Capítulo Trinta e Dois

Comincia dall'inizio
                                    

— Anne? – Oliver chamou, estranhando sua reação. – Está acontecendo alguma coisa? – Já estava ficando preocupado.

— Senhor, é que... – Passou a mão na testa, nervosa. – Eles não estão aqui.

— Não estão aqui? – Arqueou as sobrancelhas, quase não acreditando no que havia acabado de escutar. – Então onde eles estão?

O casal então viu uma outra mulher — ruiva dessa vez — se aproximar ao ouvir a conversa, e rapidamente puderam ver também a troca de olhar delas duas.

— Onde estão nossos filhos?

— Responda. – Felicity ordenou, nervosa.

— Eu sou nova aqui. Fui eu que entreguei eles. – A ruiva diz, chamando a atenção dos Queen, que a olham com o cenho franzido.

— Para quem? – Oliver quem perguntou.

— Uma mulher veio buscar os três, disse que era a madrinha deles, e que tinha a autorização de vocês.

Felicity se apoiou no braço do marido quando sentiu o ar faltar e pensou que desmaiaria. Oliver imediatamente colocou o braço em volta da cintura da esposa, apoiando-a ao perceber que ela não estava bem.

Desespero definia bem como eles estavam se sentindo.

Apesar do nervosismo, o loiro se acalmou para poder ampará-la. Ela estava pálida, seus olhos brilhavam, e ele tinha absoluta certeza de que ela segurava as lágrimas.

Ele não conseguia compreender. Nem ele e muito menos a esposa tinha enviado um dos amigos para buscar seus filhos. E se eles estivessem com os trigêmeos, já teriam avisado. E era por sentir um pouco do desespero que ele começava a sentir vontade de esbravejar por conta da incompetência da ruiva a sua frente. Ela não devia entregar seus filhos a qualquer um, e ele tinha certeza, não tinha sido nenhum dos tios deles, afinal, esteve com eles a poucas horas atrás.

— Uma mulher? Que mulher? – Perguntou devagar, se controlando para não rosnar.

— Ela disse que se chamava Helena Bertinelli. – A ruiva falsificada explicou, e Anne a olhou com os olhos arregalados, surpresa, afinal ela sabia que a morena não estava na cidade; ela havia avisado sobre a viagem e sobre os filhos não comparecerem por alguns dias por conta disso.

— A Helena está viajando, Oliver.

Felicity com os olhos lacrimejados, olhou para o marido em desespero. Não queria acreditar no que estava acontecendo. Ela se segurava para não desabar bem ali, em frente à escola. Seu corpo era amparado pelos braços do marido, e esse era o motivo de ela não cair no chão por causa das pernas bambas. Tudo que ela sempre temeu, os pesadelos que ela teve nessas últimas semanas, estava acontecendo naquele momento. Aquele sentimento ruim de mais cedo, aquele aperto no peito, aquele pressentimento, estava fazendo sentido agora. Não sabia com quem estava seus filhos, não sabia como estavam ou onde. Era real. Não era um sonho. E ela queria tanto que fosse, que voltasse a ser um terrível e maldito pesadelo. Seus filhos tinham sido levados, e ela não sabia nem mesmo por quem. Eles tinham quase quatro anos, eram tão pequenos, precisavam dela e do marido. Eles precisavam dos pais. A loira não conseguia entender como alguém poderia ser tão sem coração a ponto de sequestrar seus bebês.

— Vocês não pegaram a identificação dela?

— Eu sinto muito, sr. Queen.

— Como vocês entregam três crianças para uma desconhecida? – Praticamente gritou, desesperada. – Como?!

— Vocês deviam ligar para confirmar, suas incompetentes. – Praticamente rosnou.

— Me desculpe, mas ela tinha a autorização, senhor.

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