Em um mundo onde a paz foi conquistada por conflitos passados, ressurgem sinais de uma antiga raça hostil, há anos derrotada, enquanto isso, um grupo de destemidos soldados embarcam em uma perigosa jornada de investigação para preservar seu frágil m...
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Uma grande silhueta branca se posiciona no centro de um campo de batalha forjado, conforme a poeira desaparece, a aparência daquela ameaça estava se revelando, uma criatura quadrúpede, sua pele é pálida com partes acinzentadas, porém, diferente dos abismados conhecidos anteriormente, esse indivíduo é maior, em suas costas, um braço anômalo, seu ligamento é desconfortante, costuras mal feitas, por onde escorre sangue e agonia, sua face contrasta negativamente, distorcida com uma longa boca cortada, acima, dois rostos bizarros, mesclados, dividindo o mesmo semblante.
Voz H: -"Espero que já estejam vendo meu bebêzinho, ele não é lindo? Façam um belo espetáculo, tentar fundir esses garotos foi tenso, enfim, que a segunda rodada começe, AGORA!"
A partir do término da apresentação, a anomalia ruge desconfortavelmente, o eco de seus gritos são como um aglomerado de vozes agonizantes, e avança para aquele mais próximo, o pirata; Acetes ligeiramente inicia uma corrida, contornando o alvo enquanto dispara, conforme salta pelas paredes, ele recarrega, suas balas se monstram bem efetivas, o que deixa o monstro incomodado com a presença daquele mascarado.
Voz H: -"Já tentaram costurar dois indivíduos que não param quietos? Eu tentei deixá-lo esbelto, pelo menos os olhos ainda estão perfeitos, já deram uma olhadinha? Hahahaha!"
O abismado siamês tenta agarrar o ligeirinho, mas o pirata está focado nesse combate, desvia antecipadamente das garras, como se não fosse nada demais, por outro lado, Amity segura sua foice, respirando profundamente, com um avanço, crava sua arma nas costas do demônio, que ao perceber a situação dos humanos, prefere lutar com alguém que consegue acertar, logo se vira para a garota.
Com essa opção inesperada, Amity recua ao confrontar diretamente aquela aberração, três longos braços partem em sua direção, e com um piscar de olhos, ela estava no chão, foi derrubada por seu companheiro para não ser capturada, o mascarado estava sendo pressionado pelos membros pálidos, sendo impedido de usar sua espingarda, se debate enquanto a garota se arrasta para trás.
Voz H: -"Grandes olhos negros, são lindos demais, não são? Hahaha.. Pausa isso ai rapidão, preciso retocar a maquiagem.. Como assim não sabe pausar?!"
Sendo um monstro privilegiado, usa seu membro extra para arrastar a garota pelo pé em sua direção, segurando ambos os guerreiros, seu corpo desproporcional lhe permite com tranquilidade forçar seus oponentes à encará-lo, grandes esferas vazias, chamativas, penetrantes, hipnotizantes; Por ser treinado constantemente, Acetes rapidamente sai do transe por observá-lo, e ao se sacudir, é arremessado pela criatura para um dos cantos, em contraparte, a garota estava paralisada, olhando fixamente para o rosto mesclado, uma imensidão de pavor, aparentemente o objetivo primário dessa coisa é fazer os heróis sofrerem por quem são, usando o que há dentro de cada um deles, seus próprios medos.
O pirata se levanta, aponta sua arma, procurando um ângulo que possa soltar sua amiga, mas tem algo muito estranho acontecendo, um cheiro salgado toma conta da gruta, goteiras, seus equipamentos se tornam serpentes, e são jogadas para o lado, logo o mascarado percebe que suas botas estão presas, ele não consegue levantar os pés, e tenta processar o que pode estar acontecendo, uma cachoeira cai pelo buraco no teto, o salão estava sendo inundado por água salgada; Acetes fica aflito, percebendo que está ficando embaixo d'agua, ele não se afoga, mas esse detalhe passa despercebido, seu corpo estava sendo tomado por desespero, alí estava aquele irônico pirata, encolhido pelo seu maior medo, o mar.
Amity sente fortes dores de cabeça, como se fosse explodir, ela vê rápidas imagens passando, são memórias? Dela mesma? Pirâmide.. Areia.. Bruxa.. Tortura.. Faraó.. Dor.. Choro.. Todo aquele lugar começa a se transformar, pilares de arenito, decorados com ouro, parece o interior de uma construção desértica, aquelas informações são demais pra ela, todas se unem e formam apenas um sentimento, Raiva.
De repente, a postura da menina muda completamente, sua feição neutra, agora representa vingança, os esqueletos espalhados pelo salão chacoalham, os olhos dela ficam negros, seus cabelos completamente brancos -"SLASH!"- Ossos afiados voam, saindo da areia e formando pilares mortais, cortando o membro que a segurava, nesse momento, aquela garota parecia outra pessoa, olhava para a enorme besta sem exitar, rangia os dentes e caminhava, queria punir.
Amity: -"Esse lugar, vai cair."
Essa menina se aproxima do monstro com passos lentos, seja lá o que esteja acontecendo, Amity estava corrompida por rancor, fixa seus olhares para a aberração, consequentemente, ossos se contorcem, saindo das paredes, perfurando todo o corpo do abismado, diversas vezes, agora o predador era uma simples presa, se debatia, mas era irrelevante, garras esqueléticas puxam seus órgaos para fora, forçando aquele mesclado a grunhir de dor.
Amity: -"É tão gostoso, né? Rsrsrs."(Ela ri levemente, tampando a boca)
Dessa vez, com esses atos questionáveis, a "heroína", sorri com o sofrimento do seu oponente, sua cabeça pisca diversas imagens estranhas, causando dores novamente -"ARGH!"- Com as mãos no rosto, olha ao seu redor, um tremor abaixo de seus pés, começa a levantá-la para a abertura no teto, um pilar formado por crânios, ela volta para o início sem se importar se estava deixando algo importante para trás.
Amity: -"Esse lugar, esse... Lugar... Vou destruir... TIJOLO POR TIJOLO!"
