23| Não consigo falar com ele

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Sophia Copeland

Eu e Edmundo fomos almoçar, fechamos o baú e a porta secreta, trancamos ele com o meu colar, eu não poderia perder esse colar em hipótese alguma.
Chegamos para o almoço e Brooke, Lúcia, Eustáquio e Henry já estavam se servindo, nós falamos com eles e começamos a nos servir.

Durante o almoço eu percebi Henry olhando para Lúcia mais do que o comum, percebo ela com vergonha e levemente vermelha, dou um sorriso balançando a cabeça, Brooke me olha e sorri já sabendo o que está acontecendo, Edmundo parece incomodado.

- Porque olha tanto minha irmã Henry? - Edmundo pergunta e Henry se engasga, Lúcia olha Ed com um olhar mortal, Brooke dá um leve riso.

- Ed!! - chamo atenção do moreno, ele me olha em reprovação, eu o lanço o mesmo olhar.

- Agora o bicho pega. - Eustáquio diz rindo e pegando uma coxa de frango, eu o olho sério, ele levanta as mãos em rendição.

- Eu só estava admirando a beleza da Rainha majestade. - Henry diz e eu o olho como " não posso te ajudar assim".

- Ainda tem coragem de falar isso. - Edmundo diz em um tom de raiva.

- Eu não sou de mentir Rei Edmundo. - Henry diz educadamente, Lúcia sorri boba e Brooke arregala os olhos.

- Vamos nos acalmar né? - falo olhando os dois. - vamos apenas almoçar. - falo tentando acalmar os ânimos, Edmundo ainda encara Henry com cara de poucos amigos.

Terminamos o almoço e cada um foi para um canto, Edmundo ia treinar, Lúcia e Brooke iriam fazer biscoitos, elas me chamaram mas eu não poderia ir,iria tentar falar com meu pai.
Pedro, Caspian, James e Philip não havia chegado ainda, iriam chegar ao entardecer.

Abro meu baú e pego meu livro, eu iria saber o que significa esses sonhos, me sento na cama e abro o livro, me concentro em meu pai e no lugar que ele sempre estava, mas nada acontecia.
Abro os olhos impaciente e tento novamente,me concentro o máximo que posso, mas novamente nada acontece.

Tento mais duas vezes e nada, bufo irritada e guardo o livro no baú, me deito na cama pensando no porque de não conseguir entrar em contato com meu pai.
Depois de um tempo eu me levanto e arrumo um banho, com algumas flores e ervas, demoro um pouco no banho e saio, visto um vestido mais simples, e deito na cama, esperando dar o tempo de Pedro chegar.

Acabo pegando no sono, desta vez sem nenhum sonho, apenas uma tarde tranquila, acordo e arrumo meu cabelo, me sento na minha mesinha e começo a escrever um pouco, já estava anoitecendo.
Paro de escrever assim que alguém entra pela porta brutalmente.
Eu me viro em direção a porta e vejo um Pedro com a cara nada boa.

- Quem ele pensa que é? - Pedro diz nervoso.

- Ele quem ? - pergunto sem entender absolutamente nada.

- Philip. - ele diz zangado, fazendo aquela mesma cara de quando está com raiva de alguém.

- O que ele fez para estar tão estressado ? - pergunto e Pedro anda até a janela com os braços na cintura, ainda com raiva.

- Ele disse que uma estratégia minha não é boa. - ele diz me olhando. - será que ele esqueceu quem é o Rei aqui? - Pedro diz olhando novamente para a janela, com raiva no seu olhar.

- Não liga para ele. - falo como se fosse adiantar de algo.
Pedro olha para a janela ainda com o olhar de ódio.

- Eu tenho vontade de quebrar a cara dele. - Pedro diz com raiva.

- Vai começar a brigar com todos que você vê na frente? - pergunto com ironia, ele me olha e eu o lanço um olhar de reprovação. - o que ele fez ? - pergunto sabendo que Pedro não estaria tão bravo só com isso.

O Grande Rei e a Guardiã - As Crônicas de Nárnia Where stories live. Discover now