Onde Percy Jackson é um prodígio jogador de futebol que acabou de fazer sua estreia como profissional
Ou
Onde tudo que Annabeth queria era uma vida normal, mas tem essa ilusão desfeita quando seu crush de adolescência decide se declarar no meio de...
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Percy.
—Você acha mesmo que eu faria algo assim? — Andreas pergunta, me seguindo pelo corredor.
Continuei andando, sem olhá-lo.
—Eu não duvido. —destravei a porta do quarto com o cartão que me deram na recepção, abrindo-a e jogando a bolsa na cama.
—Ela é a sua gata, cara. Eu nunca faria isso.
Quando olhei, ele estava parado na porta, uma mão segurando-a aberta.
—Eu conheço sua fama, Andreas.
—Mas você é meu amigo! —exclamou. —Eu posso até achar ela bonita, mas e daí? Isso não muda nada, Percy. Nada mesmo.
Cruzei os braços, finalmente olhando para ele diretamente. Ele vestia o uniforme clássico de viagem com calça e jaqueta, assim como eu, além do tênis branco. Seu tom de voz era cheio de afobação, quase desesperado, e a expressão não era diferente.
—Eu conheço a Annabeth desde que eu era criança. —falei. —Ela é a pessoa mais doce e linda que eu já tive a oportunidade de ter na minha vida, e merece um cara que a ame e cuide dela do jeito certo. Você não se encaixa nisso. Na verdade, Andreas, sei muito bem o tipo de coisa que faria com ela antes de largar. Então, mesmo se ela não fosse minha namorada, eu nunca a deixaria chegar perto de você.
Andreas engole em seco, desviando o olhar para o teto. Minhas palavras o afetaram. Por muito tempo, estive de olhos fechados em relação ao comportamento dele. Não me parecia relevante para a nossa amizade.
Mas agora envolve Annabeth. E tudo que a envolve é algo relevante para mim.
—Eu não sou um monstro. —foi o que disse. —Não do jeito que você está insinuando.
Dei de ombros.
—Só fica longe da minha garota.
Dei novamente as costas para ele, abrindo o zíper da mochila e tirando algumas coisas: roupas, meu ipad e fones de ouvido. Andreas não foi embora, apenas continuou parado ali.
—Suponho que você queira que eu fique longe de você também.
Parei o que estava fazendo, mas não ergui os olhos.
—É. Tanto faz.
—Tudo bem. —o ouvi suspirar. —Vou respeitar sua decisão.
E saiu, me deixando sozinho e perdido em pensamentos.
