O Grande Rei e a Guardiã - As Crônicas de Nárnia

21| Estrelas

Sophia Copeland

Acabo de ler o livro e o fecho, faltava somente três páginas, minha ansiedade talvez falava mais alto para termina-ló mas eu estava deveras cansada, o jantar havia passado, eu não estava com fome, o que mudou um pouco agora.
Decido sair do quarto, assim que viro o corredor, trombo com Pedro.

- Me desculpa. - ele diz e me olha. - estava indo ver como está. - ele diz pegando na minha mão.

-  Eu ia na cozinha agora. - falo soltando uma pequena risada, ele sorri. - como está? - pergunto admirando aquele sorriso maravilhoso.

- Estou bem. - ele diz rodando os braços ao meu redor, me abraçando. - porque não foi jantar ? - Pedro me pergunta.

- Eu estava sem fome. - falo ouvindo as batidas de seu coração sincronizar com a respiração leve do loiro, eu amava isso.

- Te acompanho até a cozinha. - ele diz me olhando nos olhos, eu sem esperar o beijo, ele retribui sorrindo em meio ao beijo. - vamos. - ele sorri pegando na minha mão.

Caminhamos até a cozinha, ao chegar lá os servos já deviam estar dormindo, a cozinha está silenciosamente vazia, sendo iluminada somente por uma media fenda da luz da lua cheia.
Pedro pega uma lamparina e a acende,ele se aproxima até onde estou, eu procuro algo para comer, não olho para o chão e acabo tropeçando em um balde de madeira, fazendo um barulho, ouço a risada de Pedro abafar meu pescoço, eu me viro e começo a rir também.

- Não aconteceu nada. - falo rindo e ele levanta as sombrancelha com um sorriso mostrando os dentes.

- Claro que não. - ele diz semicerando os olhos e comprimindo a boca, eu solto uma risada ao ver sua expressão.

- Será que tem cordeiro com mel ? - pergunto andando um pouco longe do baude no chão, para evitar um outro acidente.

- Com mel ? - Pedro pergunta com estranhamento na voz.

- Sim, nunca experimentou ? - pergunto o olhando próximo de mim, segurando a lamparina, o que ilumina seu rosto, ressaltando seus olhos azuis.

- Não, nunca tive oportunidade. - ele diz tirando um pano de cima de umas travessas.

- Achei. - falo e ele fecha às travessas e vem até mim.

- Parece suculento. - ele diz pegando a travessa com um médio pedaço de cordeiro caramelizado com um pouco de mel por cima.

Pedro se senta em um banco ao lado de uma grande mesa, ele coloca o cordeiro em cima da mesa, vou até uma outra mesa e pego uma faca, e um purê de abóbora, que pelo jeito havia sobrado do jantar, me sento ao lado de Pedro e ele pega a faca partindo um pedaço do cordeiro e me entregando.

- Hum, está muito bom. - falo tampando a boca, com a voz um pouco estranha devido o tanto de cordeiro na boca.

- Nossa. - Pedro diz com a boca cheia também, eu rio. - é uma delícia. - ele diz dando outra mordida no pedaço de cordeiro.

- Eu te disse. - falei pegando um pouco de purê da cor alaranjada.

Nós comíamos como se fosse a melhor coisa do mundo, talvez devia ser, Pedro está com os lábios sujos, na lateral, eu solto uma risada, enquanto direciono o olhar ao cordeiro, pegando outro pedaço.

- O que foi ? - ele fala terminando de engolir um pouco de cordeiro com mel.

- Sua boca, está suja. - falo sorrindo e olhando ele.

- Eu nem percebi. - ele diz sorrindo.

- Eu limpo. - eu rio e vou para pegar um pano alí em cima, mas Pedro o agarra e tira de mim.