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Lobo

Eu não tenho tanta certeza se foi uma boa ideia aparecer, era mais fácil ter deixado as coisas como estavam.

Analu era uma mina complicada, teimosa pra caralho.

Luizinho: tá pensando em que? - olhei pra ele de relance enquanto apertava um. — Analu. Eu não sei porquê ainda pergunto.

Lobo: cê acha que ela vai me perdoa?

Luizinho: talvez um dia. - concordei. — namoral, eu nao te perdoaria.

Lobo: coé Luizinho?

Luizinho: to te dando a real irmão. Ela sofreu tanto...

Lobo: to ligado Gustavo. Todo mundo diz isso. – dei mais um trago e entrei pra ele.

Luizinho: coé lobo, tá puto?! Irmão, tu e o traíra do  gl erraram pra caralho, agora chegou a hora de assumir os b.o pai.

Teco: e tu tem que tá preparado?

Olhei pra ele que tava calado o tempo todo.

Lobo: pra quê?

Teco: daqui a pouco vai aparecer os pé de pano.

Luís começou a rir.

Lobo: vai tudo pra vala

Luizinho: então começa logo pelo gl...

Teco: porquê ele andou muito por ali. - interrompeu o Luís.

Luizinho: olha o respeito porra, tá maluco.

Teco levantou as mãos em rendição.

Lobo: lá vem o mandado por mulher.

Dg: bem que tu queria né?

Luzinho: é lobo, perdeu a moral mesmo.

Dg: o baile que vocês tavam falando, parece que vai ter.

Teco: então analu concordou.

Luizinho: pelo que conheço, não pelos mesmos motivos que os nossos.

Dg: cadê o gl? - olhou em volta. — to amanhã toda por aqui e ainda não vi ele.

Luizinho: deve tá com a cu doce dele.

Dg: ele ainda tá com aquela mina? Gostosa, mas chata pra caralho.

Teco: chata é pouco meu parceiro

Lobo: deixa a mina do cara.

Dg: tu é suspeito pra falar alguma coisa.

Luís se levantou.

Luizinho: é, a dor da parto é grande mais eu vou ter que partir, hoje tem baileeee e tenho que ta como, lindãoo.

Lobo: tu não tem mais jeito não mané.

Luizinho: ih ala, falou o velhão. - saiu rindo.

[...]

Depois daquela conversa furada, fui pra casa, fumaça tinha conseguido uma casa pra mim sem Analu saber.

Tirei um sono.

Quando foi umas 23horas da noite, acordei, tomei um banho, vestir um trage e sair.

O baile já tava rolando à um tempo.

Encontrei o fumaça na entrada da quadra.

Fumaça: voltando à ativa meu camarada?! - riu.

Lobo: tava na hora. E aí, plantão?

Fumaça: Analu me pregou essa peça rapa, ma vou curtir o baile do mermo jeito, da em nada.

Lobo: ela já chegou?

Fumaça: escutei uma conversa das mina, parece que ela não vem não.

Vou pra casa.

Lobo: ih ala, vamo aproveita o baile, beber pra caralho.

Sentir uma mão no meu ombro.

Xxx: Ooi lobo - sorriu. — soube que você voltou e vim da um oi.

Olhei para o fumaça que riu.

Lobo: te conheço? - olhei pra mão dela que continuava no meu ombro.

Xxx: eu sou a clara, neta da dona Francisca - continuei olhando pra ela. — dona Francisca, a da padaria.

Lobo: to ligado.

Riu.

Xxx: dei uma mudada, desde a última vez que você tava por aqui.

Olhei bem pra ela.

A mina era bonita, não podia negar.

Ela sorriu mais ainda quando notou que estava olhando pra ela.

Xxx: a gente podia da uma saidinha qualquer dia desse. - chegou mais perto e alisou meu ombro.

Fumaça começou a tossir.

Segundo depois Analu passou por nós, passou reto e entrou na quadra.

A mina se pos na minha frente.

Xxx: e ai, vamo sair qualquer dia desse?

Lobo: não, valeu. Fé pra tu aí. - desviei e entrei pra dentro da quadra.

Analu 3Where stories live. Discover now