° 𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 100 °

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JÉSSICA

— Tá eu pedi para vocês virem aqui porque é um assunto bem sério e como família, precisamos resolver junto oque fazer - todos estava na cama da sogra, falei com o tio Beto ontem e ele decidiu que estava na hora de contar, até porque quanto mas antes a cirurgia com a Sabrina acontecer, mas rápido ela se recupera e volta para mim - então..

— Qual foi cunha, fala logo aí - encarei ele feio e o metralha deu risada. Respirei fundo e fui até a porta que eu tinha fechado, abri ela encarando o tio Beto e pedi para ele entrar.

A casa ficou completamente em silêncio, a não ser pela vó Maria que estava batendo na madeira toda hora e rezava baixinho olhando espanada para ele.

Ele não tiva os olhos da sogra que chorava em silêncio e nem se mexia. O primeiro a dizer alguma coisa foi o Henrique, que levantou e veio até ele.

— Pai? Porra como? - o Beto puxou ele para um abraço e os dois não se desgrudaram tão cedo, até o metralha se afastar e chamar a Fabiana com a Iza até eles - esse aqui é minha princesinha pô.

Eles conversam entre eles, o metralha parecia estar tão leve, nunca vi ele tão sorridente assim, parecia que ele esperava isso.

Meu pai se aproximou segurando o ombro do tio Beto.

— Tu seu filho da puta - o tio Beto abraço ele e meu pai empurro, depois se abraçaram de novo.

— Minha filha eu tô vendo isso mesmo? - a vó Maria chegou do meu lado e eu ri concordando.

— Sim vó, ele tá vivo - olhei para sogra que ainda olhava ele sem entender, ela está tão em choque, e eu não julgo porque deve ter sido muito difícil para ela.

Todos além da sogra abraçaram ele e tentaram enteder oque aconteceu, depois de um tempinho ali a sogra subiu para o quarto e o tio Beto foi atrás, eles discutiram muito.

— Então, ele pediu para ficar entre a família então ninguém fala nada - eu disse - e quando a Sabrina acordar?

— Ela pode ter uma grande carga emocional, é melhor deixar ele se recuperar, e assim contar - a Fabi falou e eu concordei.

No dia seguinte levei o tio Beto até o hospital ele sempre sendo discreto, olhando para todos os lados. Fabiana fez todos os exames que precisava nele, e graças a deus deu tudo certinho, o pulmão dele estava limpo, saudável e ele podia doar para ela.

Ela receberia o sangue dele também, e depois só depende dela.

Estava todo mundo reunido de novo, meu pai a Júlia, Nathan a Maria a mãe dela o irmão dela a Iza a família toda, todo mundo torcendo prós dois saírem bem dessa cirurgia. Se passaram mais de sete horas que eles estavam ali e ninguém saia para dizer nada.

— Não quer comer nada filha? - olhei para minha mãe e neguei com a cabeça - Eu sei que tá agoniada mais tenta pelo menos comer um sanduíche, eu vou compra para você.

— Eu não consigo comer nada mãe, nem falar eu tô conseguindo direito, preciso ficar quietinha na minha só falando com Deus por favor - ela concordou e eu voltei a ficar na minha em silêncio.

Foram mais duas horas, e nada, a Fabiana falava que era normal uma cirurgia desse nível tomar tanto tempo assim, e que podia durar muito mais, então eu resolvi comer, foi eu e minha mãe com as crianças até a lanchonete do hospital, eu só comi um sanduíche e tomei um gole de suco de morango.

Esperei as crianças comerem a depois nois voltamos para onde todos estavam, eu estava tão cansada de esperar, queria entra naquela sala e ver o que estava acontecendo. Até que uma mulher com um uniforme azul apareceu, eu levantei na hora colando a mão na minha barriga.

Ela respiro fundo tomando fôlego e olhou para todo mundo ali, no final deu um sorriso que me aliviou inteira.

— A cirurgia foi um sucesso e os dois está bem e fora de perigo - Todo mundo comemorou - os dois vão ficar em observação por vinte e quatro horas e quando acordarem nesse período mais vinte e quatro horas sob avaliação, se tudo ocorrer como esperemos, serão liberados, a Sabrina ficará um pouco mas.

— Ela deu algum sinal doutora?

— Ainda não, por isso as próximas quarenta e oito horas são de estrema importância - concondei e fui até ela abraçando ela, eu precisa muito fazer isso.

— Brigada por tudo dourada, brigada, brigada - ela riu e me abraçou de volta.

Não sai desse hospital por nada, tentaram me tirar daqui dizendo que eu não podia ficar mais eu usei minha maior arma nesse momento, minha gravidez. Quando eu fiz um escândalo dizendo que estavam me deixando doente e nervosa e que isso podia prejudicar minha gravidez, eles abriram uma excessão.

A Sabrina já está a trinta e seis horas, bem, trinta e seis horas depois da cirurgia e minha neném só apresenta melhoras, eu só tô esperando ela abri os olhinhos pra mim, tiram o aparelho de respiração que ela precisava e agora eu tava vendo seu rostinho lindo de novo sem aquele negócio nela.

— Você tá voltando para mim né amor - sorri - eu tô morrendo de saudades de você, e por favor não faz mais isso!

Passei minha mão na bochecha dela e sorri, me aproximei dela e depois dei um selinho naquela boquinha que eu amava, por um instante eu imaginei que senti a boca dela se mexendo e me afastei esperando ela fazer alguma coisa mais nada aconteceu.

Juntei a minha boca na dela de novo e mais uma vez eu senti aquilo, me afastei e nada. Beijei de novo e agora eu senti o peito dela tremendo e o som de uma risada nasal saindo da Sabrina, me afastei assustada.

— Tu tá se aproveitando de mim po - coloquei a mão na boca e ela abriu os olhos devagar, eu chorei e travei - que merda, porque eu tô sinto dor em tudo?

— Para Sabrina, não se mexe - segurei o peito dela quando ela tentou levantar, ela deitou na cama de novo - eu esperei tanto para você acordar, eu não tô nem acreditando amor.

Me abaixei e abracei o pescoço dela, ela segurou minha nuca me abraçando também, eu chorei dizendo que amava ela mais que tudo e ela respondeu que me amava mais ainda.

— Deixa eu ver isso aqui - ela me afastando e seu olhar foi pra minha barriga, ela colocou a mão e eu coloquei a minha por cima da dela - ontem não estava nem aparecendo.

— Você dormiu por quase três meses bebê, aconteceu tanta coisa - ela me olhou confusa e olhou pro corpo - levantou a coberta e levou uma mão lá para baixo - que foi?

— Eu tô peladona pô - dei risada passando a mão no meu olho e segurei o rosto dela dando um selinho na sua boca.

— Que saudade que eu estava de você amor - ela segurou meu rosto e levanto um pouco a cabeça beijando minha boca, senti a língua dela com a minha e sorri entre nosso beijo, era tão maravilhoso beijar ela de novo, senti essa boca que eu amo.

Somando - 𝕴𝖓𝖙𝖊𝖗𝖘𝖊𝖝𝖚𝖆𝖑/𝕷𝖊𝖘𝖇𝖎𝖈𝖆Onde as histórias ganham vida. Descobre agora