Até o inferno

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O coração de Bill parecia pesar uma tonelada, carregado pela culpa e pelo medo de ter perdido tudo. Ele tomou a difícil decisão de voltar para casa, para Tom, mesmo que seu retorno fosse marcado por desespero e incerteza.

Ele empurrou a porta com um misto de ansiedade e determinação, entrando na casa que uma vez foi seu lar. A cena que se desdobrou diante dele foi dolorosa. Tom estava no sofá, cercado por várias garrafas de bebida, a fragilidade de sua figura contrastando com a imagem forte que Bill sempre conheceu.

Bill engoliu em seco, lutando contra as próprias emoções, antes de finalmente perguntar com a voz trêmula. — Ela realmente foi embora?

Tom olhou para Bill, seus olhos vermelhos e inchados, uma mistura de raiva e tristeza em seu olhar. — Ela não teve escolha, não é? Você a deixou sem escolha.

A culpa pesou sobre Bill, sua voz um sussurro carregado de remorso. — Eu não sabia o que mais fazer, Tom. Eu estava perdido.

Tom balançou a cabeça com descrença, pegando uma garrafa de bebida e tomando um longo gole. — Ela também estava perdida, Bill. E agora ela se foi por causa disso.

Bill se aproximou do sofá, seus olhos encontrando os de Tom com sinceridade. — Eu voltei, Tom. Por você, por nós. Eu entendi que a nossa relação é mais importante do que qualquer coisa.

Tom soltou uma risada amarga, as lágrimas escorrendo por seu rosto. — Ela te disse isso? Que você tinha que voltar?

Bill assentiu, a dor refletida em sua expressão. — Ela me disse que você estava sofrendo. Que a falta do irmão estava te machucando.

Tom ergueu a garrafa de bebida, sua voz embargada. — Ela está certa. Mas o que você acha que vai mudar agora?

Bill ajoelhou-se diante de Tom, segurando seu rosto com cuidado. — Eu não vou mais partir, Tom. Eu estou aqui agora.

As lágrimas de Tom caíram livremente, a dor transbordando em suas palavras. — Eu não posso perdê-la, Bill. Eu não posso perdê-la também.

Bill enxugou as lágrimas de Tom, a proximidade entre eles trazendo uma sensação de alívio. — Você não vai perdê-la, Tom.

Enquanto dirigia em direção ao México, sua terra natal, Cassie estava perdida em pensamentos. A decisão que havia tomado pesava em seu coração, mas ela acreditava que era o caminho certo. A união dos dois irmãos, Tom e Bill, era uma prioridade, e ela estava disposta a abrir mão de sua relação para garantir que eles não se separassem.

O telefone continuava a tocar, chamada após chamada, mas Cassie se recusava a atender. Ouvir as vozes de Tom e Bill a lembraria do amor que eles compartilharam, tornando ainda mais difícil seguir em frente.

Cassie ligou para Klaus, seu pai, e explicou que estava indo para o México. Ela compartilhou com ele a decisão que havia tomado e o motivo por trás dela. — Papai, estou indo para o México escrever um novo capítulo da minha vida.

Klaus, ouvindo as palavras de Cassie, ficou em silêncio por um momento, processando o significado do que ela acabara de dizer. — Cassie, o que está acontecendo? Por que você decidiu isso?

Cassie explicou, sua voz carregada de emoção. — Papai, eu amo Tom e Bill mais do que tudo. Mas minha presença está prejudicando a relação deles. Eu não posso ser o motivo da separação dos irmãos. Eles precisam um do outro.

Houve um silêncio do outro lado da linha enquanto Klaus absorvia as palavras de Cassie.

Cassie enxugou uma lágrima, sua voz trêmula. — Eu não quero partir, papai, mas eu não quero ser a razão pela qual eles se afastam. Eu tenho que fazer isso por eles.

Após encerrar a ligação com Cassie, Klaus sentiu a urgência de agir imediatamente. Ele correu até a casa dos gêmeos, com o coração pesado pelo que acabara de descobrir. Quando ele chegou, encontrou Tom e Bill no sofá, em um estado de desolação, cercados por lágrimas, bebidas e fumaça. Sua expressão de preocupação se transformou em raiva quando viu o estado em que eles estavam.

Klaus: O que diabos está acontecendo aqui? Como vocês dois podem se afundar assim? Cassie, a filha que eu amo, está partindo por causa de vocês!

Klaus: Vocês dois são irmãos, inseparáveis, mas a situação chegou a esse ponto? A ponto de ela sentir que precisa se sacrificar?

A revelação de Bill sobre a situação e a decisão de Cassie atingiu Klaus como um soco.

Klaus balançou a cabeça, processando a gravidade do que estava sendo compartilhado.

Enquanto Klaus absorvia a situação, Tom tomou uma atitude inesperada. Ele ficou na frente de Klaus, com um olhar carregado de dor e angústia. — Klaus, eu não posso carregar esse sentimento. Não posso continuar a viver assim. Se Cassie se foi por causa disso, então eu... eu não posso suportar, me mate, Klaus, por favor.

Klaus: Tom, eu não posso fazer isso. Matar alguém não vai apagar um sentimento, não vai trazer Cassie de volta.

Tom parecia à beira do colapso emocional, sua voz embargada. — Eu não posso mais lidar com isso, Klaus. Essa dor é demais.

Ele olhou para Klaus e então para Tom, suas palavras cheias de determinação. — Nós não somos apenas os dois gêmeos. Cassie faz parte de nós também. Não podemos permitir que ela parta assim. Se precisar, iremos até o inferno buscá-la.

Tom olhou para Bill, seus olhos se enchendo de resolução. — Ele está certo. Eu não posso deixá-la ir embora sem lutar.

Klaus assentiu, sua expressão séria, mas também repleta de apoio. — Eu entendo o quão importante ela é para vocês. Mas, por favor, não tomem decisões precipitadas. A situação é complexa e requer uma abordagem cuidadosa.

Eu irei para o México conversar com Cassie. Vou tentar entender completamente a situação e explicar a ela o que está acontecendo aqui. Manterei vocês informados a cada passo do caminho.

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