15| Presente para mim?

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   Eu sempre fui bom com animais e crianças, já adultos, esse sim era mais difícil para mim

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Eu sempre fui bom com animais e crianças, já adultos, esse sim era mais difícil para mim. Posso dizer isso como a maior verdade da minha vida, odeio pessoas adultas, odeio velhos que se acham melhor que todos porque estão perto da morte, odeio pessoas que acham que são só melhores que os outros, o aqueles que fazem perguntas idiotas ou até aqueles que se fazem de inocentes, que não sabem de nada.

Isso me irrita muito, odeio pessoas.

Fim da história.

Mas, Giulia não era uma dessas pessoas, o que foi uma das coisas que logo me chamou atenção, eu não sentia vontade de empurrar ela para longe de mim, o meu sentimento era ao contrário disso, queria puxar ela para mim, queria abraçar, embalar ela com o meu corpo.

Isso me deixa assustado pra caralho já que é a primeira vez que isso acontece.

Giulia, ainda vestia a mesma roupa de quando fomos ao estúdio de tatuagem, ela estava indo em direção ao que eu imagino ser a sua cozinha, poucos segundos depois, ela volta com um vaso.

Giulia põe o vaso na sua estante, então põe as flores dentro dele. Ela se afasta, com se quisesse olhar a estante como um todo, mas logo balançou a cabeça, mostrando que não gostou de o de ele estava.

Ela pega o vaso novamente no colo, enquanto passa os olhos por todos os enfeites e livros que eu imagino que ela não tenha lido, já que me parece mais ser de enfeito.

Giulia então se inclina, para colocar o vaso, sua blusa se ergueu um pouco, me dando uma bela visão da tatuagem que ela tinha feito.

Porra, ela queria acabar comigo.

Era isso, eu estava à beira da morte. E a culpada de tudo era ela e a sua maldita tatuagem.

Nela estava escrita Fuck me, J

Literalmente Me fode, J.

Puta que me pariu, ela acabou comigo com uma minúscula frase. Onde ela deixou bem claro para quem era. J de Jackson estava ali. Acho que nunca amei tanto o meu nome quanto agora.

— Me fode? — A pergunta pulou da minha boca no mesmo segundo que ela colocou uma mão em cima da tatuagem, tentando esconder.

Ela se ergue tão rápido que acaba batendo a cabeça em uma prateleira e deixando com que o vaso em sua mão, caia no chão, se estilhaçando todo.

— Meu Deus — Resmungo em português me levantando com tudo — Você está bem? — Ela negou, posso ver uma certa... vontade de chorar? — Você quer chorar? — Novamente ela balançou a cabeça, mas dessa vez confirmando — Pode chorar se quiser — Caminhei até ela, puxando ela para mim, para tirar ela do meio dos cacos de vidro.

Assim que eu ergui Giulia, ela passou as pernas pela minha cintura, se prendendo a mim, afundando seu rosto em meu pescoço.

— Minhas flores — Ela choramingou, faço carinho em sua coxa com o meu polegar.

Ganhando - Irmãos De'Lucca 2Where stories live. Discover now