Herdeiro do Seu Herdeiro

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Torgo, Brack e Tarres entraram junto com outros soldados. E a mulher nunca conseguiria entender como uma criança com menos de dez dias de nome poderia ser tão rápida.

Foram mais de vinte minutos de contemplação entre todos, com a faca apertando cada vez mais contra a pele dela. Quando um rastro de sangue começou a escorrer então, foi quando para o choque extremo o homem jogou a mão que segurava o martelo para frente, eu empurro de volta atingindo em suas pernas e barrigas com toda a força possível.

Isso a fez com que jogasse seu corpo para trás, o fazendo cair também. Segundos depois havia muito sangue e gritos.

A faca contra seu pescoço a atingiu, embora com os movimentos tivesse descido mais para a linha peitoral e dos ombros.

O martelo caiu em sua perna direita a quebrando com seu peso, e dois soldados, que estavam tentando chegar por trás do homem, arrancou sua cabeça no momento em que o corpo deles se afastaram.

Mais e mais guardas chegaram, com o tampo do banco de jardim em que chegaram, foi feito uma maca onde carregaram o príncipe.

Brack, um dos de maior confiança do príncipe, não disse muito antes de pegar a esposa do Príncipe Herdeiro e a carregar em seus próprios braços, quase insconciente, para dentro.

Kinvara e Mellione os aguardava ao lado de Viserra (como chegou tão rápido) quanto com Maegor e Visenya, que tinham olhos em chamas aos os ver em tal estado.

Com certeza os outros teriam dó do que restaria de tal traidor.

Rhaegar tinha três costelas quebradas, assim como o braço e sua perna direita. Havia hematomas para chegar em várias partes do seu rosto e ele mal podia ficar acordado nas primeiras semanas.

Todas as Sacerdotisas fizessem o melhor que poderiam por ele e além, mas foi Melione que garantiu, entre suas visões, que ambos sobreviveriam.

Lady Mantaryan tinha uma perna quebrada, o corte do pescoço ao ombro, que precisou de pontos. E um pulso torcido, pela brusquidão que carregou e foi arrancada da arma que usou. E no entanto nada foi mais chocante do que a notícia que o sangramento não era de acidentes internos ou estresse, mas possivelmente um aborto.

O cozinheiro, até então preso, poderia ser ouvido gritando até mesmo no andar mais alto do castelo, enquanto estava no calabouço, a pouco mais de 2 metros abaixo do solo.

Lorde Mantaryan exigiu que a cabeça do homem que tentou ferir sua filha fosse pendurado na estaca em frente ao muro de sua casa. O que foi atendido facilmente, desde que a rainha quis fazer o mesmo com a do cozinheiro, embora o homem tivesse tido mais do uma morte rápida com a cabeça cortada.

Ambos os feridos precisaram ficar um tempo em total descanso, principalmente o príncipe. E no entanto, a notícia se espalhou e até mesmo o povo mais baixo das cidades queriam justiça pela morte do príncipe não nascido.

Maegor nunca foi visto tão abalado, e embora não fosse dito em voz alta, os empregados eram sabidos que ele foi ao quarto da mãe muitas noites chorar e buscar conselhos sobre como ajudar sua esposa a superar tal perda.

Visenya não poderia ser a mulher mais feminina, ou delicada como sua nora, mas era uma mulher. E depois de uma vida sendo indesejada, deixada de lado ou simplesmente ignorada, poderia imaginar muito bem o que outra mulher precisava em um momento assim. Ao menos o que, no fundo de sua pessoa, desejaria.

Polirys se culpava muito pela perda do filho, assim como pelo estado de seu bom irmão, ambos tinham a mesma idade, e embora fossem criados a maneira diferente, desejava,e acreditava, que deveria ter feito algo mais para ajudar o segundo filho da rainha.

O castelo nunca pareceu tão feio e silencioso, com todos parecendo pisar em crateras prestes a explodir. Nunca haviam percebido o quão quente e aconchegante o lugar parecia, mesmo com as feições e postura dura da realeza a vista dos outros.

