta força que tirei sangue só para evitar que um grito agudo de dor saísse pelos meus lábios, mas foi inevitável que as lágrimas caírem.
