Capítulo 26: Vínculo

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  Em uma gruta habitada por seguidores de um culto bizarro, um dos guerreiros está acorrentado, ajoelhado no centro de um círculo feito com sangue e velas acesas, seus braços estão abertos, presos à dois pilares por algo, são correntes que parecem...

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  Em uma gruta habitada por seguidores de um culto bizarro, um dos guerreiros está acorrentado, ajoelhado no centro de um círculo feito com sangue e velas acesas, seus braços estão abertos, presos à dois pilares por algo, são correntes que parecem inconsistentes, atrás de Ormeo, está H, que aparentemente é o condutor daquele covil, o palhaço caminha com leves pulos, parece empolgado e conversa com Hunter.

Senhor H: -"Sabe garotão, é bem triste ver a força dos guerreiros hoje, tiraram folgas demais."(Segura queixo de Ormeo)

Ormeo: -"É, bem engraçado, termina logo com isso."(Encara H com desprezo)

Senhor H: -"Já ouvi, que as instituições eram perigosas, tinham soldados formidáveis, e então, aqui está você, um comandante sem força de vontade, imagina minha decepção."

Ormeo: -"Faça o discurso que quiser, eu não tô nem ai."

Senhor H: -"Ormeo, por que veio sozinho para o lugar com menos desaparecimentos? Achei que o mais poderoso iria pro terceiro covil."

Ormeo: -"Como assim?"

Senhor H: -"Ora, eu preparei meu pequeno coliseu para assistir vocês, mas a peça principal tá aqui, que pena dos outros garotinhos."

Ormeo: -"Fez uma armadilha?"(Engrossa a voz)

Senhor H: -"Que merda de símbolo é você? Deixa seus servos irem no caminho mais difícil, enquanto está bem tranquilo."

Ormeo: -"Não são servos, eles são meus amigos!"(Sua voz está alta agora)

Senhor H: -"Independente, espero que durem um pouco, separei meus mascotes pro grande comandante."

Ormeo: -"Se encostar neles, eu arranco seus membros!"

Senhor H: -"OLHA, ele acordou! Meus bebês que vão fazer o trabalho, vou apenas assistir, Hahahaha!"

Ormeo: -"Eu vou te matar!"(Se debate, impedido pelas correntes)

Senhor H: -"Isso garoto, quanto mais ódio melhor, esse é o espírito."

Ormeo: -"Seja lá o que acontecer comigo, vou te despedaçar."

Senhor H: -"Ótimo, com certeza pode tentar, vamos começar?"(Procura algo nas mesas)

Raya: -"Ormeo, lembra das aulas de arremesso? Faz tempo, mas é agora."

  O arlequim azul bagunça diversas mesas, jogando praticamente tudo no chão -"Onde eu deixei a porra da seringa?"- Finalmente, ao se afastar um pouco, ele ri e guarda o objeto desejado em seus bolsos, enquanto isso, Ormeo olha rapidamente pelo salão até que finalmente encontra sua grande espada encostada ao lado das encomendas estranhas, com o peito estufado, ele abre as mãos e grita: -"AGORA!"- Em um piscar de olhos, sua arma voa diretamente para seus braços, cortando as correntes como consequência.

  H se surpreende, sorri com grande empolgação: -"Sabia."- Parte para cima do herói novamente, e o salão se encontra em desespero, bem, pelo menos os cultistas fracos, que iniciam uma operação para retirar os caixotes dalí.

Raya: -"Eles tão mexendo nas caixas!"

Ormeo: -"Beleza!"(Arremessa a espada nas encomendas para destruí-las)

  Após essa ação, o comandante pisa fortemente no chão, esvaindo fúria, salta em direção ao apóstolo, os golpes de Ormeo machucariam qualquer um, porém, a agilidade de H é absurda, de repente, o palhaço aparece atrás do musculoso, preparado para injetá-lo com a seringa contendo o líquido espiral, na cabeça do herói, uma voz rebate: -"Cuidado com as costas!" - era sua companheira Raya.

  Dessa vez, seu vínculo com Raya estava sincronizado, ambos confiantes, o homem pisa para desequilibrar o bobo, agarrando o mesmo pelo braço e o disparando contra a parede, H grunhe, sente parte de seus ossos quebrando junto com a injeção de vidro.

Senhor H: -"O que você fez?! Esse líquido é sagrado, parte do ÍDOLO!"(Levanta com dificuldade)

Ormeo: -"Se amava isso, ótimo!"(Puxa Raya para as mãos novamente, caminhando para finalizar seu oponente)

Senhor H: -"Já chega!"

  O histrião está de pé finalmente, ofegante, se multiplica, rodeando Hunter, ele não está mais rindo, pela primeira vez em muito tempo, deixou de gargalhar descontroladamente e diz com um tom sério: -"Me causou prejuízo demais, chega." - Ormeo segura forte sua espada, completamente confuso.

Raya: -"Ormeo, confia em mim?"

Ormeo: -"É claro."

Raya: -"O segundo tem carne para cortar!"

  Nesse momento, H sentiu o sabor de ser uma decepção, como caçoava do guerreiro por ter enfraquecido, ele foi subjulgado por aquele que menos esperava, de agora em diante, talvez seu ídolo o descarte, pois seu apóstolo falhou; Alí está o palhaço, caído enquanto se afasta do comandante, em seu olhar, desespero, está apenas tentando sobreviver, se move com dificuldade com apenas uma mão, teve o braço esquerdo decepado.

Senhor H: -"SOLTEM TODOS OS ERRANTES! AGORA! TUDO!"(Grita, ansioso como nunca)

  Inesperadamente, o herói é cercado de novo, por errantes famintos e cultistas armados, irrelevante, ele era invencível com aquela fúria, o culto estava servindo para segurá-lo enquanto H fugia cambaleando, tampava seu ferimento com a mão que restou, mas era inútil, aqueles malditos corredores, agora estavam sendo pintados com seu sangue, que jorrava sem parar.

Ormeo: -"NÃO ME ATRAPALHA!"(Corta aqueles ao redor)

  O comandante se livra brutalmente dos servos, e corre atrás do alvo principal, com a determinação daquele momento, o covil tremia com cada passo do musculoso, pareciam terremotos, terremotos de raiva, ele se espreme, chegando ao lado de fora, procura o cretino nos arredores, até que, olha para o horizonte.

  Nas colinas, há uma carroça branca, parece ser semi transparente, como se fosse algo que não deveria existir, se assemelha com o material das correntes que H chamava, por falar em H, alí estava, sentado enquanto se distanciava do vilarejo, segurava seu sangue com angústia, olhando para Ormeo com alívio, e como um flash, tudo desaparece.

Ormeo: -"Droga."(Ofegante)

Raya: -"O que faremos agora?"

Ormeo: -"Chegou a hora de conversar com todos, nossa paz chegou ao fim."

Blood With DustWhere stories live. Discover now