Chapter 38

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(Não se esqueçam de comentar e votar na história :) xx. )

Uma brisa, ligeiramente fresca, passou pela minha pele, fazendo-me inconscientemente aconchegar ao meu próprio corpo. Enruguei um pouco a minha testa ao me aperceber que já não estava no chão, onde tinha adormecido. Com tudo o que aconteceu ontem, tinha acabado por adormecer encostada ao sofá. Passei os meus dedos pelo tecido mole que estava por baixo de mim e ganhei coragem para abrir os olhos. Foi difícil, por momentos, habituar-me à luminosidade que havia naquela divisão.

'Amor' ouvi a voz matinal de Harry murmurar, e só então me apercebi que estava completamente deitada em cima do seu corpo. Elevei a minha cara de forma a conseguir encará-lo, e pude ver que ele tinha um sorriso desenhado na sua face. O seu lábio ainda estava inchado, mas não tanto como na noite anterior. Os seus olhos verdes observaram-me, e não demoraram a percorrer a minha cara até à minha bochecha. O sorriso que estava na sua face desapareceu, e a sua expressão tornou-se tensa.

'Estou horrível.' Murmurei, e levei a minha mão à bochecha magoada, tapando assim a marca que devia ter nela. Pousei a minha face na camisola de Harry, tapando de novo a marca. Um suspiro saiu pelos seus lábios, enquanto eu levava os meus dedos até ao colarinho da camisola do meu namorado. Passei os meus dedos lá, e as suas mãos rodearam a minha cintura, apertando-me contra si.

'És linda até a dormir, Nina.' Ele murmurou, e senti o meu coração derreter perante esta afirmação. Um sorriso rasgou a minha face, e por momentos consegui esquecer tudo o que tinha acontecido. Elevei a minha face e encarei a sua. Com um pequeno impulso, subi o meu corpo no seu e depositei um pequeno beijo no seu pescoço. 'Mas pesas mais do que aparentas' ele completou, com um breve riso a escapar-lhe pelos lábios. O sorriso permaneceu na minha face, e encostei preguiçosamente o meu nariz junto à pele do seu pescoço. Mordi-lhe suavamente a pele naquela zona, e as suas mãos desceram até ao meu rabo, apertando-o.

'Ahm, ok, má altura.' A voz de Alfie captou a nossa atenção e não consegui evitar um leve riso, enquanto me afastava um pouco de Harry. Observei o rapaz que estava atrás do sofá, com uma caneca na mão e que nos olhava, sem saber o que fazer. 'Não façam nada no meu sofá!' Ele proferiu, e abanou as mãos para mostrar nojo. Ao ouvir o riso de Harry, senti as borboletas na minha barriga ganharem vida. Apertei um pouco a sua Tshirt e sentei-me em cima dele, levantando-me depois do sofá.

'Não te preocupes.' Murmurei, com um pequeno sorriso na face, olhando-o. Ajeitei a roupa que usava, que agora estava um bocado engelhada e olhei para Harry que também se levantou.

'Vou agora para a universidade.' Alfie proferiu, ajeitando os cabelos de forma desajeitada. Enruguei um pouco a minha testa e mordi o meu lábio, desviando o meu olhar para Harry. A última coisa que eu queria agora era ir toda a manhã para a universidade, enquanto tinha assuntos muito mais importantes para tratar. Caminhei até Alfie e olhei para ele, que baixou o olhar até mim.

'Se perguntarem, diz que não me sinto muito bem.' Murmurei, observando os olhos do rapaz. Odeio mentir, especialmente dizer mentiras que envolvam doenças, mas este caso exigia mentiras. 'Eu faço-te o almoço' disse, encolhendo os meus ombros com a afirmação.

Harry olhava para nós, sem descolar os olhos de mim. Sabia que ele estava a ver a ferida que tinha na minha face, que destoava em relação à cor da minha pele. Num ato involuntário, levei a minha mão à minha face e baixei ligeiramente a cabeça. Sinto-me bastante observada, e nunca lidei bem com isso.

Alfie olhou para mim, e em seguida para o Harry. Percebi que ele lhe estava a pedir para que cuidasse de mim enquanto ele ia para a universidade. Desviei o olhar da pequena conversa que eles tiveram subitamente, e aproveitei para ir até à casa de banho. Deixei a porta encostada, observando apenas o meu rosto no espelho. Os meus cabelos estavam despenteados, e nas pontas formavam pequenos caracóis. Nos meus olhos azuis via-se o quão cansada eu estava, e a grande marca, que começava a ficar arroxeada, tornava-se cada vez mais difícil de ignorar. A porta abriu-me mais um pouco e vi o rapaz de caracóis que entrava na divisão.

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