Capítulo 17

11.6K 1.5K 211
                                    

LARA BRACHMANN

— Eu quero ver suas tatuagens. — Digo apoiando-me em minha mesa. Minhas pernas não parecem exepcionalmnte confiáveis para me manter de pé.

Não consigo imaginar alguém tão jovem passando por tudo o que Sebastian relatou. Tudo o que posso fazer é supor o medo que ele sentiu quando foi levado até a casa dos Brachmann em plena madrugada para um julgamento. Eu não ficaria surpresa se todos esperassem pelo veredito de morte, é o que as regras ditam. Então meu tio e meu pai ignoraram as convenções e permitiram que Sebastian permanecesse vivo.

Se Sebastian não me quer demonstrando qualquer tipo de compaixão, eu respeitarei sua vontade, mas não quero que o clima mórbido que domina meu estúdio continue. É por isso que decido mudar o assunto e sanar minha curiosidade ao mesmo tempo.

— O que? — Seus olhos ganham um pouco de brilho quando entende o meu pedido.

— Eu gostaria de ver as suas tatuagens. — Engulo em seco. — Tudo o que consegui ver foi a arte em suas costas, mas você parece ter muito mais a explorar.

Com um meio sorriso no rosto, Sebastian puxa a camiseta cinza por sua cabeça sem pensar duas vezes. Eu não me considero uma pessoa religiosa, mas Santa protetora das mocinhas corrompidas, Sebastian é uma visão e tanto.

Abaixo de seu umbigo, quase escondido pelo cós de sua cueca branca, há um desenho de duas mãos esqueléticas segurando uma foice que parece pingar sangue. Acima de seu umbigo há uma balança equilibrada pesando o que parece ser um punhado de corações de cada lado. Há também duas rosas grandes, uma em cada peito, com uma sobreposição de três setas apontando para direções diferentes.

Me aproximo e toco delicadamente a balança em sua pele quente, meus dedos sentindo as ondulações dos músculos de seu abdome. Inclino um pouco a minha cabeça para conseguir olhar o desenho de sua lateral esquerda. É um enorme crânio com a boca aberta com uma cobra o atravessando, passando pelos orifícios ósseos desprovidos de vida.

Inclinando a cabeça para o outro lado, vejo o desenho de dois dragões cuspindo fogo um no outro durante um duelo. O fundo de suas tatuagens são flores ou fogo, o que, de alguma forma, consegue manter todos os desenhos em harmonia, mesmo que não haja qualquer conexão entre eles.

Eu não sei quem é seu tatuador, mas devo parabenizá-lo pelo excelente trabalho. Os desenhos são tão ricos em detalhes. Traços delicados, porém firmes; um jogo invejável de luz e sombra, gradientes de tom e tudo isso sem usar cor. Todas as tatuagens são pretas e o tatuador soube trabalhar muito bem a diferença de pressão para produzir diferentes tons de cinza.

Meu encanto não se resume ao corpo escultural de Sebastian, para ser sincera não me atentei muito a isso, mas a tinta em sua pele me hipnotiza. 

Decidindo ousar, deixo meus dedos escorregarem por seu tronco até chegar no cos de sua calça escura. Ergo meus olhos para ele, encontrando Sebastian me encarando com excitação. Há um montante proeminente em sua calça e a simples ideia de tê-lo excitado por admirar suas artes, me excita também.

— Eu posso?

Sebastian acena em concordância e finalmente alcanço a braguilha de sua calça, libertando o botão e abrindo o zíper antes de me ajoelhar e puxar o tecido grosso para baixo. Sua ereção se torna ainda mais evidente contra a boxer branca, na altura do meu rosto.

O tecido se acumula em seus tornozelos e minhas mãos tocam em suas coxas, sentindo a dureza do músculos marcados permamentemente pela tinta. Em sua coxa esquerda há o desenho de de quatro rasgos, inclusive um jogo de sombras que faz parecer que a pele foi rasgada de dentro para fora, completando a arte com garras na base dos rasgos, como se alguma criatura estivesse o rasgando por dentro. Na perna direita há uma âncora com cordas ao redor. Eu juro que poderia estudar o corpo de Sebastian por dias e não me cansaria.

— É melhor se levantar, princesa.

— Eu não quero me levantar. — Me inclino e beijo a tatuagem de foice, meus olhos não se desviam dos seus. — Você diz que o que é melhor, mas você quer que eu me levante, Sebastian?

— Não.

Fui incapaz de conter ou disfarçar o pequeno sorriso vitorioso em meu rosto.

— Eu estou exatamente onde quero estar. — Me inclino para beijar sua pele novamente, mas desta vez meus dedos me acompanham e, com uma agilidade notável, consigo retirar meu obstáculo.

Não sei dizer exatamente o que esperava, mas em nenhum cenário cogitei a possibilidade de Sebastian ter um piercing em seu pênis. Um que atravessa a cabeça de cima para baixo, com uma pequena bola em cada ponta.

Oh.

Minha.

Nossa.

— É apenas um piercing, não vai te machucar.

— Dói? — Seguro seu pênis para examinar mais de perto sem tocar no piercing.

— Não.

— Nunca pensei que isso fosse possível!

— Tudo é possível, princesa.

Usando sua fala como um incentivo, levo seu pênis à minha boca e rodeio minha língua por sua glande. A sensação do metal contra a minha língua é um pouco estranha, mas não me atrapalha. Bombeio minha mão testando uma pressão leve quando sinto a mão de Sebastian segurar meu cabelo. Não é até que eu aumente um pouco mais meu aperto que ouço seu gemido.

Seus gemidos me guiaram em minha aventura, auxiliando-me no desafio de levar Sebastian ao clímax. Ele me assistiu chegar ao ápice, como se fosse um show a parte e eu quero o mesmo dele.

Os olhos de Sebastian se fecharam à medida que eu explorava as possibilidades, massageando suas bolas, tentando levá-lo mais fundo em minha boca. Não demorou para que eu me acostumasse com o piercing, mas ainda não me sinto confiante em levá-lo à minha garganta.

Nunca fui adepta aos palavrões mas, de alguma forma, ouvir Sebastian xingar entre seus gemidos me excitou e me motivou a continuar. Estava sugando sua glande quando senti suas coxas tremerem sob meus dedos e seu aperto em meu cabelo aumentar.

— Eu estou muito perto, princesa. Oh! Porra!

— Venha, Sebastian. — Voltei a sugá-lo e não demorou muito para que eu sentisse os jatos em minha boca. Confesso que foi um pouco desafiador manter tudo em minha boca com sua grande circunferência, mas eu consegui uma boa parte.

— Você ainda vai matar. — Fala ofegante.

— Não haveria vantagem alguma nisso. — Digo limpando o pouco que me escapou da boca com meu dedo.

A Artista - Série Mafiosos 0.5Where stories live. Discover now