Kamari: .. Q-quero.. obrigada. - e depois que falei aquilo, o vilão só se virou e foi andando, ''... O Dabi, desde que contei o porquê da minha tentativa de suicídio.. ele tem ficado muito mais cuidadoso comigo.. apesar de ele querer passar a imagem de ser intrépido... eu.. realmente gosto dele..''. Alguns minutinhos depois, o vil volta com um copo, e logo mais ele fecha a porta, para andar em minha direção e se sentar ao meu lado, e então ele me estende o cálice, e enquanto movo minha mão para pegar o contendor, percebo que ela estava tremendo muito, tipo.. muito mesmo, e pelo visto o Dabi também notou isso e afastou o copo da minha extremidade.

Dabi: Espera aí, você está tremendo demais, assim vai acabar derramando tudo, deixa eu ajudar. - ele então segura minha mão junto ao chá e leva o copo até meus lábios, e depois de tomar uns goles da bebida, afasto minha mão do cálice e lambo meu lábio inferior um pouco - E aí? Melhor?

Kamari: .. Um pouco.. mas... não.. não estou..

Dabi: Tá, me conta o que foi.

Kamari: É que.. não sei se você sabe, mas ontem à noite, o Rushifa me chamou pra conhecer duas pessoas, que aparentemente só queriam falar comigo mesmo, mas chegando num andar bem baixo, ele me trancou numa sala com um menino e uma menina que fazem parte do exército do Re-Destro, mas que... vieram pra descontar sua raiva em mim.. porque matei muitas pessoas do batalhão.. que eles consideravam como.. família... - falei cabisbaixa e indo decrescendo o tom a cada palavra que dizia.

Dabi: Hm.. e essas faixas foram fruto disso por acaso?

Kamari: .. Foram.. eles dois me torturaram.. tanto fisicamente quanto psicologicamente...

Dabi: Tá, mas deixa eu ver se entendi.. eles.. te torturaram, e agora você tá com medo é do Rushifa? Ele não mexeu com você hora nenhuma, pelo que noto. - questionou um pouco confuso.

Kamari: E não mesmo.. mas... m-mas ele.. - a partir dali, meus olhos se encheram de lágrimas - .. Ele ficou só olhando.. doentiamente.. tudo o que me acontecia... tive convulsões por causa da individualidade do garoto que estava lá... e fiquei muito dolorida com a-as feridas causadas pela irmã dele.. e o Rushifa... (pequenos soluços).. só ficou sorrindo.. e olhando meu estado com prazer... como se eu fosse alguém que.. q-que ele queria ver sofrer... - enquanto falava, continuava chorando por causa das memórias que puxei.

Dabi: Entendi.. então.. por ele ser o causador daquele martírio todo, você está com medo dele te fazer sofrer ainda mais, por isso mencionou o Rushifa quando entrei aqui?

Kamari: (funga).. Uhum..

Dabi: Olha, vou ser franco com você.. isso aconteceu ontem à noite, e não tenho informação nenhuma tirando as que você acabou de me falar, mas pelo visto foi bem traumático então.. não tenho muito o que dizer, a não ser só mandar todo mundo pro inferno e que se dane se eles querem o seu mal, tem pessoas que querem o seu bem e ponto final.

Kamari: .. Quer que eu te mostre o que eu vi durante as ilusões do Akumu..?

Dabi: Hmm.. quero, vai, mostra. - e quando ele disse isso, eu saí da cama engatinhando por causa da tremedeira, e então cresci minhas garras e passei-as pela parede, a marcando justamente para desenhar algumas das cenas que mais me marcaram no outro dia - .. Caraca.. qual era o poder daquele cara? - perguntou um tanto curioso e espantado com o que eu havia mostrado na parede.

Kamari: O dom dele se chama 'paralisia do purgatório', ou se quiser.. pode chamar só de 'pesadelo'.. é uma individualidade que, quando o usuário toca a cabeça da vítima.. ele consegue manipular a mente dela pra se lembrar de qualquer momento traumático quantas vezes ele quiser.. como se fosse um transe...

Quatro metades.. duas inteiras (Shoto Todoroki x Oc)Where stories live. Discover now