Minho odiava cigarros e, principalmente, Jisung, o garoto que vivia fumando nos fundos da faculdade. No entanto, Lee se vê indo contra seus próprios princípios quando percebe que está apaixonado pelo menino de cabelos azuis.
❝Eu odeio cigarros, mas...
Segundo o google, a paixão é um sentimento humano intenso e profundo, marcado pelo grande interesse e atração da pessoa apaixonada por algo ou alguém.
Jisung já havia procurado por aquela definição diversas vezes desde que tinha conhecido a sua gracinha, ou melhor falando, Lee Minho. O google só não havia dito ao garoto que seria tão difícil admitir os seus sentimentos, e pior: ver a pessoa que você gosta tanto se afastando gradualmente.
Já haviam semanas desde que o quase beijo havia acontecido entre os garotos. Depois daquele evento, o azulado se lembrava de ter ficado tão bravo com Changbin, que saiu do cômodo a passos pesados tentando achar o amigo para lhe dar umas boas cacetadas, porém, depois que chegou no quarto novamente, o Lee não se encontrava mais no ambiente. Foi ali que tinha visto a merda que tinha feito em deixar Minho sozinho, e, consequentemente ir embora.
Depois daquela sexta-feira caótica, Jisung se culpou por um bom tempo de suas atitudes e ações, por que era tão burro? Diante disso, o menino tinha se decidido a resolver as coisas o mais rápido possível com o Lee na segunda. Mas os seus planos foram por água abaixo quando o acastanhado lhe tratou com indiferença como todas as vezes.
Lee Minho não se lembrava dos acontecimentos de sexta-feira.
Jisung naquele momento se sentiu desolado, tudo bem que sabia que Minho tinha bebido naquele dia devido ao cheiro de álcool. Mas ele não se lembrava de nadinha de nada? Como um momento tão importante para o Han tinha sido esquecido tão facilmente pela a memória do Lee?
Jisung não aguentava mais se martirizar por conta daquele assunto, porém sempre que ia tirar satisfações com Minho, o mesmo dava uma desculpa e fugia. Já faziam semanas. Semanas que Jisung sofria por um sentimento que nem mesmo ele sabia direito do que se tratava.
Doía muito no garoto saber que Lee Minho não sentia nada além de ódio por si, ele só queria uma conversa normal com o acastanhado. Será que estava pedindo demais?
Pelo o visto a resposta era sim. A relação entre os garotos sempre foi muito complicada, o que Jisung estava pensando? Que só por causa de uma tentativa fracassada de beijo as coisas se resolveriam em um passe de mágica, e eles viveriam felizes para sempre? A vida não funcionava daquele jeito e Jisung tinha plena consciência disso, mas, bem no fundo, sua criança interior ainda tinha expectativas de que a situação poderia mudar em algum momento.
Jisung estava cansado de se sentir mal por tentar e tentar e tentar. Chega em uma hora que as coisas ficam maçantes e é preciso uma pausa para respirar.
Sempre lhe falavam que o amor era o sentimento mais bonito e puro que algum ser humano poderia ter dentro de si, mas, se esse sentimento era tão lindo, por que doía tanto amar alguém?
Se aquela era a sensação de estar apaixonado, Han Jisung preferia não ter sentimentos, e, se fosse preciso se afastar de Lee para superar aquilo, era exatamente o que faria.
Era nisso que a sua cabeça pensava enquanto ele acendia um cigarro na varanda de sua casa e observava as luzes da cidade. Hoje o azulado havia chamado Changbin e Chan para a sua casa, porém ele não se sentia animado como o habitual.
Ele conseguiu ouvir o barulho da porta de correr se abrindo, e, logo em seguida, o Bang já estava ao seu lado, apontando para o objeto em suas mãos, pedindo indiretamente uma tragada.
— O que tá rolando? Desembucha. — Seu amigo falou, assoprando a fumaça logo em seguida.
Jisung sabia que nunca poderia esconder nada de Chan, se conheciam desde pequenos, seria muita burrice tentar omitir algo para uma pessoa que lhe conhecia tão bem.
— Você me conhece tanto que às vezes irrita. — Jisung respondeu enquanto ria melancolicamente. — É só que sei lá, é difícil admitir que gosta de alguém que nem se quer liga pra você ou os seus sentimentos.
— Pelo o visto o Minho anda pisando no seu coraçãozinho.
— E quem te disse que é o Minho? — Era claro que era o Minho, mas não iria admitir isso para o amigo, era vergonhoso admitir que estava gostando de alguém que só pisava em cima de você. — Eu nem gosto dele.
— Como você não gosta dele, Jisung? Não tira o pau do moleque da boca. — O Bang devolveu encarando o amigo com deboche, logo encontrando a face do mais novo em puro espanto. Chegava a ser cômico a tentativa de atuação. — Olha eu não quero soar grosseiro contigo, mas você só fala desse garoto, é Minho pra lá e pra cá toda hora. Mas vamos combinar né, Jisung? deve ser foda ter alguém zicando com a sua cara toda hora. Seu estilo de flerte é bem esquisito.
— Mas é minha forma de mostrar interesse.
— Mas é óbvio que ele não sabe disso, Han. O menino ao menos te conhece direito para saber as suas formas de demonstrar afeto. — Chan suspirou, ás vezes ter um amigo burro era complicado.
— Putz, nunca tinha parado pra pensar desse jeito. — O azulado falava enquanto coçava sua cabeça em sinal de nervosismo. — Mas não importa do mesmo jeito, eu vou me afastar o quanto antes desse menino, já sofri demais por conta disso. Eu cansei.
— Você sabe muito bem que se afastar não vai melhorar a sua situação. No seu lugar, eu colocaria todas as cartas de uma vez na mesa, até porque o não você já tem. Mas faz o que quiser, eu não tô aqui pra obrigar ninguém a nada, você sabe que eu sempre vou estar aqui pra ti, Hannie.
Após falar isso o Bang devolveu o cigarro e se retirou, logo se dirigindo para dentro novamente.
Jisung sabia que se afastar não seria uma das suas melhores opções, mas era o seu jeito de lidar com as coisas. Ele sempre tinha sido daquele jeito: quando as coisas complicavam, ele fugia igual um covarde, e, dessa vez, nada seria diferente do habitual.
Han Jisung fugiria de Lee Minho e todos os sentimentos confusos que o garoto trazia consigo.
Fugiria dos olhos castanhos que tanto gostava e também da sensação reconfortante toda vez que estava perto do acastanhado.
O sentimento amoroso era algo que se saboreava melhor enquanto ainda estava fervendo, e Han Jisung preferia não se queimar.
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n/a: oi gente! Eu só pisque e My Only Exception tá quase com 800 leituras! 🥹🥹🥹
Queria muito agradecer o apoio , cada voto e comentário, significa muito pra mim <3 Minha escrita não é uma das melhores, porém busco cada dia mais melhorar e trazer algo legal pra cá, ver que tem gente que realmente gosta me deixa com o coração quentinho! Muito obrigada por tudo!