Capítulo 12: Culpa

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  Após uma desesperadora sequência de gritos começar, o patrulheiro corre com sua espada em mãos, seguindo um caminho já percorrido, outrora tranquilo, se arrependendo de estar descansando segundos atrás, finalmente ele chega próximo da moradia de...

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  Após uma desesperadora sequência de gritos começar, o patrulheiro corre com sua espada em mãos, seguindo um caminho já percorrido, outrora tranquilo, se arrependendo de estar descansando segundos atrás, finalmente ele chega próximo da moradia de Charlote e Harry, percebendo duas situações, os gritos se dissiparam ao mesmo tempo que uma grande forma se movimenta nas sombras para trás da mesma cabana.

  Mudando sua rota imediatamente, Kayn segue para a direção do movimento, pisando em cacos de vidro espalhados, derrepente para e observa os arredores, onde encontra uma visão amedrontadora; Ao olhar para o profundo bosque sem fim, algo lhe encara, uma silhueta quadrúpede, alta, com membros alongados e finos, com as pernas dobradas, não é possível reconhecer nada além desse formato bizarro, que começa a desaparecer, como se estivesse se mesclando com o breu do ambiente, naquele momento, olhar para frente era como encarar um abismo, a mais pura solidão e escuridão, não existiam mais vaga-lumes.

  Com uma investida, o garoto perfura o obscuro, apenas utilizando sua audição para perseguir os passos da aberração, com uma breve visão de um acerto, um rápido e forte golpe é usado, acertando a coisa que estava por alí, mas esse deslumbre é quebrado, pois estranhamente, o bosque fica em completo silêncio, sem grunhidos, sem movimento, então é perceptível que sua lâmina realmente cortou algo, estava cravada em uma árvore retorcida, percebendo que perdeu seu alvo, ele retorna velozmente para a cabana.

  Achegando na casa pela terceira vez, reconhece Barbara na entrada, porém, a situação está estranha, a garota está abaixo da guarnição, segurando a porta aberta, olhando para o interior, ela está estática, com uma expressão trágica; Lentamente, Kayn empurra sua companheira e adentra o local, a vista faz com que sua espada caia no chão, aquela morada se encontra com quase todos os móveis jogados, quebrados como algumas janelas, no chão, duas pessoas caídas, completamente dilaceradas, a idosa com seus órgaos e víceras expostas, alguns membros decepados, segurando a mão de uma criança, que está com seu peito completamente aberto e jorrando, ambos estão formando poças que se espalham pelas tábuas, exalando um cheiro forte de sofrimento e dor, Barbara não consegue segurar sua ânsia e gorfa um pouco no piso, em contraparte, o garoto se movimenta pros restos de Harry, se ajoelhando com um olhar de culpa, logo percebe que o pequeno segurava em uma das mãos, um broche decorado que emanava imponência, mas era tarde demais, o símbolo de um sonho já estava coberto de sangue.

  O guerreiro se levanta, exalando um sentimento amargo, anda em círculos pela moradia, pisando nas poças, e de repente, chuta e soca vários móveis, inclusive os intactos, partindo e derrubando quase tudo dalí, cadeiras se rompem, uma mesa se parte, roupas caem e se mancham, acompanhando esse momento de ódio, gritos de mágoa são ouvidos.

Kayn: -"AAAAAAAAAAAAAH!! NÃO! NÃO! NÃO!"

Barbara: -"Amigo.."(Começa a chorar)

Kayn: -"SEU INÚTIL! INÚTIL! SEU MERDA!"(Se agacha e começa a dar socos no chão)

Barbara: -"Amigo.. não.. é nossa culpa."(Se aproxima)

Kayn: -"CLARO QUE É NOSSA CULPA! A GENTE TAVA AQUI PRA ISSO!"

Barbara: -"A gente... tava longe."

Kayn: -"A GENTE NÃO SERVE PRA NADA! BANDO DE INÚTIL! INÚTIL!"

Barbara: -"Não fala assim..."(Tenta encostar em Kayn)

Kayn: -"VOCÊ SÓ PENSA EM COMER E DESCANSAR! FAZ ALGUMA COISA! PORRA!"(Dá um tapa na mão de Barbara)

Barbara: -"VAI SE FUDER!"(Sai da casa)

  A ruiva apressada, se senta usando uma das paredes de encosto, com rapidez abre sua mochila, bagunçando o interior da mesma, e começa a comer desenfreadamente, ingerindo quase tudo que havia sobrado, lágrimas de decepção escorrem em suas bochechas cheias; Enquanto isso, no mesmo lugar, Kayn se senta, sujando partes de sua roupa com as vítimas, ele pega seu broche no corpo do menino, e se mantém pensativo sobre tudo.

  Algumas horas depois, chegando o início da manhã, o garoto de cabelos azuis está terminando de enterrar os corpos, juntos, afofando a terra que cobre sua falha, ele se move perto das árvores e pega dois grandes galhos, amarrando-os com um pano em formato de cruz, e após posicioná-la em frente ao grande túmulo improvisado, alfineta seu adorno naquele tormento, e o encara.

Kayn: -"Desculpa Harry, você deveria estar no meu lugar agora."

Barbara: -"Lamento, vocês mereciam felicidade, receberam dor."(A garota se aproxima da cova, e fica olhando)

Kayn: -"Ei.."(Se move para frente de sua colega)

Barbara: -"Oi."(Recebe um forte abraço do garoto, e retribui igualmente)

Kayn: -"Me desculpa, você não tem culpa, obrigado por querer ser minha amiga."

Barbara: -"Tudo bem, a gente tenta consertar, né?"

Kayn: -"É, acho que sim."(Começa a caminhar, olhando pro chão)

Barbara: -"O que a gente faz agora?"

Kayn: -"Vamos pegar esse filho da puta."

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