A dor da criança perdida afetou a todos, ate mesmo a rainha, embora tentasse não mostrar tanto.  A mulher assumiu novamente os compromissos da casa real e disse que só deveriam passar coisas pequenas e menos estressantes para a princesa Consorte, para lhe distrair. 

Assim como também convocou a presença de algumas damas das casas lordes das Cidades Livres e além, para criar uma corte e distrair a mulher recém-saída da infância.

De Braavos ao Mar da Grande Grama, de Muro a Pentos, Qohor, Norvos e até Tysosh.

Tysosh era uma cidade costeira, conhecidos por sua avareza, e a rainha acreditou que isso poderia ajudar sua nora a criar uma casca mais grossa.

E assim seguiu. Levou quase três luas para que todas as novas damas de companhia da princesa Consorte Polirys chegassem, mas foram muito bem recebidas e com um jantar real, bem merecido da realeza, antes de serem especificadas de suas tarefas exclusivamente pela própria rainha.

A princesa Viserra também fazia questão de manter sua boa irmã muito distraída. Seja roubando seus bolos e tortas favoritas da cozinha, contanto uma de suas histórias/brincadeiras inocentes, ou simplesmente lendo com a mulher.

Ambas se descobriram gostando da presença uma da outra, mesmo com a diferença de idade. E a princesa adorava muito a ajuda que recebeu em seus trabalhos de leitura.

O Príncipe Maegor era com certeza o mais preocupado de tudo, se dividindo entre ficar constantemente com sua esposa e irmão. Agindo como o herdeiro quando necessário e tomando o lugar de sua mãe caso fosse realmente preciso, embora isso quase nunca acontecesse.

O homem trazia todos os mimos que poderia encontrar no mundo para confortar sua família. Como os livros da Cidade Franca para sua esposa, seus doces caseiros preferidos, e até mesmo se arriscou a descer nas cozinhas e ver como as tortas de romã eram feitas.

Ele foi proibido de se aproximar dali novamente depois que conseguiu, de uma forma inexplicável, colocar fosse em uma massa lisa na bancada de pedra.

Não havia nem fogo por perto!

Os soldados foram todos revistados, analisados minuciosamente e os melhores imaculados foram colocados para circular entre os dois. Agora cada um deles tinha cerca de dez a quinze soldados da Guarda do Dragão em seu receptor.

Muitos lordes e famílias influentes, graças ao apoio da rainha, enviaram presentes e cartas de melhoras à família real. Polirys particularmente recebeu alguns corvos com bilhetes de melhoras, desejando sentimentos e até pequenos presentes, como fragrâncias, brincos, anéis, flores e poemas.

Maegor não estava totalmente feliz com muito disso, mas nunca falou ou impediu que chegassem até ela, o que a esposa via como um voto de confiança, e correspondia muito bem.

Quem conhecesse bem o príncipe, sabia que assim como os dragões, eram pouco libertinos com aquilo que consideravam deles. E muito protetores.

E ainda assim, a Princesa Consorte achava muito fofo o quão braço e taciturno seu senhor marido ficaria nessas ocasiões. Até mesmo sua sogra tinha dificuldade em controlar suas máscaras.

Lolla, a companhia e sombra quase constante da esposa do Príncipe, também não se afastava mais da amiga. Com receio de outro ataque, e virou sua principal dama de companhia, mesmo com sua baixa posição de nascimento. Para a consternação das outras mulheres.

Visenya não negou isso quando foi recebida com a pergunta sussurrada e envergonhada da nora. Na verdade, o sorriso ladino que tinha levantava a pergunta se ela sabia que outros nobres se sentiriam injustiçados.

Ao que perguntada pelo filho, foi ouvido dizer que sua boa filha precisava criar uma casca mais grossa. A realeza não era uma simples família de nobres e deveria entender e aprender a lidar com a insatisfação e atitudes dos outros.

Sangue do ConquistadorWhere stories live. Discover now