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ADHARA

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ADHARA

Fazem uns três dias desde que consegui ouvir aquela conversa do lado de fora do meu quarto entre o tal de Aidan e Eris, e desde aquele dia nada de muito interessante aconteceu, nenhuma conversa veio lá de fora, nem mesmo entre os dois guardas que ficavam do lado de fora da minha porta.

A curiosidade de saber quem era esse tal de Tamlin, o motivo para Amarantha ter lançado uma maldição sobre ele, que tempo é esse que está acabando e porque ele teria que fazer uma fêmea humana se apaixonar por ele...

Como ele faria isso? Posso não saber sobre muitas coisas, mas pelo o que eu soube é que os humanos odeiam os féericos.

Como todos os dias no mesmo horário, Lilian trouxe o meu almoço e mais uma vez, depois de mais uma tentativa frustrada de ter algum tipo de conversa com ela, a criada foi embora do meu quarto praticamente correndo, me deixando novamente sozinha.

Às vezes eu acho que Lilian tem medo de mim ou talvez esse medo seja de Amarantha, ou até mesmo minha mãe tenha dado ordens para Lilian não ter nenhum contato comigo que não seja profissional... acho que nunca vou descobrir isso.

Mesmo já estando acostumada com esses tipos de coisas, eu ainda me senti chateada e também frustrada sempre que isso acontece. Lilian é a única pessoa; tirando Amarantha quando aparece por aqui, que tenho contato e com quem eu poderia ter uma conversa minimamente civilizada.

Começo minha comida em um completo silêncio, embora a comida não tenha muito sabor, ela até que estava boa. Normalmente é sempre a mesma coisa, uma tigela média de sopa, pão fresco e um pedaço de torta de carne, mas às vezes vinha um prato com arroz, legumes cozidos e um pedaço de carne assada ou frango.

Enquanto comia calmamente a minha refeição, comecei a sentir a sensação que está sendo observada e logo senti mais uma presença aqui no meu quarto. Isso era realmente algo muito estranho já que é a única pessoa aqui dentro, mas talvez essa sensação seja apenas uma impressão minha ou talvez eu esteja começando a ficar louca e minha mente desocupada esteja pregando uma peça em mim. Acho que isso é o resultado de sempre está sozinha e agora estou começando a imaginar coisas que não existem, pois não há como ter outra pessoa aqui dentro, não há como alguém ter entrado por aquela porta e eu não ter percebido antes.

Por via das dúvidas olho para o lado só para ter certeza de que não há mais nada ou algo diferente que dentro comigo. Nego com a cabeça soltando um suspiro pesado, deixa a paranóia de lado e começo a prestar atenção na comida em meu prato.

Mas por mais que eu tente ignorar essa estranha sensação, eu voltei a senti-la e isso era algo muito estranho.

Pego o meu copo e tomo um longo gole antes de olhar novamente para o lado mas só que dessa vez, no canto ao lado do meu guarda-roupa vejo um amor todo lado de uma massa escura, o que parecia ser sombras.

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