Coração bandido

Capítulo 43

Fernandez 

Acordei assustado com os tiros. 
Estava bem alto, isso que dizer que estão bem próximo. 

Me levantei rápido, fui até o guarda roupa, coloquei uma bermuda e uma blusa qualquer. 
Abri a última gaveta do guarda-roupas e peguei as minhas duas Glock. 

Coloquei cada uma de um lado, peguei o meu colete vesti. 
Calcei um tênis, peguei o radinho e desci correndo. 

Sai e de casa e deixei tudo encostado. 

Colfoi? Tão subindo por onde? - gritei no radinho 

Tão subindo pela rua sete e pela doze, patrão. - alemão falou do outro lado 

Fui correndo pelos becos, cortando caminho.

Tô aqui no beco cinco, preciso de apoio. - falei no radinho mais uma vez 

Tô chegando, irmão! - Vitin gritou do outro lado 

Fiquei atento esperando ele chegar no beco. 
O mesmo chegou de moto, com o Alemão na garupa. 

Patrão a coisa tá feia. - alemão disse descendo da moto - Se moscar, muito soldado vai cair. - se aproximou 

Eles estão em um exercito enorme, irmão. - Vitor desceu da moto - Chama reforço, contata o Abravanel. - neguei - Para de ser emocionado, Fernandez! - falou se aproximando - Pensa na nossa família também, pô! 

Passei a mão no rosto estressado e pensando no que fazer. 

Tu tem que voltar pra tua mulher e a gente também tem um pessoal esperando, pô. - Vitor falou - Não da uma de emocionado, to aqui dando esse conselho como teu irmão. - olhei pra ele 

Abravanel não quer mais saber não...única esperança é o McLaren, mas acho difícil. - peguei meu celular 

Disquei o número dele e esperei o mesmo atender, nada! 
Tentei mais três vezes e ele não atendeu. 

Sem chance, por enquanto é nois por nois, mermo. - guardei o celular e arrumei o meu colete - Bora que essa guerra é só nossa! 

Fui caminhando pelo beco, prestando atenção em cada movimento. 

Presta atenção! - Vitor me puxou para o lado e deu dois tiros no cara - Vacila não, pô! - deu um murro no meu braço - Pra piorar, tu tá sem o fuzil. 

Eu não guardo mais na minha casa e não deu tempo. - falei correndo para o outro beco

Aviste um menor na laje, mirei e dei três tiros, o mesmo caiu. 
Chegamos próximo da rua sete e estava com uns doze caras. 

Tamo fodido. - Alemão deu dois passos para trás 

Fica próximo, um pelo outro! - Vitor saiu correndo para o outro beco e atirando nos caras 

Cara doido, fala pra ficar junto, chama a atenção de todos os caras e ainda sai correndo. 
Coloquei a arma na cintura, recuei um pouco, me pendurei em uma janela e subi na laje. 
Me agachei em seguida, peguei a pistola e me rastejei no chão. 

Peguei a visão dos caras e comecei a atirar. 
Direto na cabeça pra não ter chance! 

Fui atingido! - Vitor gritou no radinho - Minha perna ta fodida, preciso de reforço

Colfoi, Vitor. - respondi - Tá por onde, irmão? 

Tô na dez, Fernandez. Corre que os caras tão chegando aqui. - falou desesperado