Ganhando - Irmãos De'Lucca 2

05| Não deveria cuidar de mim

    Eu sabia que não iria ser fácil, nada na minha vida foi fácil, mas ter Giulia De'Lucca estava realmente tentando me fazer desistir de me casar com ela, o que era realmente uma pena para ela, porque a menos que eu esteja morto, nós iremos nos casar.

Era estranho pensar, que nesse momento, ela estava bem tranquila dormindo no banco do meu carro, não parecia nem o satanás que ela fez parecer quando jogou um batom na minha testa.

Para dizer a verdade, Giulia não parece ser a mulher que ela quer que todos pensem, mas o que me preocupa, é o porque ela quer passar essa imagem para os outros.

Saio do carro indo para a porta dela, para conseguir tirar ela do carro, Giulia não era pesada, então não foi difícil, mas ainda sim, foi complicado eu conseguir abrir a minha porta e manter ela ainda dormindo.

Chuto a porta para que ela se feche, então vou caminhando com ela em meu colo, para subir as escadas, observo que os quartos que eu deixei para os meus irmãos estão fechados.

Óbvio que estaria, eles estavam nesse exato momento na boate, tirando Nick, que não tinha idade nem para dirigir ainda, ela estava por acaso perdida em algum canto da casa.

— Nick? — Chamo por ela, e não demora para que, de dentro da biblioteca o pequeno corpo saísse.

— Sim? — Ela ergue seus olhos castanhos em confusão para mim — Precisa de ajuda? — Balanço a cabeça negando.

Nick já estava de pijama, seus cabelos escuros estavam presos em uma trança, em sua mão estava um Kindle e na outra um livro que ela tinha achado na biblioteca.

— Comeu algo? — Ela balança a cabeça confirmando — Tudo bem, só não vá dormir muito tarde lendo putaria — Minha Irmã fica vermelha no mesmo segundo.

— JACKSON! — Ela exclama chateada, mas eu só me aproximo deixando um beijo na sua cabeça e vou na direção do meu quarto.

Posso ouvir a porta bater atrás de mim, paro de andar só para poder ter a satisfação de gritar com ela.

— Quebra, não foi você que pagou — digo em português para ela.

Quando você tem uma mãe brasileira, o que você mais escuta são frases que de acordo a todos os brasileiros que eu conheci são frases típicas de mãe, assim como o chinelo voador que não importa a distância, sempre acerta o filho.

Devagar, eu coloco Giulia na cama, a morena resmunga alguma coisa, que não era em nenhuma das línguas que eu falava, arrumei o travesseiro para que ela pudesse dormir bem.

Aproximei minha mão do seu rosto, tirando alguns fios de cabelo que estavam em seu rosto, ela resmungou e se virou, puxando a minha mão, que ela apoiou em baixo do seu rosto, como se fosse uma pelúcia que ela estava abraçando.

— Porra, mulher — Resmunguei baixinho tentando tirar a minha mão, mas ela não aceitou.

— Eu trouxe lenços demaquilantes — Diz Nick.