Em uma gruta habitada por seguidores de um culto bizarro, um dos guerreiros está acorrentado, ajoelhado no centro de um círculo feito com sangue e velas acesas, seus braços estão abertos, presos à dois pilares por algo, são correntes que parecem inconsistentes, atrás de Ormeo, está H, que aparentemente é o condutor daquele covil, o palhaço caminha com leves pulos, parece empolgado e conversa com Hunter.
Senhor H: -"Sabe garotão, é bem triste ver a força dos guerreiros hoje, tiraram folgas demais."(Segura queixo de Ormeo)
Ormeo: -"É, bem engraçado, termina logo com isso."(Encara H com desprezo)
Senhor H: -"Já ouvi, que as instituições eram perigosas, tinham soldados formidáveis, e então, aqui está você, um comandante sem força de vontade, imagina minha decepção."
Ormeo: -"Faça o discurso que quiser, eu não tô nem ai."
Senhor H: -"Ormeo, por que veio sozinho para o lugar com menos desaparecimentos? Achei que o mais poderoso iria pro terceiro covil."
Ormeo: -"Como assim?"
Senhor H: -"Ora, eu preparei meu pequeno coliseu para assistir vocês, mas a peça principal tá aqui, que pena dos outros garotinhos."
Ormeo: -"Fez uma armadilha?"(Engrossa a voz)
Senhor H: -"Que merda de símbolo é você? Deixa seus servos irem no caminho mais difícil, enquanto está bem tranquilo."
Ormeo: -"Não são servos, eles são meus amigos!"(Sua voz está alta agora)
Senhor H: -"Independente, espero que durem um pouco, separei meus mascotes pro grande comandante."
Ormeo: -"Se encostar neles, eu arranco seus membros!"
Senhor H: -"OLHA, ele acordou! Meus bebês que vão fazer o trabalho, vou apenas assistir, Hahahaha!"
Ormeo: -"Eu vou te matar!"(Se debate, impedido pelas correntes)
Senhor H: -"Isso garoto, quanto mais ódio melhor, esse é o espírito."
Ormeo: -"Seja lá o que acontecer comigo, vou te despedaçar."
Senhor H: -"Ótimo, com certeza pode tentar, vamos começar?"(Procura algo nas mesas)
Raya: -"Ormeo, lembra das aulas de arremesso? Faz tempo, mas é agora."
O arlequim azul bagunça diversas mesas, jogando praticamente tudo no chão -"Onde eu deixei a porra da seringa?"- Finalmente, ao se afastar um pouco, ele ri e guarda o objeto desejado em seus bolsos, enquanto isso, Ormeo olha rapidamente pelo salão até que finalmente encontra sua grande espada encostada ao lado das encomendas estranhas, com o peito estufado, ele abre as mãos e grita: -"AGORA!"- Em um piscar de olhos, sua arma voa diretamente para seus braços, cortando as correntes como consequência.
H se surpreende, sorri com grande empolgação: -"Sabia."- Parte para cima do herói novamente, e o salão se encontra em desespero, bem, pelo menos os cultistas fracos, que iniciam uma operação para retirar os caixotes dalí.
Raya: -"Eles tão mexendo nas caixas!"
Ormeo: -"Beleza!"(Arremessa a espada nas encomendas para destruí-las)
Após essa ação, o comandante pisa fortemente no chão, esvaindo fúria, salta em direção ao apóstolo, os golpes de Ormeo machucariam qualquer um, porém, a agilidade de H é absurda, de repente, o palhaço aparece atrás do musculoso, preparado para injetá-lo com a seringa contendo o líquido espiral, na cabeça do herói, uma voz rebate: -"Cuidado com as costas!" - era sua companheira Raya.
Dessa vez, seu vínculo com Raya estava sincronizado, ambos confiantes, o homem pisa para desequilibrar o bobo, agarrando o mesmo pelo braço e o disparando contra a parede, H grunhe, sente parte de seus ossos quebrando junto com a injeção de vidro.
Senhor H: -"O que você fez?! Esse líquido é sagrado, parte do ÍDOLO!"(Levanta com dificuldade)
Ormeo: -"Se amava isso, ótimo!"(Puxa Raya para as mãos novamente, caminhando para finalizar seu oponente)
Senhor H: -"Já chega!"
O histrião está de pé finalmente, ofegante, se multiplica, rodeando Hunter, ele não está mais rindo, pela primeira vez em muito tempo, deixou de gargalhar descontroladamente e diz com um tom sério: -"Me causou prejuízo demais, chega." - Ormeo segura forte sua espada, completamente confuso.
Raya: -"Ormeo, confia em mim?"
Ormeo: -"É claro."
Raya: -"O segundo tem carne para cortar!"
Nesse momento, H sentiu o sabor de ser uma decepção, como caçoava do guerreiro por ter enfraquecido, ele foi subjulgado por aquele que menos esperava, de agora em diante, talvez seu ídolo o descarte, pois seu apóstolo falhou; Alí está o palhaço, caído enquanto se afasta do comandante, em seu olhar, desespero, está apenas tentando sobreviver, se move com dificuldade com apenas uma mão, teve o braço esquerdo decepado.
Senhor H: -"SOLTEM TODOS OS ERRANTES! AGORA! TUDO!"(Grita, ansioso como nunca)
Inesperadamente, o herói é cercado de novo, por errantes famintos e cultistas armados, irrelevante, ele era invencível com aquela fúria, o culto estava servindo para segurá-lo enquanto H fugia cambaleando, tampava seu ferimento com a mão que restou, mas era inútil, aqueles malditos corredores, agora estavam sendo pintados com seu sangue, que jorrava sem parar.
Ormeo: -"NÃO ME ATRAPALHA!"(Corta aqueles ao redor)
O comandante se livra brutalmente dos servos, e corre atrás do alvo principal, com a determinação daquele momento, o covil tremia com cada passo do musculoso, pareciam terremotos, terremotos de raiva, ele se espreme, chegando ao lado de fora, procura o cretino nos arredores, até que, olha para o horizonte.
Nas colinas, há uma carroça branca, parece ser semi transparente, como se fosse algo que não deveria existir, se assemelha com o material das correntes que H chamava, por falar em H, alí estava, sentado enquanto se distanciava do vilarejo, segurava seu sangue com angústia, olhando para Ormeo com alívio, e como um flash, tudo desaparece.
Ormeo: -"Droga."(Ofegante)
Raya: -"O que faremos agora?"
Ormeo: -"Chegou a hora de conversar com todos, nossa paz chegou ao fim."
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Blood With Dust
AdventureEm um mundo onde a paz foi conquistada por conflitos passados, ressurgem sinais de uma antiga raça hostil, há anos derrotada, enquanto isso, um grupo de destemidos soldados embarcam em uma perigosa jornada de investigação para preservar seu frágil m...