"Isso é delicioso!" ela exclamou, dando outra mordida. "Eu nunca imaginei que haggis pudesse ter um gosto tão bom."

Margor riu. "Eu te avisei. A culinária escocesa é subestimada, se é que posso dizer isso. Era algo que eu minha mãe mais comíamos durante o nosso tempo na reconstrução."

Polirys concordou com a cabeça, provando mais pratos colocados diante deles. Havia uma variedade de carnes, incluindo veado e salmão, além de neeps e tatties.

“Isso é incrível”, disse ela, saboreando os sabores. "Não acredito que nunca experimentei isso antes."

"Estou feliz que você esteja gostando", disse o homem, mas que estava atento a suas expressões também. Tal tipo de comida poderia ser bem pesado para aqueles com... gostos  mais leves.

Quando o sol começou a se pôr, ambos foram até o centro da praça, onde uma pequena multidão se reunira em torno de um artista de rua tocando flauta. Maegor enfiou a mão na bolsa e tirou o alaúde esculpido delicadamente, por ele próprio alguns bons anos, sorrindo para a esposa. "Vamos dar um show para eles, meu amor?" ele perguntou, seus olhos brilhando maliciosamente.

O coração da jovem princesa acelerou de excitação. "Sim, vamos lá!" ela exclamou, seus olhos brilhando de antecipação, mesmo em que seu fundo mostrasse certo receio.

Ele dedilhou seu alaúde e a mulher juntou-se a ele com sua voz doce e clara. Eles cantaram baladas e poemas tradicionais Valirianos das quais ambos eram tão apaixonados, suas harmonias combinando perfeitamente. A multidão ao redor deles cresceu e as pessoas pararam para ouvir e aplaudir.

Polirys sentiu a alegria e a energia das pessoas enquanto cantavam e tocavam, sem nenhum tipo de olhar atravessado. Ela não pôde deixar de sorrir amplamente enquanto olhava ao redor da praça.

Esse era um lado de seu marido que quase nunca era visto, principalmente em público, pelo menos antes, e ela adorou. Ela se sentiu grata pela oportunidade de vivenciar a cultura de sua antiga família tão de perto e estar ao lado daqueles que realmente respeitavam a cultura, e de poder compartilhá-lo com Maegor, principalmente.

Quando terminaram a última música, a multidão explodiu em gritos e aplausos. Maegor curvou-se profundamente, sorrindo de orelha a orelha. "Obrigado, obrigado", disse ele, sua voz ainda dura e um tanto ríspida, mas para ela que eu conhecia estava claro que era cheia de calor e sinceridade.

A própria fez uma reverência, sentindo o calor da apreciação da multidão. "Foi um prazer", disse ela, com as bochechas vermelhas de felicidade e e vergonha ao mesmo tempo, confinamento atitude chegando a sua consciência.

Enquanto arrumavam os instrumentos, o futuro Rei virou-se para ela.

"Já disse que você tem uma voz linda?"disse ele, com os olhos brilhando. "Eu não tinha ideia de que você poderia cantar assim."

Polirys riu. "Eu poderia dizer o mesmo de você", ela respondeu, com os olhos brilhando de carinho.

Maegor se inclinou e beijou-a na bochecha. "Estou feliz por podermos compartilhar esses momentos juntos", disse ele suavemente.

O coração dela se encheu de felicidade. Ela sabia que este era apenas o começo de muitas outras aventuras que compartilhariam. Ela ansiava por cada um deles.

A noite estava clara e sem nuvens e eles admiravam as estrelas brilhando no céu.

Juntos terminaram o encontro com um passeio pelas margens da baía negra. Ela ficou maravilhada quando seu marido revelou uma linda toalha xadrez e uma cesta de piquenique com pratos variados e ricos para eles desfrutarem no jantar. 

Eles jantaram em um silêncio confortável, ocasionalmente conversando sobre seus planos para o futuro. Polirys não pôde deixar de se sentir contente ao olhar para as estrelas, sentindo o calor de Maegor ao seu lado.

