Capítulo 22: Degolados

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  Os dois soldados chegam com tudo pro meio do salão, em postura de combate, a garota dá passos mais adiante, comenta em alto e bom tom: -"Aí, todo mundo fica de boa, e só responde

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  Os dois soldados chegam com tudo pro meio do salão, em postura de combate, a garota dá passos mais adiante, comenta em alto e bom tom: -"Aí, todo mundo fica de boa, e só responde."- segundos se passam dos cultistas os observando em silêncio, os acorrentados começam a se agitar desesperadamente, complementando o momento, a ruiva retruca mais uma vez: -"Vai, respondam o que tão fazendo aqui!"- os ouvintes ainda mantém mudez, se levantam, apenas assistindo.

Kayn: -"Foda-se."(Vendo a situação, parte pra cima do mais próximo)

  Quando Kayn avança um passo, o figurante puxa uma adaga, corre para encontrá-lo, com o movimento de seu parceiro, Barbara dispara para o fantasma restante, que no impulso solta um dos errantes e pula para a porta de madeira, como instinto, a garota cobre seu rosto com um dos braços, evitando um salto da criatura que a acertaria em cheio.

Barbara: -"Meu nariz não, seu arrombado, Kayn, ah!"(Inicia uma trocação de socos com a fera)

Kayn: -"Presta atenção, eles estão armados!"(Responde em meio à luta)

  Aquele na porta, puxa uma faca cravada nas costas do monstro caído sem as pernas, parece não saber qual alvo ele pode escolher, partindo ao lado de seu semelhante, contra o menino, o azulado já havia machucado seu alvo várias vezes, mas com a entrada de outro oponente, o combate se elevou, o garoto agora mudou seus movimentos para defesa, sendo encurralado, tomando facadas, principalmente nos ombros, se esforça para não soltar a espada.

  Por outro lado, a menina finaliza o seu monstro, estourando o crânio dele contra a parede, ela segue para socorrer seu amigo, mas inesperadamente, é puxada pelos pés, caindo ao lado do último acorrentado, se defende no susto, porém, o monstro a ignora completamente, avançando contra aquele que o cortou anteriormente, vendo tudo isso, grita: -"Kayn, vou fazer uma loucura!"- arrebenta a tranca, soltando a aberração, que começa a devorar uma das figuras, terminando seu movimento, briga com o derrubado sem os membros inferiores, provavelmente foi o responsável por agarrá-la.

  O garoto aproveita a brecha, corta os braços daquele que sobrou contra ele, e com um chute no joelho, o faz cair, se beneficiando do momento, finaliza com rapidez a besta e o devorado com uma cravada da lâmina, a dupla de heróis praticamente terminaram com todos os presentes ali, com exceção do agora sem braços, que é erguido pelo pescoço pelas mãos de Frostwin, jorrando sangue pela sala.

Kayn: -"Vai filho da puta, responde!"

Barbara: -"Acho bom você cooperar, se não já sabe."

Kayn: -"Fala comigo!"(Se irrita com o silêncio)

  Com ódio, puxa e rasga o capuz, deixando o rosto do cultuador à mostra, um homem respectivamente novo, pele parda e cabelos castanhos, sua face apresenta cortes e arranhões, contudo algo chama mais atenção, sua boca, completamente costurada, em seu pescoço, cortes profundos, suas cordas vocais foram arrancadas.

Kayn: -"Que porra é essa?"(Observa sem entender)

Barbara: -"Meu deus."

Kayn: -"Ele não vai ajudar."(Joga o homem no chão e penetra a cabeça com a arma)

Barbara: -"Mas Kayn.."

Kayn: -"Ele daria a vida por essa merda, melhor assim."

Barbara: -"Vamos verificar aqui, e avisar Ormeo."

  Enquanto a adrenalina se dispersa, ambos se dividem para investigar a maldita gruta, a menina percebe o portão de aço trancado, inicia uma sequência de socos, na tentativa de derrubá-lo, ao mesmo tempo, na entrada simples, Kayn adentra um quarto rudimentar, com três camas desagradáveis, uma mesinha torta mofada, carrega em sua superfície, uma coleção de adagas idênticas; O garoto olha por cima de tudo, desarrumando esse dormitório por completo, as pancadas da menina cessam, após bagunçar o aposento, encontra um papel dobrado, ao abrí-lo, é possível ouvir do salão: -"Mas que porra ein."- as batidas voltam, a folha é uma carta.

Kayn: -"Quarto covil? Parece que temos mais três pra arrebentar

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Kayn: -"Quarto covil? Parece que temos mais três pra arrebentar."(Sai do dormitório, olha Barbara chutando a porta resistente)

Barbara: -"Nem fala nada, já olhei os corpos, sem chave."(Continua batendo)

Kayn: -"Eu sei."

Barbara: -"Como assim?"(Para, curiosa)

Kayn: -"Tem uma carta, pedindo uma chave nova, eles perderam."

Barbara: -"Tá bom?"

Kayn: -"Com licença."(Se aproxima)

Barbara: -"Boa sorte aí."

Kayn: -"Vira o rosto."(Coloca a mão na maçaneta, congelando a tranca levemente)

Barbara: -"Tá, tá."(Vira de costas, duvidando)

POW! - Com um chute certeiro, o garoto arromba o obstáculo.

Barbara: -"Mas, como?"(Volta com feição de descrença)

Kayn: -"Técnica querida, bora ver."

  Sem enrolação, os guerreiros adentram essa cela, simultaneamente um odor fétido se espalha, dominando quase a caverna inteira, cheiro forte de morte e sangue toma conta do local, é visível que esse lugar não possui móveis, apenas um amontado de caixotes fechados e abertos, alguns escorrem sangue pelo chão, esse cubículo certamente é um estoque de vítimas, com exceção desse absurdo, correntes grandes estão conectadas nas paredes, acompanhando uma coleira grossa, aparentemente algo forte ficava preso por aqui.

  Barbara cobre seu rosto com o uniforme, enojada, começa a ler o documento achado pelo parceiro antes, simultaneamente Kayn verifica o cômodo, não encontra mais nenhum ponto de interesse, somente repugnância.

Kayn: -"Acho que terminamos, que horror."

Barbara: -"Vamos precisar de uma equipe de limpeza."(Continua passando os olhos rapidamente pelo papel)

Kayn: -"Eles prendiam algo grande aqui."(Aponta para a coleira com correntes)

Barbara: -"Kayn... Qual a chance dessa porra estar chegando?"(Guarda a carta e olha com espanto)

Kayn: -"Por que diz isso?"

Barbara: -"Aparentemente, esses monstros trabalham pra eles, se estavam intercalando o horário das criaturas..."

Kayn: -"Eles iriam soltar os errantes, significa que.."

Barbara: -"Essa porra vai trazer corpos, jajá."(Ao terminar a frase, grunhidos são emanados de fora)

  Os dois saem do armazém, uma cena terrível e memorável é vista, pela entrada desce uma criatura branca de membros alongados, ela tem o rosto levemente distorcido, apresentando manchas acinzentadas e olhos vazios, ela traz o corpo de uma senhora com a face desfigurada, formando um rastro de sangue, essa aberração é similar com a encontrada em Dasaki, fica estática encarando os soldados, nesse instante, eles percebem que estão encurralados.

Kayn: -"Fudeu."

Blood With DustWhere stories live. Discover now