Minho odiava cigarros e, principalmente, Jisung, o garoto que vivia fumando nos fundos da faculdade. No entanto, Lee se vê indo contra seus próprios princípios quando percebe que está apaixonado pelo menino de cabelos azuis.
❝Eu odeio cigarros, mas...
Minho acordou com a claridade incomodando seus olhos. O garoto se levantou em um quarto desconhecido e com as mesmas vestes do dia anterior, sua cabeça doía para um caramba e ele sentia a sua garganta seca.
O Lee observou o ambiente ao seu redor, o quarto era espaçoso e possuía as paredes azuis escuras, sendo essas repletas de posters de bandas que Minho não fazia ideia de quem eram. Onde ele estava? O cômodo possuía um cheiro de baunilha misturado com nicotina.
"Espera... nicotina?"
— Bom dia gracinha, já acordou?
"Aí. Meu. Deus. Eu estou na casa do Han."
— O que eu tô fazendo aqui, Han Jisung? E por que caralhos eu acordei em cima da sua cama? — Minho sentia o desespero tomar conta de si, será que havia feito alguma besteira no dia anterior?
— Ei, relaxa, não aconteceu nada, você só ficou bêbado pra porra e eu te trouxe pra minha casa, já que você não quis me passar seu endereço pra eu te levar de volta. — Han explicou enquanto deixava um copo d'água em cima da bancada.
— Hm, entendi. Bom, me desculpe por causar problemas, prometo que não haverá uma próxima vez. Acho que já vou indo. — Minho dizia enquanto calçava seus sapatos e se levantava, não ousando olhar nos olhos de Han.
O Lee se sentia envergonhado, muito envergonhado, ele sabia que quando ficava bêbado podia fazer diversas besteiras, e, ter ficado nessas condições na frente do seu pior inimigo lhe fazia ficar com vergonha de si mesmo.
— Mas já, você não vai nem comer antes? — Jisung questionava o Lee com uma careta confusa.
— Já causei problemas demais, não precisa fazer comida pra mim, Han.
— Você não causou problemas, eu te ajudei porque eu quis. Agora para de ser orgulhoso e vem comer, se você quiser tem água e remédio pra dor de cabeça em cima da bancada. Estamos te esperando lá na cozinha. — Han falava tão rápido que não deu tempo nem do acastanhado o questionar.
— Esse Han é doidinho mesmo. — Minho falava consigo mesmo enquanto pegava o remédio para tomar, logo em seguida terminando de calçar os seus sapatos e saindo do quarto, dando de cara com um corredor que ele supôs levar até a cozinha.
Chegando até a cozinha, Minho conseguia observar Jisung sentado na mesa enquanto comia, ele enchia as bochechas ao mesmo tempo em que via alguma coisa em seu telefone. O Lee observava aquela cena enquanto os cantos de sua boca se contraiam em um sorriso.
"Fofo... Espera, oqu-"
— Jico, vem pegar as panquecas no fogão, por favor! — Minho foi cortado de seus pensamentos quando ouviu uma voz feminina chamando pelo Jisung. O azulado morava com alguém?
— Pera aí! — Jisung gritou de volta enquanto desligava o celular e levantava da cadeira, conseguindo enxergar Minho, que estava parado igual á um pateta no meio do cômodo. — Ah, você está aí! Pode sentar, eu já venho.
Minho se sentou na pequena mesa de quatro lugares enquanto observava o apartamento ao seu redor, era um lugar pequeno e simples, porém possuía uma energia muito caseira e aconchegante.
Jisung voltou para a mesa segurando um prato cheio de panquecas com mel e um jarro de suco, a comida cheirava bem, o que fez com que a barriga de Minho roncasse. O garoto de cabelos azuis se sentou novamente na mesa, e, logo atrás, uma moça o acompanhou, repetindo seus movimentos.
— Vejo que temos visitas hoje. — A garota de cabelos ondulados sorria gentilmente para Minho, o que fez com que o seu desconforto diminuísse um pouco. — Que milagre o Jico trazer outras pessoas pra cá sem ser o anão bombado ou o emo boca suja.
— Ei! Não fale assim do Changbin e do Chan! — Jisung respondeu a mulher enquanto pegava algumas panquecas e colocava no prato na frente de Minho.
— Vê se me respeita que sou eu que te sustento! Agora seja um garoto educado e me apresente a visita.
— Esse é o Lee Minho, ele é aquele garoto que eu tinha te falado.
— Ah, então você é o famoso Lee Minho. — A mulher a sua frente o olhava com uma cara maliciosa enquanto soltava pequenas risadas, fazendo Jisung a encará-la com um olhar sério. — Muito prazer! Meu nome é Han Minjung, eu sou a irmã do Jico.
Minho olhou com uma cara surpresa para o menino ao seu lado, não sabia que Jisung possuía uma irmã, e, muito menos que Han falava de si para ela.
— Prazer em conhecê-la, deve ser um inferno conviver com esse serzinho irritante, eu imagino. — Minho falava em tom de brincadeira enquanto encarava Jisung com um sorriso debochado.
— É difícil mesmo, todos os dias eu tenho que me conter pra não bater nele. — Minjung falava com uma falsa careta de dor, enquanto enxugava uma lágrima falsa de seu rosto.
— Sério que a minha própria irmã, sangue do meu sangue, está contra mim? — Jisung possuía uma expressão indignada.
Minjung e Minho se encararam enquanto soltavam risadas divertidas.
Minho tinha se sentido bem ali, nunca que o garoto se imaginaria tomando café da manhã com o seu inimigo e sua irmã, parecia até uma situação irreal. Mas o Lee tinha gostado daquela sensação de acolhimento, ele tinha gostado das risadas e do sabor da panqueca. Minho se sentia quente por dentro enquanto encarava Han mastigando sua comida e rindo, ele estava confuso, mas se sentia grato por Jisung ter cuidado dele.
No final das contas, o garoto de cabelos azulados poderia ser mais do que um menino irritante, e Minho estava começando a enxergar isso.
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n/a: tô soft com os minsung tomando café da manhã juntos 😿
