Capitulo 036🤍

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Bárbara

Sua voz era sombria quando ele falou:

— Vamos sair daqui.

Victor me arrastou para fora do salão e tentei me manter em meus calcanhares. Eu sabia que ele iria odiar esta noite. Por mais que fosse arrogante e presunçoso, e amasse a atenção das mulheres, detestava estar cercado por pessoas como o pai, conversando sobre negócios e se misturando com eles.

O assunto sobre ele assumir o império de seu pai um dia como o único herdeiro, era algo que nunca discutimos. Ele se recusou a falar sobre isso, e eu sabia que ele não tinha intenção de assumir.

Em vez de esperar pelo manobrista, ele me levou pelo prédio até o estacionamento.

— Aí está a nossa carona. — Disse ele sob o luar do céu da Califórnia.

Eu parei no meu passo, forçando Victor a fazer uma pausa também, enquanto eu observava o que estava à minha frente. Victor riu e soltou minha mão, caminhando até sua moto. A sua moto?!

Eu fiquei boquiaberta quando Victor subiu naquela besta, uma que era semelhante à que estava em casa, e me ofereceu um capacete. Ele parecia pecador, de smoking, com cabelos desgrenhados, montado em uma moto. Lambi meus lábios, odiando a sensação do meu coração acelerado ao vê-lo ser tão diabolicamente bonito.

Eu nunca tinha visto um homem tão abertamente masculino, tão confiante em sua própria pele e com uma aura tão dominante. A área sensível entre as minhas pernas pulsava com necessidade.

— Você vem, docinho? Ou preciso roubar você?

Eu pisquei, ainda chocada.

— Como... onde você encontrou essa moto? Chegamos em uma limusine.

Um sorriso torto enfeitou seus lábios perfeitos.

— Eu já estava planejando uma fuga precoce. — Ele piscou.

Fui até lá e peguei o capacete pesado que ele oferecia. Victor me ajudou a afivelar a tiras, os dedos demorando um pouco demais no meu queixo. Engoli em seco e soltei uma risada nervosa.

— Por que parece que estamos fazendo algo muito, muito ruim? Como se fossemos garotos impertinentes... Quando na verdade, fizemos muito pior do que fugir de uma gala de caridade idiota?

— Porque se meu pai descobrir que fugimos, ele vai me esfolar vivo. — Disse ele com um leve sorriso nos lábios.

Meus olhos se estreitaram nele.

— Ha. Engraçado. Muito engraçado.

Olhei para o meu vestido longo e imaginei que isso poderia ser um problema. Nós não estávamos realmente vestidos para um passeio de moto. Mas graças a Deus pela abertura da coxa.

Isso me permitiu juntar meu vestido e dar um nó nas minhas coxas; dessa forma, o tecido não ficaria preso nas rodas da monstruosidade.

— Aonde vamos? — Eu perguntei curiosamente.

Seu olhar caiu nas minhas pernas nuas, e eu podia jurar que ele engoliu, seus olhos escurecendo um pouco.

— Algum lugar que não seja aqui. — Ele anunciou suavemente, o barítono profundo de sua voz vibrando através dos meus ossos, até os dedos dos pés.

Minha temperatura corporal aumentou, queimando com uma necessidade tácita e proibida. Ele me ofereceu seu paletó do smoking e eu o peguei, puxando meus braços pelas mangas e me envolvendo em seu cheiro - sua colônia e seu cheiro viril familiar.

— Bem, vamos. Roube-me, Coulter. — Abaixei a viseira do meu capacete, ocultando meu rosto do seu olhar, um refúgio perfeito para minhas bochechas ruborizadas.

Do you dare 🖤Where stories live. Discover now