CAPÍTULO 16

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PARTE 31

- Anthony -

Sentiu a respiração ficar visivelmente pesada e então involuntariamente mordeu o lábio inferior antes de voltar o olhar para a mão de Sarah espalmada em seu abdome.

O sorriso dela era ligeiramente indecente mas ainda assim doce, uma mistura perfeita que fazia Anthony sentir desejo e paixão ao mesmo tempo.

— Anthony, você parece nervoso. Está tudo bem ? —  sentiu as unhas de Sarah arranharem docemente sua pele e logo depois seus lábios tocaram-no o pescoço.

Balançou a cabeça fazendo um sinal afirmativo, mas sentia sua pele ferver e o sangue pulsar bruscamente em suas veias.

Em uma fração de segundos, antes mesmo de pensar no que ia fazer, virou seu corpo sobre o dela e prendeu seus braços contra a cama utilizando apenas uma das mãos para isso. 

Beijou-a novamente porém com mais intensidade desta vez, com voracidade e se pode-se dizer literalmente, tesão.

Ouvia alguns grunhidos vindos dela entre beijo além da tentativa incessante de se soltar.   

Parou abruptamente o beijo assim que percebeu que havia o feito e permaneceu calado observando os lábios de Sarah visivelmente avermelhados que logo esboçaram um sorriso terno.

— Me beija, Anthony. — ouviu o sussurro em um tom de súplica da forma mais amável e irresistível possível. 

Na mesmo noite, seus lábios se tocaram diversas vezes, intercalados com carícias até que pegassem no sono juntos, com seus corpos encaixados, de forma que pudessem sentir o próprio calor sendo passado entre si.

PARTE 32

- SARAH - 

Acordou, se viu nos braços dele e instantaneamente sorriu. O cheiro que ele tinha era incomparável, altamente viciante.

Olhou o relógio e pulou da cama apressada quando percebeu estar atrasada para a aula. Vestiu a primeira roupa que encontrou, escovou os dentes e enquanto arrumava o cabelo notou que o havia acordado.

— Bom dia apressadinha. — sua voz era sonolenta e levemente rouca pela manhã.

— Eu estou muito atrasada, tenho aulas importantes hoje e de forma alguma posso faltar. — enquanto falava, pegava alguns livros espalhados pelo quarto e jogava-os na mochila. 

— Não vai nem tomar café da manhã ? tenho algumas consultas hoje também, posso te dar uma carona. — Anthony sentou na cama e passou as mãos no rosto tentando realmente despertar.

— Não precisa meu bem, você ainda nem se vestiu e eu já estou atrasada demais. — pôs a mochila nas costas e quanto ia sair do quarto o viu levantar e vir em sua direção, puxa-la pela mão e então selar seus lábios demoradamente.

— Como pode pensar em sair sem se despedir de mim ? —  esboçou um sorriso involuntariamente ao ouvi-lo falar e suspirou

— Me desculpe e, obrigado por ter ficado comigo. Fique à vontade e tome café se quiser, quando sair entregue a chave ao porteiro, pego quando voltar. —  lhe deu outro selinho, virou-se andando em direção a porta apressada e logo saiu.

Entrou no elevador, escorou-se na parede e mordeu o próprio lábio ao lembrar do beijo, dos toques, do cheiro. O olhar misterioso dele a fazia tremer e desejar intensamente descobrir mais e mergulhar fundo naquela poesia.

— Me conta, doutor. O que há de tão profundo nas entrelinhas desses teus versos. — sussurrou para si mesma e logo viu a porta do elevador se abrir.

Café, insônia, mistério e... anatomia?Where stories live. Discover now