Forgive | JIKOOK

Capítulo 20

----------------------------------------------------------Off: Tentei uma coisa nova nesse capítulo. Quando ela chegar, você vai saber :) Não planejo colocar sempre, mas eu espero que seja legal e acrescente na leitura c:
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Algumas semanas já haviam se passado desde o dia em que Jimin voltou de Los Angeles. Para ser mais exato, cerca de um mês e meio, e desde então Jimin vinha conversando bastante com Jungkook.

A quantidade de mensagens trocadas entre os príncipes eram maiores do que a quantidade que eles costumavam ter antes da viagem. Os assuntos discutidos eram nada grandiosos. Eles apenas falavam sobre o que fizeram durante o dia, comentavam algumas coisas bobas um com o outro e às vezes Jungkook até mesmo enviava memes e vídeos idiotas que quase sempre faziam o príncipe coreano rir.

Ainda assim, existiam dias em que eles acabavam não trocando nem mesmo uma curta mensagem de bom dia ou coisa parecida. Só que nenhum dos dois se incomodava com isso. Eles entendiam que em certos momentos um estava ocupado ou cansado demais para falar alguma coisa, principalmente quando Jungkook acabava indo viajar para algum canto do mundo com um fuso horário completamente oposto ao de Jimin ou então quando o Park estava cheio de trabalho. E, nesse momento, esses dois eram as razões para que as almas gêmeas estivessem sem se falar.

Foi a cerca de seis ou sete dias atrás quando Jungkook enviou do nada uma foto para Jimin mostrando que ele estava em Florença comendo macarrão e bebendo um vinho que, segundo o mais novo, era da Toscana.

Naquele dia, Jimin passou bons minutos rindo e tirando sarro da cara do japonês e do seu roteiro cheio de coisas estereotipadas, enquanto Jungkook apenas concordava e acrescentava mais passeios e refeições que ele julgava serem tipicamente italianas.

Na opinião de Jimin, Jungkook era ridículo da melhor forma possível.

Entretanto, enquanto o príncipe japonês curtia as suas férias em belas cidades italianas e comia pizza e todos os tipos existentes de macarrão como se ele estivesse pagando algum tipo de promessa, Jimin continuava em Seul trabalhando como o príncipe disciplinado que ele sempre foi.

Jimin não podia mentir, a reunião na qual ele estava naquele momento era tão chata e irritante que ele só queria bater a sua cabeça contra a mesa de madeira até sangrar. Assim ele teria uma boa desculpa para sair daquela sala cheia de homens velhos que fingiam se importar com o seu país, mas que na verdade tomavam atitudes baseadas em suas opiniões e vontades egoístas para se beneficiar em segredo. Poucos ali dentro realmente queriam o bem geral da população e desses Jimin até que gostava um pouco, mas o grupo que formava a maioria não possuía a mesma ética.

Maldita constituição que permite que o povo vote em qualquer um que deseja se candidatar para certos cargos do governo, Jimin praguejou em sua mente mesmo sabendo bem que os seus bisavós haviam criado a estrutura política daquela forma para distribuir o poder e evitar que um futuro rei se tornasse um tirano descontrolado.

Atualmente, o rei ainda era a maior figura de poder do país e ninguém poderia passar por cima das suas ordens. Logo em seguida na hierarquia de poder vinha a rainha que já era facilidade de depois o príncipe herdeiro, que era Jimin. Abaixo de Jimin estava o seu irmão. O certo seria que o pai de Seonghwa e Jimin estivessem acima deles, mas Donghwa, o atual rei, mudou isso quando declarou que Youngmin estava excluído da linha de sucessão ao trono.

No entanto, segundo a atual constituição do Reino da Coreia, o povo ainda poderia e deveria votar em representantes que iriam levar projetos e propostas ao rei que, ao serem aceitas, passariam por votação entre os parlamentares também eleitos pelo povo. Na opinião de Jimin, era uma boa estrutura, mas em momentos como aquele, ele desejava que a palavra do seu avô bastasse.