Capítulo 11: Patrulha

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  Se afastando do vilarejo aos poucos, os patrulheiros de Enas rodeiam os bosques escurecidos pelo início da noite, apenas o luar e os vaga-lumes mostram o caminho, uma cabana se encontra distante do resto do povoado, dela sai pela porta da frente...

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  Se afastando do vilarejo aos poucos, os patrulheiros de Enas rodeiam os bosques escurecidos pelo início da noite, apenas o luar e os vaga-lumes mostram o caminho, uma cabana se encontra distante do resto do povoado, dela sai pela porta da frente, uma senhora com aparência frágil e doce, usando roupas de camponês, a mesma fica parada na entrada da residência, acompanhando os guerreiros com o olhar.

Senhora: -"Boa noite, quem são vocês?"

Barbara: -"Oi! Prazer, sou a Barbara!"(Sorri e segura a mão da senhorinha)

Senhora: -"Vocês são soldados?"

Barbara: -"Sim! A gente veio dar uma olhada por aqui, viemos proteger Dasaki!"

Senhora: -"Que alívio, achei que eram ladrões, obrigada querida, cadê o outro?"

Barbara: -"Outro?"

Senhora: -"O menino com o arco, ele andava muito por aqui."

Barbara: -"Ah, ele foi resolver um problema na capital, por isso a gente ta aqui."

Senhora: -"Querem entrar? Um copinho de leite?"

Barbara: -"Claro!"

Kayn: -"Não! Estamos no turno, como a senhora se chama?"(Se aproxima da entrada da casa)

Senhora: -"Charlote, e você garoto?"(Solta a mão de Barbara e olha para Kayn)

Kayn: -"Prazer Dona Charlote, sou Kayn, vamos olhar os arredores por segurança."

Charlote: -"Tomem cuidado, tem boatos de um demônio nas redondezas."

Kayn: -"Demônio?"

Charlote: -"As pessoas ficam falando de um demônio comprido que vem pela noite, eu nunca vi, mas as vezes, da pra ouvir uns gritos, e uns animais desaparecem."

Kayn: -"Entendi, não dê ouvidos para esses boatos, mesmo assim não abra a porta durante a  noite, esse lugar está cheio de bandidos, provavelmente isso é obra deles pra assustar os moradores."

Voz fina: -"É uma espada de verdade?"

Charlote: -"Harry! Mais respeito com os soldados!"

  Um garotinho com roupas similares com as da idosa aparece rapidamente, com cabelos pretos, e um sorriso amarelado, aparenta ter cerca de sete à dez anos, ele passa a mão na arma do azulado, tentando retirá-la do coldre, imediatamente Kayn se afasta e encara a criança por segundos, após processar tudo, se abaixa na altura do menino, e lhe entrega um leve sorriso.

Kayn: -"Oi Harry, você tem um nome bonito."

Harry: -"Vocês são do bem?"

Kayn: -"A gente luta contra o mal, então acho que sim."

Harry: -"Eu posso ser um soldado que nem você?"

Kayn: -"Pode, só depende do seu coração."

Harry: -"Eu tenho um bom coração?"

Kayn: -"É claro que tem, olha."(Tira da mochila um pequeno broche decorado e coloca na camisa do menino)

Harry: -"O que é isso?"(Olha encantado para o objeto, que parece pertencer à algo importante, como se fosse de algum tipo de realeza)

Kayn: -"É o símbolo de um guerreiro, cuida dele, tá bem?"

Harry: -"Obrigado tio!"(Abraça Kayn fortemente, que fica sem reação brevemente e devolve o abraço)

Charlote: -"Vamos querido, deixa eles trabalharem, e vocês dois, passem daqui depois."(Leva Harry para dentro)

Barbara: -"Pode deixar! Se cuidem!"(Kayn acena a cabeça e ambos entram mais fundo no bosque)

  Em meio á madrugada, o bosque está recebendo mais uma iluminação, uma fogueira de folhas secas clareia o ambiente, acompanhando o piscar de insetos, nesse aconchego, há dois soldados sentados, usando troncos podres como assento, Kayn limpa sua espada com um paninho, esperando algo acontecer, em contraparte, Barbara se encontra agitada fazendo vários sanduíches com produtos retirados de sua bolsa.

Barbara: -"Ei, você sabe cozinhar?"

Kayn: -"O mais simples possível, sou o tipo de pessoa que prefere experimentar."

Barbara: -"Que ótimo, então experimenta isso aqui, toma!"

  Kayn segura um lanche básico, com pedaços de presunto e queijo, apoiados por folhas de verduras, tudo colocado em um pão ainda macio, nada aparenta ser extraordinário, uma visão medíocre e agradável, uma simples refeição feita na hora, entretanto, com uma bocada que levou quase tudo, ele mastiga, e sua boca é preenchida por um sabor amargo terrível, sem nenhum sentido, o garoto fechava sua expressão aos poucos, tentando engolir, parecia estar degustando o apocalípse em forma de alimento, ele se contorce ao terminar de ingerir.

Kayn: -"Como você conseguiu estragar um sanduíche?"

Barbara: -"Ah, eu sempre fui conhecida por ser uma péssima cozinheira."(Dá um sorriso envergonhado)

Kayn: -"Péssima é um apelido, né?"

Barbara: -"É, talvez."(Ambos emanam leves risos bobos)

Kayn: -"Posso fazer?"

Barbara: -"Claro, pega minha mochila aí."

  No momento que o menino segura a mochila em suas mãos, inesperadamente o silêncio da floresta é interrompido por gritos na distância, grunhidos de pavor e desespero ecoam por todo lado, Kayn arremessa a mochila em Barbara, e passa correndo por suas coisas, colocando sua bolsa nas costas e empunhando a espada, a garota em um momento de choque, fica paralisada por alguns segundos, e logo acompanha seu amigo.

Barbara: -"O QUE TÁ ACONTECENDO?!"

Kayn: -"QUE MERDA! A GENTE TÁ LONGE, CORRE!"

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