19 - A música

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Win

Eu estava surpreso, para dizer o mínimo, que Bright tivesse concordado em ir ao churrasco na casa de Jimmy e Nancy. Tê-los visitando para verem como Bright estava indo era uma coisa, mas ir para a casa deles era outra.
No entanto, isso era algo que Bright decidiu que precisava fazer. Isso o faria feliz. E, a parte mais importante, era ele quem tomava suas decisões e ele queria vê-los, ser sociável e sair de casa.

Então, quem era eu para discordar disso?
Depois que Jimmy e Nancy foram embora, Bright subiu as escadas e dormiu por algumas horas e eu li as informações de pedido de indenização que Angela havia me enviado. A van poderia ser substituída, juntamente com os milhares de dólares em ferramentas que estavam nela. Noventa e cinco por cento do salário de Bright seria pago e cem por cento das contas médicas.

Sim, o alívio que senti foi imenso, mas também a gratidão. E com isso em mente, depois de fazer um pouco de matemática, chamei Guns e Mike para o meu escritório.

"O que há, chefe?" Mike perguntou.

"Sentem, pessoal."

Os dois me lançaram um olhar nervoso enquanto se sentavam.

"Não é uma coisa ruim." Eu disse, aliviando suas preocupações. "É o contrário, na verdade. O acidente de Bright nos mudou bastante de várias maneiras e eu seria um chefe de merda se não usasse isso como uma oportunidade para implementar algumas coisas que tornariam seu trabalho mais fácil e seguro. Então, quero que vocês pensem e apresentem algumas idéias."

Guns me lançou um olhar cauteloso.
"Tipo o quê?"

"Bem, tenho certeza de que poderíamos examinar nossos kits de ferramentas e atualizar algumas peças, com certeza. Como novos kits de pressão e testadores de bateria. Isso facilitará todos os nossos trabalhos. Mas eu também estava pensando que poderíamos usar algumas tralhas hidráulicas. Sei que estamos usando suportes de moto da velha guarda há anos, mas devemos atualizar. Há outros que são mais seguros e melhores para nossas costas. E isso significará novos assentos de oficina também."

"Aqueles chiques?" Mike perguntou.

"Podemos apostar corridas de scooter com o Bright de um extremo ao outro da oficina."

Eu ri com isso, e até Guns sorriu. Mas então ele balançou a cabeça.

"Win." Ele sussurrou. "Você não precisa fazer isso."

"É claro que sim. Eu deveria ter feito isso anos atrás."

"Essas coisas custam uma fortuna."

"Conseguimos a aprovação do seguro veicular e do seguro dos trabalhadores. Finalmente. E eu deveria usar o dinheiro para tornar o trabalho de todos mais seguro."

"Vamos adquirir uma nova van?" Mike perguntou.

"Foi aprovado, sim." Soltei um suspiro. "Mas vou ser sincero com vocês, não sei como me sinto em ter alguém na estrada novamente. Eu sei que foi idéia de Bright, era seu bebê, e foi uma boa decisão para os negócios, mas o pensamento de outro acidente..." Estremeci. "Não sei se vale a pena."

"Você se preocuparia com quem saísse." Disse Guns calmamente.
E isso era verdade. Eu realmente me preocuparia.

"Talvez Bai queira voltar a isso. Como você disse, foi ideia dele, para começar. Era o trabalho dele." Mike encolheu os ombros. "Não estou dizendo que também quero ele lá fora. Só estou dizendo que deveria ser escolha dele. Quando ele estiver bem em dirigir novamente." Seus olhos encontraram os meus. "Ele nunca terá autorização para dirigir de novo?"

"Não por um tempo." Respondi. "Ele teria que fazer exames médicos e seus neurologistas teriam que assinar. Eu acho que não. Ainda não chegamos tão longe. Definitivamente não em seis meses, eu diria."

Pedaços de nós dois Where stories live. Discover now