Quatro metades.. duas inteiras (Shoto Todoroki x Oc)

-MÁSCARAS-

/!\ Aviso: Este capítulo contem spoilers da 6ª temporada de Boku no hero, e pro caso de alguém não ter visto ainda, vou pôr um sinal de '/!\ Spoiler' quando eu escrever o dito trecho. É só isso, boa leitura.

Narra Kamari

*(Dia seguinte... À noite...)*

  A Liga e eu continuávamos na mansão do Re-Destro como esperado, e diferente de quando estávamos na base do Rushifa, todos temos quartos unitários, inclusive eu, não ter mais correntes amarradas aos pulsos todos os dias.. dia e noite.. o tempo todo e sem nem poder andar, combinemos que é um sentimento um tanto libertador né.. até literalmente demais... Mas... neste momento, me encontro em posição fetal sentada no colchão da minha cama, tremendo muito, e com uma feição de profundo medo por causa da minha tortura pelo Akumu e a Gömon, e desde quando eles me fazem sentir dor física, tanto que estou quase toda enfaixada, até quando me fizeram ser torturada psicologicamente, me fazendo sentir rejeição pelo Shoto com a ilusão do Akumu com sua individualidade, todos aqueles julgamentos pelos meus atos.. inclusive o monstro que aquele garoto virou durante a ilusão, me fazendo até ter convulsões de tão intensa que foi aquela miragem.. melhor dizendo.. aquelas miragens.

  Só que... o que mais me causou terror foi o fato de o Rushifa estar se deliciando ao me ver naquelas condições.. e uma imagem a mais que vou levar pro resto da minha vida, é a imagem onde eu estava no chão.. o vendo.. sorrindo... aquele desgraçado sorriso de prazer... aqueles olhos que diziam: 'Bem feito.. bem feito.. bem feito..' ... isso sempre vai me assombrar.

Kamari: (respiração acelerada)... E-ele... aqueles olhos... quis me torturar... ... pra medir minha mente... - falei desesperadamente e num tom mais baixo enquanto ofegava, o meu pavor era tanto que eu quase não piscava, somente tendo em mente as horríveis imagens e cenas que passei ontem. Até que, um tempo depois, eu ouço um barulho de passos vindo em direção ao meu quarto, e então comecei a sentir uma ansiedade muito forte, e principalmente depois que vi uma sombra pela parte de baixo da porta, com aquilo, fiquei respirando bem mais ofegantemente e minhas pupilas ficaram cada vez menores, e então.. a porta começou a ser aberta, e quando notei isso.. me encolhi ainda mais em meus joelhos e me virei de lado - N-não chega perto de mim!!! - gritei numa voz desesperada e fechando forçadamente os olhos.

Dabi: ... Calma.. sou só eu, Kamari. - falou um tanto amolado e levantando as duas mãos um pouco, além de estar com uma feição de surpresa, e então olhei-o.

Kamari: A-ah.. d-desculpa, Dabi, é-é que.. e-eu.. - disse nervosamente enquanto virava de frente pra ele ainda alapada em meus joelhos - É que.. n-normalmente é o R-Rushifa q-que me acorda d-do nada..

Dabi: Ok.. ok.. eu só vim aqui porque literalmente acordei com o som da sua respiração, tava correndo uma maratona é? - perguntou mais neutro.

Kamari: N-não.. e-eu... estou com medo.. - falei mais melancólica.

Dabi: (suspiro profundo).. Tá bem.. agorinha você me esclarece isso tudo. E aproveitando.. quer que eu pegue um chá pra você se acalmar? Você tá hiperventilando tanto que aqui tá quente que nem uma sauna.