Acho que não e você?

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Adrian narrando

Só posso estar ficando louco, hoje ao sair do meu apartamento, fui no apartamento que a minha gerente Susana esta, conversei com ela sobre o desfile, com o fim da conversa lembrei de uma reunião e corri para pegar o elevador, mas as portas já estavam fechando, eu vi ou acho que vi uma mulher igual a minha princesa, corri pela escada abaixo, mas não consegui alcançar, depois disso meu dia foi no automático, trabalhei que nem prestei atenção no que estava fazendo, minha cabeça só trazia lembranças da mulher que amo, desde que vi as fotos dos gêmeos a imagem da Luna não sai da minha cabeça.

Quando vou entender que Luna já não está mais aqui, ja era para eu ter superado depois de tanto tempo, eu só queria que meu coração parasse de bater forte a cada ruiva que ver, parece loucura, mas vou até as mulheres e quando confirmo que não é ela, que ela não vai mais voltar a dor me invade novamente.

Chego em casa e tudo que eu quero e descansar, tomo um banho e saio na sacada do prédio, olhando essa noite tão linda e iluminada=
respiro fundo, tremo quando sinto o perfume viciante da Luna invadir o meu ser, esse cheiro anda me perseguindo hoje.

— Droga de vida!— resmungo frustrado. Abaixo minha cabeça e deixo as lágrimas que segurei durante o dia inteiro caírem, preciso dar um rumo para minha vida, acho que preciso parar com essa obsessão que tenho pela Luna, isso está acabando comigo.

Tomo um banho e durmo mais cedo, preciso fazer minha cabeça parar de funcionar um pouco porque se não vou ficar louco, se é que já não estou...

Deitado na minha cama sinto os raios de sol entrarem pela janela, olho para o lado e mais uma vez sinto o vazio que esse quarto me trás. Não importa o tempo que passe, sempre sentirei falta dela.

Minha noite foi tranquila enfim consegui descansar um pouco. Ligo para o pessoal que está trabalhando no evento e já está tudo pronto. Me arrumo depois de um banho demorado e saio, com as minhas loucuras até esqueci de dar as boas vindas para os gêmeos. Mas faço isso no desfile.

O evento está sendo um sucesso, os gêmeos são incríveis, ainda não consegui ver eles de perto, mas olhando eles naquele telão Deus me deu uma vontade louca de te-los por perto.

Algumas horas se passou e o desfile acaba, estou no meio dos convidados procurando os gêmeos para conhece-los pessoalmente, até que distraído sinto algo bater em minhas pernas, olho pra baixo e meu corpo inteiro paralisa, tenho certeza de que meu coração errou algumas batidas, aqui esta o retrato vivo do meu filho.

Me abaixo tentando controlar minha emoção, para ver se ele não machucou.

— Ooi, pequeno.

minha voz falha ao olhar em seus olhos, algo dentro de mim se aperta de uma maneira que não sei explicar. Como pode alguém se parecer tanto com meu filho, como?

— Oii.— ele responde olhando nos meus olhos.

— Você se machucou?— pergunto.

— Acho que não e você?

Fico na sua altura e o olho com preocupação.

— Você está sozinho aqui?

— Não né, você acha que minha mamãe ia me deixar sozinho? Nunca! Minha princesa está comigo.— Ele responde sem ocilar a voz nenhum segundo. Fico surpreso quando ouço ele se referir a mãe dele como "princesa".

— Princesa?

— Sim, você não conhece ela? Minha mamãe é uma princesa, e meu tio também veio comigo, ah e tem o meu irmão Arthur, olha.— ele aponta para um menino ruivo se aproximando de nós.

— Oii, senhor.

— Deus, seus olhos, eles...

Já não sei nem o que estou sentindo, estou suando frio, minhas mãos estão trêmulas coração está apertado. O que é isso?

— Ah, todo mundo fala que me pareço com minha mamãe, meu irmão Henry deve parecer com nosso papai...

— Henry?

Quando o pequeno fala que aquele menino tão parecido com meu filho também se chama Henry, começa me faltar ar. Sabe aquela sensação de sufocamento, de que você está prestes a desabar a qualquer momento? Eu mal sei o que está acontecendo em minha volta.

— Eii, você tá bem moço? Vem cá.— Henry fala e ele fica me olhando.— Quando minha princesa está triste ela me abraça, vai que funciona com você também.

Ele abre os bracinhos e eu o abraço forte, com suas mãozinhas ele começa a fazer carícias na minhas costas, aqui sentindo a inocência de se menino, sinti como se toda minha dor, minhas preocupações, tudo que estava me sufocando fosse embora.

Arthur fecha seus bracinhos em um abraço também, e eu não sei porque, mas estou com uma vontade imensa de chorar. Nunca senti nada igual por alguém que acabei de conhecer. Estava me tentando me controlar, mas a emoção que estou sentindo é mais forte, sem me importar com as pessoas ao meu redor choro como uma criança. A última vez que me senti assim foi quando peguei meu filho pela primeira vez em meus braços.

— Arthur, vamos que a mamãe deve estar nos procurando.— Henry fala separando dos meus braços e segurando na mão do irmão.

— Ela está por aqui? Queria conhece-la.

— Acho que está, espera que vou procurar.— Henry sobe na cadeira e olha em volta, até que ele aponta os dedos e mostra uma ruiva de costas, seus longos cabelos brilhavam em contato com a luz.

— Henry sobe na cadeira e olha em volta, até que ele aponta os dedos e mostra uma ruiva de costas, seus longos cabelos brilhavam em contato com a luz

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— Eu vou ficar louco.— Surruro sentindo aquela sensação de estar vendo a Luna me consumir.— Se eu já não estiver louco.

— Mamãe, estamos aqui.— Henry grita balançando as mãos para cima.

Lentamente ela vira, parecia que tudo estava em câmera lenta, cada segundo meu coração parecia estar mais e mais acelerado, quando vejo seu rosto, ai que tudo desaba dentro de mim.

— Meu Deus...

O Equívoco do CEO Where stories live. Discover now