Encarando o céu, Polirys também pensou nos últimos meses. Desde que conheceu Maegor Blackfyre, sua vida virou de cabeça para baixo, e embora ele pudesse ser o príncipe cavaleiro das histórias que ouvia a dormir, quando menina, ela sabia que havia mais.

Seu marido era um futuro rei, com uma dinastia não só rica e próspera para comandar futuramente, mas também para estabelecer a governança como um selo final, mostrando que não havia sido o acaso ou falho que viria a cair.

E no momento em que aceitou seu casamento com ele, também se comprometeu com isso. Ainda assim, não esperava tudo isso.

Perdeu seu primeiro filho, viu seu bom irmão quase ser morto para a defender, sofreu tentativas de envenenamento e e então foi atacada. Eles a estupraram-na por quem ela era, para a realeza, para o reino... para seu marido...

Seu marido que não tem sido nada além de gentil e atencioso, mesmo quando o afasta. Que mesmo quando oferece seus serviços (obrigações) como mulher, tem se recusado por perceber que ela própria não estava bem com isso.

Ela deu sorte. Sabe disso. Quantos seriam gentis e compreensíveis quando viviam em uma sociedade dominada pelo pensamento masculino com pouco domínio para as mulheres?

Pensando nos últimos dias. Em todo o esforço de Maegor para a deixar confortável, dormindo em seu sofá na antecâmara, passando horas em sua porta para velar seu sono e a deixar saber que estava segura. A tirando completamente da corte para que pudesse se recuperar, para sofrer em paz, mesmo deixando de lado seus deveres como herdeiro.

Polirys sentiu seus olhos arderem.

Ela deu sorte.

Ela o ama.

E precisa dele.

De sua proteção. Amor e carinho.

Pode ser egoísmo, mas ao mesmo tempo em que precisa o afastar para se sentir bem, precisa dele para se sentir segura.

E isso a deixa tão confusa. Tão... Vulnerável...

" Mae..." Ele a olha, e a quebra, com seu olhar amoroso e claramente de adorador. " Obrigada..."

Ele a olha confusa, com uma sobrancelha se arqueando da mesma forma que sua mãe faz, mas diferente da mulher que usa isso principalmente para mostrar insatisfação ou zombar de alguém, ele demonstra interesse.

" Por me amar. Por... Me escolher... Por me manter com você."

" Polirys..."

" Mas maioria dos homens nunca aceitaria uma mulher como eu..." Disse consciente. " Abisada. Mamchada. Alguém que prefere livres a bordados... Eu nem sei bordar direito na verdade, alguém que tem interesse em animais ao invés de pessoas. Mas você não... E... Eu te amo ainda mais por isso. Você... É inteligente, culto, ama ler e me aceita por quem eu sou, me ama por quem eu sou... Obrigada."

A estrutura dele era alta e larga, constituída por anos de treinamento rígido e cronometrado, mas ali ele não parecia nada além de uma montanha de aconchegos do qual ela necessitava. Tanto...

" Eu... Eu preciso de você."

Maegor a olhou com atenção por um longo momento, claramente considerando suas palavras, seus modos e sua expressão. E por mais receio que tivesse, tudo o que desejava era que ele visse o que ela realmente precisava.

Ele então se apoiou para mais a frente e a beijou lentamente, tirando completamente o ar de seus pulmões antes de passar uma mão por sua cintura e a puxar para seu colo como se não fosse não pesasse mais do que o vento.

Eles eram o lar um do outro.

Metade um do outro.

E enquanto ele era o fogo; quente e ardente.

Ela era o mar; agitado podendo causar tempestades, mas também suave e gentil.

Porque eles eram uma alma dividida em duas, que só juntas poderiam realmente se sentirem completos. Porque eram; chamas gêmeas.

Sangue do ConquistadorNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