Minho odiava cigarros e, principalmente, Jisung, o garoto que vivia fumando nos fundos da faculdade. No entanto, Lee se vê indo contra seus próprios princípios quando percebe que está apaixonado pelo menino de cabelos azuis.
❝Eu odeio cigarros, mas...
O silêncio era tudo o que se podia ouvir naquela sala às quatro e meia da manhã.
Han Jisung se encontrava sentado no sofá, seus lábios tremiam de frio enquanto ele tinha uma toalha roxa em volta de seu corpo. O garoto observava tudo ao redor: as paredes brancas, o tapete branco felpudo abaixo de seus pés e as estrelas grudadas no teto.
Era tudo tão... Minho.
O azulado não tinha ideia do porquê havia parado na casa do acastanhado, parecia que sua mente só o tinha guiado até ali.
Enquanto Jisung se encontrava distraído com os seus pensamentos, Minho entrou na sua sala novamente, segurando uma xícara de gatinho e arrastando suas pantufas pelo chão.
O garoto deixou a xícara na pequena mesa que havia ali, logo se sentando e observando o azulado.
Eles ficaram assim por longos minutos, Minho observando Han, este que olhava para frente envergonhado por estar junto do acastanhado. O Lee deu um longo suspiro enquanto apoiava suas costas no sofá.
— Por que caralhos você veio na minha casa às três e meia no meio de uma chuva?
— Ah eu... — Vergonha. Han Jisung estava com muita vergonha. — É só que eu, sei lá.
— Nossa essa sua resposta ajudou demais. — Minho respondeu com deboche enquanto se virava para o mais novo.
Ah não.
Han Jisung estava chorando?
— Minho eu só... Me desculpe. — O azulado falava enquanto tentava enxugar as lágrimas de seu rosto, ação totalmente inútil, tendo em vista que elas continuavam caindo.
O garoto só se sentia cada vez mais vazio e confuso.
Nunca tinha sido uma pessoa de mostrar fraqueza para os outros, e ver que Minho o deixava fragilizado só piorava a sua situação. Buscar a aprovação de Minho a todo tempo era cansativo, e ver que o ódio do garoto por si nunca ia embora machucava.
As emoções de Jisung se misturavam junto de suas lágrimas salgadas. A falta de sua mãe, os sentimentos confusos pelo o acastanhado e o sentimento de culpa e insuficiência. Era demais. Estava cansado.
Quando as coisas ficam difíceis e as coisas apertam é preciso de um apoio para não cair, mas Jisung nunca teve um.
Quando sua mãe morreu, seu pai foi embora, deixando ele e sua irmã sozinhos, sem nada. Na maior parte do tempo Minjung ficava fora de casa, trabalhando para conseguir colocar comida dentro de casa e pagar as despesas. Acabava que Han ficava sozinho na maior parte do tempo, e, com o passar dele aprendeu a reprimir suas emoções e pensamentos para não preocupar as pessoas ao seu redor.
O garoto não queria ser um fardo.
— Han, tá tudo bem? — Mais que pergunta mais idiota, era obvio que ele não estava bem. Minho não sabia como reagir a tal situação, não estava acostumado a consolar os outros, para falar a verdade era péssimo nesse quesito.
Enquanto via o garoto a sua frente chorar alguma coisa dentro de si apertava e deixava um gosto amargo em sua boca.
Aquilo não era bom.
O Lee não pensou muito antes de envolver Jisung em seus braços e deixar um leve carinho em suas costas. O cheiro de chuva e nicotina exalavam do mais novo.
O azulado se encontrava atônito enquanto o acastanhado o apertava em um abraço quente e acolhedor. O Han retribuiu a ação enquanto apoiava a cabeça no ombro do mais velho.
Jisung simplesmente explodiu em lágrimas enquanto chorava no ombro de Minho, este que depois disso aumentou o aperto em torno do azulado.
— Tá tudo bem Han, pode chorar, eu não vou sair daqui.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.