Minho odiava cigarros e, principalmente, Jisung, o garoto que vivia fumando nos fundos da faculdade. No entanto, Lee se vê indo contra seus próprios princípios quando percebe que está apaixonado pelo menino de cabelos azuis.
❝Eu odeio cigarros, mas...
Os três garotos estavam sentados em uma espécie de roda feita com carteiras, o clima era esquisito e a tensão era palpável. Jisung e Minho se encaravam em uma espécie de luta particular, o azulado com um sorriso debochado e o acastanhado com uma cara emburrada. O Kim suspirou de saco cheio daquela situação.
— Ok, já que ninguém vai falar eu vou começar. — O terceiro da roda disse enquanto bufava. — Meu nome é Kim Seungmin e espero fazer um bom trabalho em equipe.
O Kim foi ignorado pelos outros dois, que estavam tão imersos em ver quem desviava o olhar primeiro, que nem ouviram o que ele falou. Isso já estava deixando Seungmin irritado, o que fez com que ele revisasse os olhos.
— Se vocês querem dar a bunda, não precisa ficar nessa palhaçada, é só falar. — O Kim tentou se comunicar novamente com os outros presentes, dessa vez elevando um pouco o nível de sua voz.
A fala fez com que Minho virasse de supetão para Seungmin, este que lhe encarava com uma carranca no rosto. Jisung riu debochado na direção do Lee. Droga. Ele tinha desviado o olhar.
— Como? — Minho se dirigiu ao Kim
— Será que agora vocês podem parar de ser dois imbecis e focar na merda da pesquisa? — Seungmin estava perdendo a paciência.
Minho coçou a garganta, envergonhado, enquanto Jisung ajeitava a sua postura na cadeira.
— Claro, me desculpe. Podemos começar agora. — Minho respondeu com o azulado a sua frente concordando.
— Finalmente! — Seungmin fez um sinal com as mãos, como se estivesse agradecendo aos céus. — Então, podemos começar dividindo as tarefas e funções de cada um, o que acham?
Os dois garotos fizeram que sim com a cabeça, fazendo o Kim suspirar em alívio. Estavam chegando em algum lugar.
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Han Jisung era o ser mais inconveniente e insuportável que Lee Minho já poderia ter conhecido em todos os seus anos de vida.
Fazer o trabalho com o azulado estava sendo a pior situação que o Lee poderia estar passando. Jisung contrariava Minho a todo momento, discordando de todas as suas sugestões e opiniões. Ele estava puto, o garoto sabia que divergências eram normais em trabalho em grupo, mas o Han parecia fazer de propósito só para irritar o mais velho.
— Então eu acho que o Han pode fazer os questionários, o Kim as entrevistas e eu posso interpolar as informações. O que vocês acham? — Minho disse suspirando no final da frase, já era a quinta vez que ele dava uma sugestão ao grupo sobre como seguir com o projeto, mas nada do querido Jisung concordar. O acastanhado estava com raiva, muita raiva.
— Hum nah, acho que eu e o Kim devíamos fazer do nosso jeito e você, gracinha, faz a sua parte e depois a gente só junta tudo. É, assim é bem melhor. — Jisung disse discordando mais uma vez, ele possuía os pés para cima apoiados em uma mesa e comia seu pacote de salgadinhos enquanto olhava para Minho com deboche.
— A esperança é a última que morre, mas a minha paciência é a primeira, Han Jisung, e você está me tirando do sério.— O Lee estava para voar na cara do azulado.
— Aí olha como eu tô com medo. — Jisung respondeu com cara de tédio, caçoando do acastanhado.
Seungmin se encontrava no meio daquele campo de guerra há quase meia hora, o Kim só queria fazer a sua pesquisa em paz, o que o estava deixando inconformado com toda a situação. Porra, todos ali possuíam mais de vinte anos nas costas, do que servia toda aquela infantilidade e implicância? Eles estavam na faculdade, e não em uma pré-escola.
— Chega! Eu não aguento mais vocês dois! — O Kim falou se levantando de sua cadeira e massageando as suas têmporas. — Vocês parecem dois bebês discutindo desse jeito escroto, se enxerguem, vocês são dois adultos em uma faculdade. A gente tem a porra de um projeto pra elaborar, então parem de ser dois filhos de uma puta e foquem na merda do trabalho! — Seungmin explodiu, ele estava sem paciência para toda aquela ladainha.
Minho e Jisung se encontravam estatísticos com expressões surpresas em seus rostos. Seungmin até o momento tinha se mostrado uma pessoa calma e ver o homem dando um sermão ao vivo e a cores tinha os deixado de boca aberta.
— Ok, Minho, eu gostei da sua ideia e acho que podemos fazer desse jeito. Alguma objeção? — Seungmin perguntou olhando sério para Han, este que balançou sua cabeça negativamente de forma rápida. — Ótimo!
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