Não é da sua conta

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Isadora acorda preocupada, hoje é um dia importante para ela, será a primeira prova que fará estudando direito. Ela mal conseguiu dormir, com a mente cheia de responsabilidades como o trabalho, a faculdade, estar sem poder ver Henry com medo de nunca mais conseguir te-lo novamente e a luta para tirar seu pai da prisão. Essas últimas questões a deixa desanimada, pensando nas longas batalhas que ainda terá que enfrentar.

Após terminar a prova e entregá-la, Isadora percebe que o olhar do professor está diferente. Não é a primeira vez isso acontece. Desde que ela chegou no Rio de Janeiro, parece que todas as pessoas sabem que ela tem um pai que está preso. Ela se sente como se tivesse se tornado o alvo da maldade deles, fofocas mal contada e situações inventadas.

Ao sair da sala, Isadora se senta para esperar sua nova amiga, Andreza, que estuda Medicina em outro corredor da faculdade. Elas são da mesma idade, mas têm rotinas e preocupações diferentes.

— Bom dia amiga. Parece que passou a noite em claro.— Andreza diz preocupada com Isadora.

— Pois é, e realmente não preguei os olhos essa noite. Está tão difícil tudo o que estou passando, parece que não tenho vocação para ser advogada.— Isa suspira e Andreza lhe dá um forte abraço.

— Pode tirar essa cara de derrotada, ja disse inúmeras vezes que o que mais admiro em você é sua força, sei que não queria estar aqui, mas você vai conseguir, não tem nada que você não consiga fazer.

— Força? Acho que está falando com a Isadora errada.— Isa ironiza sentindo seu corpo derrotado.

— Para, amiga. Se anima.

— Parece que está todo mundo contra mim. Os alunos, os professores, saio na rua parece que está escrito na minha testa que meu pai está preso. Poxa, ele é inocente, só que ninguém quer defende-lo, não se dão o trabalho nem de fingir que estão vendo as provas.

— Nossa , isso é realmente frustrante e triste. Infelizmente meu tio foi ameaçado por Jorge, e não tem nada que eu fale que faça ele enfrentar esse medo, meu pai também tentou ajudar, até mesmo com os advogados que estão começando. Parece que esse homem sabe coisas de todo mundo e usa isso contra elas.

— Amiga, não se preocupe tanto. Eu já estou acostumada. Já fazem 4 meses que nos mudamos para cá e a resposta é sempre a mesma.

— Sabe o que acho irônico?— Andreza pergunta de forma sugestiva.

— Pior que eu sei o que você está insinuando.

— Você trabalha para o pai do homem que colocou seu pai na prisão. Isso não te deixa desconfiada. Não tem medo de que o senhor Monteiro esteja envolvido?

— Não! O senhor Osvaldo foi sincero desde o primeiro momento em que nos encontramos. E posso te afirmar que ele não é igual o filho. Ele está me ajudando a encontrar alguém para defender meu pai. O pouco tempo que estou trabalhando para ele, percebi que ele não suporta o filho Jorge nem o insuportável do seu neto Evan.

— Meu Deus!— Andreza fala levantando as mãos na cabeça, pois acabou de lembrar de algo importante.

— O que foi? Você me assustou.

— Amiga, você não tem ideia de quem veio morar aqui no Rio.

— Quem?— Ela pergunta sem muito interesse.

— O Lucas... ele está... vish... bem ali.— Andreza sussurra para Isadora que se assusta vendo o irmão de Evan se aproximando.

— Ah, Deus, onde foi que eu errei.— Isadora sussurra e tenta se afastar sem chamar muita atenção, porém...

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