O Grande Rei e a Guardiã - As Crônicas de Nárnia

36| A verdade

Sophia Copeland

PROFESSOR CORNÉLIOS ACHOU melhor me deixar sozinha, assim eu poderia estudar os livros que recentemente foram encontrados, examino as pinturas dos três homens, os mesmos estavam com as coroas, assim como no meu sonho.

Passo os dedos lentamente sobre a coroa pintada do suposto homem que seria meu pai.
Mas a pergunta que martela minha cabeça constantemente é — quem são os outros dois ?

-  Achei que estaria aqui.- ouço uma voz familiar, ao olhar para trás me deparo com Edmundo.

O Rei Nárniano se aproxima, sentando ao meu lado, seu olhar cai sobre os livros velhos, ele me olha como se soubesse em parte, do que se trata.

- O que é isso Sophia? - Ed me pergunta passando os dedos sobre a folha desgastada.

- Professor Cornélios me mostrou, acharam da era de prata. - falo e o moreno me olha com espanto nos olhos.

-  Mas isto é teoricamente impossível. - Edmundo diz indignado.

- Assim como nós voltaram a Nárnia. - digo cautelosamente, voltando a atenção ao livro.

- Este é seu pai certo? - Edmundo pergunta vendo o homem, eu aceno concordando. - e estes dois são os outros homens? - mais uma pergunta.

-  São sim, basta saber quem são. -falo passando a página.

Ao passar uma imagem toda branca com algumas árvores resplandece, era neve, a época da feiticeira, mas certamente,a época do primeiro Guardião— meu pai, Alexandre Copeland.

A folha ao lado havia uma escrita entusiasmante, como se houvesse pressa para escrever aqueles versos.
Edmundo me olha acompanhando a leitura.

Mais um dia com neve e calafrios, Alexandre está angustiado assim como todos, é o nosso povo em perigo, nosso sangue em jogo, afinal toda responsabilidade e dever recai sobre nós, a tarefa de um guardião é manter seu povo seguro, só não saberei como manteremos isto, ainda mais sem a ajuda de Aslam.
Nárnia sobre a neve, é problema para nós três.
Ass: CW

Terminamos de ler, demoro uns segundos para processar o que acabará de ler.
Edmundo também parece um tanto perdido.

- Esse CW também é um guardião?- pergunta o Rei me olhando curioso.

-Ao que tudo indica sim.- digo o olhando nos olhos.

- Então isso foi quando a primeira guerra com a feiticeira foi presenciada- Edmundo diz com convicção, mas sua testa franzi logo em seguida. - mas o que não entendo, é quem são os outros.

- São Guardiões. - falo com certeza, tudo indica que sim.

- Sabemos a história, só houve um guardião,seu pai, e depois você. - Edmundo diz me deixando confusa também.

- Mas e se a história não tiver completa? Ou se tiver cortada pela metade. - falo olhando a escrita rápida no papel.

Edmundo me olha cogitando a possibilidade.
Passo mais uma folha e uma pintura, mas desta vez os três homens e duas mulheres, uma delas grávida, de certo minha mãe, mas a outra estava com um vestido rodado não daria para perceber se ela está também grávida ou não.

Do outro lado mais anotações, e um selo com a juba de Aslam.

Rainha Amélia, herdeira dos bosques trêmulos, também Rainha do Guardião Alexandre Copeland

Olho para a ilustração, com calma nos olhos, ela estava tão diferente, tão... radiante, como se o ar de Nárnia a fizesse bem melhor.

- Então você era uma princesa? - Edmundo pergunta com os olhos em mim. - quer dizer... não que eu não considere você como uma princesa, você tem tudo que uma princesa tem mais... mais um pouco. - Edmundo diz nervoso mexendo nas mãos. - você me entende não é?

Nossos rostos estavam próximos, Edmundo examina meus olhos com calma, esperando a resposta.

- Entendo. - falo como um sussurro por conta da nossa curta distância.

- Mas por que não disseram para você quando veio a Nárnia com a gente? - Edmundo pergunta, me deixando sem saber como responder, já que esta pergunta também martela minha cabeça.

- Eu... não sei, deveriam ter falado. - digo olhando a ilustração, com mil possibilidades duvidosas na minha cabeça.

- Já sabemos que teve mais de um Guardião então... só nos resta descobrir quem era os outros dois. - Ed diz raciocinando.

- Isso é uma loucura! - exclamo balançando a cabeça, olhando Edmundo ao meu lado.

- Realmente, mas não entendo como ou se isso tem haver com a morte de Lilliandil ou o ataque de James. - Edmundo diz me olhando.

- Há muitas coisas sem sentido nisso tudo. - falo suspirando, está sendo tão exaustante.

Edmundo se levanta passando a mão no cabelo pensando, eu sei que quando ele não conhece algo ou sabe isso o deixa frustado, Edmundo tem a mania de perfeição, o Rei Nárniano tem medo de fazer algo errado.

- Ed. - falo fechando o livro, colocando encima da pilha de livros velhos.

O moreno me olha, eu me levanto indo em direção ao mesmo.

- Sabe que não precisa ficar se cobrando por isso. - falo pegando nas suas mãos. - é só um sonho bobo, eu nem deveria ter te pedido ajuda e...

- Não é bobo Sophia, e eu fico feliz de está te ajudando nisto. - Edmundo diz dando um sorriso de canto. - e nós vamos descobrir, eu vou te ajudar.

Edmundo olha meus olhos com calma, dando um sorriso de canto, eu sinto que ele quer falar algo, mas não sei o que.

- Eu já estou indo, tenho alguns assuntos sobre a nova Cair Paravel para tratar. - Edmundo diz desviando o olhar.

- Tudo bem, eu também tenho um jantar com Pedro. - falo arrumando o vestido.

- Bom jantar. - Edmundo diz parecendo incomodado, virando as costas, saindo da biblioteca.

Fico sem entender, porque Edmundo está tão estranho ultimamente?
O que estaria acontecendo?

Acho que ultimamente as perguntas são do meu cotidiano, deixo os livros organizados na estante em que achei, saio da grande biblioteca indo em direção ao meus aposentos, me arrumar apropriadamente para o jantar com Pedro.

Gostandoooo?
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Eu sei que estou muito sumida por aqui, masss eu vou escrever mais e postar ok?

Amo vcs e até o próximo ep 💋💗