Não nesse momento.
Deixaria para me culpar talvez outro dia.

- Vamos almoçar na praia e irmos depois ao museu? Fiquei sabendo que tem um no centro.- Ela disse enquanto eu entrava no banheiro. – Não é nenhum programa animador, mas me parece legal.

Sorri.

- Eu adoro ir a centros históricos. Vou amar ir ao museu.- Disse animada, afundando dentro da banheira, enquanto ela enchia.

Pensei em minha mãe, e Gizelly tem razão em dizer que nada do que ela dissesse poderia mudar que eu e Renato somos, pois mesmo que o mundo não fosse mais o mesmo, ele ainda seria o meu irmão.
E eu o amava e não nos separaríamos por nada!

Sabia daquilo, pois mesmo que Tato fosse turrão e difícil de lidar, ele ainda era a pessoa que eu mais confiava no mundo.

Levantei-me da banheira quando meu corpo estava relaxado o suficiente e quando sai vestida em um roupão confortável, vi que o quarto estava vazio e havia um bilhete próximo ao abajur do lado da cama.

‘’ Fui atrás de um café. Meu cérebro necessita de cafeína rs.’’

A letra desleixada de Gizelly me fez abrir um sorriso de canto, enquanto me aprontava, distraída e sem ficar preocupada com nada
Sinceramente, minha calmaria estava me assustando.

Aquela altura eu já deveria estar subindo pelas paredes depois do que aconteceu ontem. Não foi sexo como foi na nossa primeira vez, mas literalmente Gizelly esteve com a cara enfiada em meus seios e a mão entre minhas pernas.

Com toda certeza não era um lance de melhores amigas e eu já estava começando pensar sobre isso..

                                 •••

Desci as escadas da pousada com meu celular em meu ouvido, falando com a minha avó sobre a chegada em Itapegipe e sorri quando ela brigou comigo por não ter ligado mais cedo. Falei que acabei dormindo de cansaço e que havia deixado uma mensagem em seu celular.

Acabei avisando apenas a Renato sobre já estar cidade e esqueci de ligar para minha avó.

- A menina Gizelly também está viajando por essas bandas.- Ela falou me fazendo parar no último degrau, congelada no ar. – A mãe dele passou por aqui para deixar umas coisas pra voce e acabou mencionando. Falei para ela que voce estava viajando. Márcia até mencionou que vocês poderiam ter se encontrado na viagem e estarem juntas. Mas eu falei que se estivesse, voce contaria pra vovó. Não é uma menina de guardar de segredos.

Se não estivesse tão relaxada poderia começar a gaguejar naquele momento, pois vovó falar aquilo como se estivesse total certeza sobre a minha sinceridade.

E se todos forem bem sinceros naquele momento, eu era uma grande mentirosa.

- Claro que não mentiria sobre isso né, vovó?.- Respondi com desdém. –Nem sabia que Gizelly ia viajar, também quase não nos falamos por essa semana. Bom vovó estou chegando a uma reunião agora, te ligo mais tarde.- Mais uma mentira saiu da minha boca com uma facilidade incrível, no instante que alcancei a sala de café da manhã da pousada.

Vi Gizelly sentada em uma das mesas redondas, segurando um cardápio na mão e os cabelos soltos jogados ao vento que entrava pela janela.

Vi Gizelly sentada em uma das mesas redondas, segurando um cardápio na mão e os cabelos soltos jogados ao vento que entrava pela janela

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MÃE POR ACASO (GIRAFA) G!P (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now