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Analu 🌸

Eu não sabia o que acontecia, nunca vinha só um problema na minha vida, ele sempre vinha acompanhado por mais um.

E esse era um baita de um problema. Meu coração tava pedindo pra voltar para o Brasil, mas o que eu posso fazer aqui é a mesma coisa que eu posso fazer lá, não muda coisa.

O que tem que fazer é bolar um plano de fuga ou ele vai mofar dentro daquele presídio.

Mosconi: o que houve que você não tocou no café da manhã, sempre acorda com apetite monstruoso.

Analu: problemas.

Mosconi: Ainda estou com tempo. - olhou no relógio enquanto tomava uma xícara de café.

Bufei.

Analu: Fumaça foi preso. Na verdade ele e o Luizinho. - corrigir.

Mosconi: como?

Analu: parece que eles desceram lá pra pista, mas não tava fazendo nada, mas fumaça tá na lista dos mais procurados e não deu em outras.

Mosconi: e o Luís?

Analu: não vai da em nada pra ele, não tem passagem, não tava com nada que posso fazer ligação ao tráfico. - respirei fundo. — daqui a pouco tá na pista de novo, agora fumaça que é o problema.

Mosconi: qual é o plano?

Analu: Deixei que jasmine resolvesse isso.

Mosconi: eu vou resolver isso, não se preocupe. - se levantou.

Analu: qual é a ideia?

Mosconi: se preocupe com que você vai fazer para mim e deixei o problema do fumaça comigo, só me passa o número da jasmine.

Analu: o que tu quer?

Mosconi: vai ficar com a Sofia.

Analu: Celine - corrigir.

Mosconi: tanto faz, fique como ela enquanto resolvo a saída do fumaça. Me passe o número da jasmine por mensagem, preciso ir.

[...]

Tava com quase meia hora que tava sentada olhando pra Analu mas morta do viva.

A mina ainda não tinha acordado cara. Sinceramente, eu já tava ficando preocupada mas o médico que tava cuidando dela disse que era normal.

Nada era normal nesse lugar.

Xxx: sta solo dormendo

Olhei pra ele sem entende uma palavra do que ele tinha dito.

Ele teu ombros e saiu.

Me levantei e fui até onde ela tava deitada, peguei no braço dela e mexe.

Sofia/Celine: aí sua filha de uma puta!

Dei um sobressalto.

Analu: tá porra.

Sofia/Celine: A onde é que eu estou? - olhou em volta.

Analu: no galpão. Tu lembra por que tá aqui?

Sofia/ Celine: o acidente

Analu: isso aí

Sofia/Celine: deu certo?

Concordei.

Analu: tem notícia da tua morte por tudo quanto é canto, chegou até o Brasil acredita?!

Sofia/Celine: Ótimo. Agora me ajudar à levantar.

Analu: acho que não é uma boa ideia, cê já viu o jeito que cê tá?

Ela tentou se olhar mas não deu muito certo.

Analu: acho melhor cê continuar deitada, tá com fome?

Negou.

Meu celular começou a toca, tirei do bolso e olhei quem era.

Desconhecido.

Sofia/Celine: atende isso ou desliga, minha cabeça tá doendo. - fiz cara feia pra ela e atendi a ligação.

Analu: alô?

Silêncio.

Analu: quem tá falando?

Silêncio.

Desliguei.

Analu: estranho - ela me olhou. — ninguém falou.

Sofia/Celine: talvez foi engano.

Analu: engano não foi, se não tinha falado, eu escutei a respiração da pessoa, tinha alguém na linha, só não quis falar.

Sofia/Celine: alguém passando trote. - deu ombros.

Botei o celular de volta no bolso e voltei a conversar com ela.

Passei o dia com ela e depois um dos meninos vieram e eu voltei para casa.

Tava descendo as escada para ir jantar, quando meu celular toca novamente.

Desconhecido.

Atendi.

Analu: quem tá falando?

Silêncio.

Analu: eu tô escutando a tua respiração fdp!

Silêncio.

Desliguei.

Mosconi: O que foi? - apareceu de trás de mim.

Analu: já é a segunda vez só hoje que um número desconhecido me liga.

Mosconi: É?... e quem era?

Analu: não faço a mínima ideia, não falaram nada.

Mosconi: deve ser algum engraçadinho - passou por mim e foi em direção a cozinha.

Analu: é, deve ser.

Analu 3Onde histórias criam vida. Descubra agora