" Justiça dos Deuses"

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Maegor andava ereto e orgulhoso, se parecendo com um guerreiro em cada centímetro de seu corpo.

Ele era alto e poderoso,com ombros largos e braços musculosos. Sua barriga era reta, tão dura quanto um escudo de carvalho. Com fortes traços e características Targaryen, era uma bela visão com profundos olhos violetas e cabelos ouro-prateados, longos e esvoaçantes até a altura de seus ombros. Sempre mantendo o rosto liso, embora não tivesse idade para ter barba ou bigode, e se portava como o Príncipe que era.

Com a chegada de seu irmão, o povo viu o Príncipe quieto e tactuno, embora diligente e prestativo, se transformar em outro. Ainda levava seus deveres e estudos com uma seriedade nunca vista em outra criança, mas o sorriso e o olhar não mentia o quanto a presença do príncipe Rhaegar o mudou.

Maegor era um guerreiro nato e não amava nada mais do que os feitos com armas, destacando-se neles. Ainda também era visto como um prodígio em seus estudos, aprendendo as línguas de seu povo com uma rapidez surpreendente e sempre pensando no bem do povo e como ajudar o governo de sua mãe.

Ao amanhecer de deu décimo dia de nome, o povo festejou pela sua vida e várias oferendas foram entregues ao portão do palácio e também ao templo dos seus, ungindo e agradecendo pela vida de seu príncipe.

Visenya mandou fazer um banquete em homenagem ao seu filho mais velho, e também organizou para que comida fosse dada ao povo, principalmente aos mais pobres, sendo crianças e idosos a prioridade.

Um passeio a cavalo pelas ruas próximas ao palácio foram feitas e os dragões voavam sempre acima deles. 

Coroas de flores, flores, frutas e até tecidos foram jogados ao redor deles enquanto o povo se aglomeravam. Alguns cavaleiros atrás ficaram para recuperar os presentes.

Até mesmo seus cavaleiros pareciam apreciar o dia, tendo marcado ao redor do castelo o dia todo enquanto cantavam em suas línguas.

Visenya havia pensado em entregar Dark Sister ao seu filho como presente, mas em verdade sua espada era uma das poucas memórias que ainda tinha intacta de seu pai.

Depois de muito pensar e verificar todas as relíquias que haviam encontrado no castelo em sua chegada, encontrou uma espada, fina e menor, mas tão potente quanto e ainda, de aço valiriano, e acreditou ser um presente adequado.

O jantar havia sido dado no Salão da Rainha, que deveria suportar até cem pessoas, e possui espelhos de prata batida junto a cada arandela, fazendo com que as luzes dos archotes pareçam ter o dobro de luminosidade. 

As paredes são recobertas com painéis de madeira belamente esculpidos, assim como esculturas dos deuses valirianos, e esteiras com um cheiro agradável cobrem o chão. Uma fileira de janelas arqueadas estendem-se ao longo da parede sul.

Havia carne fresca, dl gado mãos cheio com cortes mais frescos, porco banhado em azeite com alcachofra, ervilha, cenouras e maçãs. Frutos do mar e muitos peixes, cozidos, fritos e banhados. Vinho, principalmente aguado para os mais novos, água e chá.

De doces havia pão de limão, bolo de maçã, torta de Romã e frutas cristalizadas. 

O último presente foi o da rainha, dado depois até mesmo das danças e tudo mais, a mulher se ergueu em toda sua altura no meio da sala, com seu filho, e pediu o presente ao empregado.

Se o olhar do menino significasse algo, era a melhor coisa que poderia receber.

" Com está espada, espero que traçe seu próprio destino, que proteja sua família e reino e se mostra um verdadeiro cavaleiro!"

" Obrigada munã…"

Sua voz soava baixa, embora admirada, seus olhos brilhavam enlouquecidamente antes de ser substituído por uma expressão determinada.

" Honrarei minha casa e meu reino, minha rainha."

" Assim espero. Você poderá nomeá-lo…"

Ansioso, ou desesperado, não houve espera antes de declarar.

" Justiça dos Deuses!"

Visenya o olhou com um sorriso ladino, com a sobrancelha arqueada enquanto o menino corava, embora sorriso também.

" Justiça dos Deuses, minha senhora. Pois assim será. Que minha vida, que minha espada faça a vontade dos Deuses Valirianos, que seja para proteger o reino e nossa família, que seja para proteger nossa honra e buscar justiça."

" Que assim seja!"

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