27 - Amanhecer

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Win

A doutora Chane sentou ao meu lado e colocou o braço em volta do meu ombro.

"Ele fez exames e análises no sangue." Disse ela. "E não há nada anormal. Não há sangramento ou coágulos, inchaços, sem novas sombras. Sem abscessos ou infecção. Não há alterações nos exames anteriores."

Eu limpei meu rosto.
"Isso é bom, certo?"

Ela assentiu.
"Sim. Mas..."

"Mas o quê?"

"Há uma espessura reduzida no córtex pré-frontal direito e no giro temporal superior esquerdo, alguns volumes aumentados de amígdala e volumes caudados reduzidos."

"O que isso significa?" Questionei sem entender ao certo.

"Estresse extremo."

"Oh Deus." Senti que ia vomitar.

"Me diga o que aconteceu."

Eu tentei pensar. Comece do começo, Win.

"Saímos do seu escritório e fomos para um café da manhã tardio. Ele estava bem e bastante feliz. No entanto, ele também estava cansado, ele fica cansado quando saímos. Mas ele estava feliz. Ele estava ansioso para chegar em casa. Estávamos aguardando os resultados formais da clínica de saúde sexual e ele queria ir para casa porque o carteiro estaria..." Deus, isso parece ter sido a uma vida atrás. "Mas a mãe dele apareceu. A última vez que ele se lembra de tê-la visto foi antes de se mudar para Darwin. Ela disse que ele era nojento e como ser gay era a pior coisa que ele poderia ter feito com ela." Respirei fundo. "Ela nos disse isso quando fomos vê-la há quatro anos, mas Bright não se lembra disso."

"Então ela apareceu do nada?"

Eu assenti.
"Ela leu a entrevista no Times." Falei.

Ela assentiu devagar.
"O dinheiro."

Coloquei minha mão na minha testa.
"Ela é uma pessoa horrível. Chegou exigindo dinheiro e eu gritei com ela. Ela gritou de volta para mim e eu gritei um pouco mais. Então Bright gritou..." Encontrei seus olhos e balancei minha cabeça. "Doutora, eu nunca o ouvi gritar. Nunca. Nem uma vez em todos os anos que o conheço. Quero dizer, ele gritava quando assistia futebol, mas nunca com uma pessoa. Mas ele gritou com ela e jogou sua bengala nela, e então ele simplesmente desligou. Ele ficou todo dócil e eu o carreguei para cima. Eu pensei que ele só precisava dormir, sabe? Quando ele fica muito cansado, ele fica assim, então eu pensei que ele só precisava dormir. Ele disse que sua cabeça doía. Peguei as pílulas para ele. Apenas as normais, nada de diferente. Ele só tomou o que normalmente toma. E então ele dormiu por horas, e eu pensei que era o que ele precisava. Ele acordou um pouco quando eu fui dormir, murmurou algumas palavras, esse tipo de coisa. E eu pensei que ele ficaria bem esta manhã. Mas Deus, ele não podia nem falar." Novas lágrimas brotaram nos meus olhos. "Cristo, doutora, o que eu fiz de errado?"

"Nada." Ela disse. "Os gritos só não foram ideais."

"Pedi que ela fosse embora e ela recusou. Eu deveria tê-la agarrado e jogado-a fora pela bunda." Engoli em seco, sentindo mais lágrimas, raiva e culpa. "Eu o defendi. Mas eu deveria ter protegido ele. Eu deveria tê-la feito sair."

"Você não é responsável pelo comportamento dela."

Não, mas sou responsável pelo meu. E eu sou responsável por ele.
Não havia sentido em dizer isso. Nós dois sabíamos disso. Em vez disso, eu disse:

"Como ele está?" Então, algo horrível me ocorreu. "Oh Deus. Ele perdeu a memória de novo?"

Ela balançou a cabeça.
"Não é impossível, mas não é provável. O hipocampo nas varreduras não foi alterado."

Pedaços de nós dois Where stories live. Discover now