Uli ; kth+jjk

✰*ೃ cinquenta e um ✰*ೃ

Taehyung encarou a mensagem em seu celular e sentiu o coração explodir.

"Soube que o Wootak vai dormir na casa da Chaerin... será que podemos nos ver? Você e eu", perguntava Jeongguk.

Sim. Sim! Sim, sim, sim, sim!

Havia algumas semanas que eles estavam conversando por mensagens e se encontrando para deixarem Chaerin e Wootak brincarem. Quanto mais Taehyung via Jeongguk, mais rápido precisava revê-lo e mais tempo queria ter ao seu lado. Ele tentava agir normalmente, mas não sabia com que cara ficava o encarando, nem que expressões fazia toda vez que se derretia por dentro, completamente apaixonado por qualquer coisa a respeito de Jeongguk. Seu sorriso e o jeito como enrugada o nariz para rir; seu cabelo e a forma como mexia nele para ajeitá-lo. As veias em suas mãos; sua voz e o jeito calmo de conversar com ele. Adorava vê-lo com Chaerin e Wootak, brincando com eles e correndo como uma criança também.

Taehyung estava cada vez mais apaixonado e achava que não conseguia mais esconder. Ele queria gritar para o mundo, queria gritar para Jeongguk.

Mas, ao mesmo tempo, não conseguia. Não apenas porque se sentia tímido toda vez que pensava em lhe dizer, mas porque estava preocupado com Wootak e sua relação com os avós.

Nas últimas semanas, o casal havia levado Wootak para passear quase dia sim, dia não, e o garoto voltava sempre animado falando sobre os lugares e coisas que havia descoberto, atividades que nunca tinha feito com o pai — e provavelmente nunca faria.

Taehyung havia levado Wootak na manhã daquele sábado para a casa de Chaerin, pois os dois queriam brincar o máximo de tempo possível e Minju dissera para levá-lo para o almoço. "Hoseok e eu queremos levá-los para comer em um lugar novo que abriu", dissera ela. Apesar de tê-lo convidado, Taehyung não queria gastar dinheiro a mais, então recusara o passeio.

Apesar de estar pensando em não gastar dinheiro, agora que Jeongguk havia mandado aquela mensagem, já estava pensando no que faria para comerem à tarde, ou se iriam a algum lugar.

"O que quer fazer?", perguntou Taehyung, respondendo sua mensagem. "Quer sair ou vamos nos encontrar em casa?"

"Posso ir à sua casa?", sugeriu Jeongguk, e Taehyung ficou sonhando com ele até a hora em que finalmente tocou sua campainha.

Quando abriu a porta, o calor do dia entrou no apartamento junto com o perfume gostoso de Jeongguk.

— Oi — Taehyung sorriu timidamente.

— Oi — Jeongguk sorriu de volta, esperando que ele não pudesse perceber seu nervosismo.

Taehyung ficou encarando seu rosto por longos segundos, parado na porta, e Jeongguk não soube o que fazer.

— Ah... — sem graça, ele coçou a cabeça. — Posso... entrar?

— Sim! — Taehyung balançou a cabeça, fazendo uma expressão estranha, e se afastou da porta para que ele pudesse entrar. Que idiota!

Por Taehyung não ter saído da entrada apertada, Jeongguk passou muito próximo a ele, e quando fecharam a porta, ficaram se encarando de perto. Os corações aceleraram.

Pela enésima vez, Taehyung se perguntou se Jeongguk ainda podia gostar dele, os olhos vidrados em seu rosto.

— Taehyung-ah... — o outro olhou para o lado. — Podemos conversar?

Taehyung o encarou surpreso e assentiu. Ele caminhou rapidamente até o sofá, onde ambos se sentaram e ficaram mais um momento em silêncio.

— Por que tudo você pergunta se podemos? — riu Taehyung. — Diga logo. Está tudo bem?