Point of view: Lauren— O que acha desse? — Mostrei a Ally outro colar.
Ally — Discreto, aposto que ela iria amar.
Havia levado Allyson para o shopping, e como uma maravilhosa desculpa para justificar aquele passeio, pedi sua ajuda para presentear a minha namorada com algo perfeito, e como a ótima amiga que era, não negou, Ally dava sugestões incríveis, apesar de prendê-la em lojas por mais de duas horas.
— Eu gostaria de um anel, talvez um conjunto completo.
Ally me encarou obscena. — Tipo uma aliança?
— Não… digo… nós namoramos… mas… bem eu… ainda é cedo não é? — Corei pateticamente. — Eu a amo, mas não quero apressar nada, só namorados há alguns meses.
Ally — Calma Lauren. — Allyson riu. — Eu estava brincando. — Observou alguns brincos expostos. — Estou curiosa, você se casaria com a Mila?
Não contive o sorriso. — Se eu falar que sim você me achará patética? — Negou sorrindo. — Eu adoraria me casar com a Camz. Mas nosso relacionamento praticamente acabou de começar e bem, ainda tenho um pouco de receio em me machucar. — Observei seus olhos gentis. — A Camz praticamente me tem em suas mãos, e seria devastador se… — Não ousei terminar.
Ally — A Camila é ótima, e eu sei que ela te ama, eu notei o jeito que ela te olhou na primeira vez… bem, segunda vez que vocês se viram, e aquele olharzinho bobo dela pra você só se intensificou.
Sorri outra vez, lembrando-me de quando levei o Louis para o seu primeiro dia de aula na escola nova.
— Ally, eu gostaria de recompensar a Camz pelo que aconteceu com a Mills, mas, eu não gostaria de ser invasiva. Você acha que seria inconveniente se eu indicasse a Camila para algumas escolas? Eu tenho meus contatos e… — Tive uma ideia. — E se eu comprar a escola?
Ally — Lauren, pelo amor de Deus. — Allyson começou uma gargalhada que me deixou atordoada. — A Mila é uma ótima professora, ela conseguirá isso sem ajuda.
Acenei, me sentindo extremamente patética, outra vez.
Após escolhermos o colar perfeito para a Camila e nos enchermos de sacolas em mais algumas lojas, compramos alguns cafés e partimos para o estacionamento. Estava dirigindo até um certo apartamento para encontrar minha irmã e sua surpresa carinhosa para Allyson quando o celular da minha secretária tocou, e pelo sorriso que deu, tive certeza de que se tratava da minha irmã.
A cada palavra proferida por minha irmã em seu telefone notava Allyson cada vez mais pálida.
— Ally, tudo bem?
***
Sinuhe — Como minha filha está?
Fui desperta ao ouvir a voz angustiada de Sinuhe ao meu lado. Estava naquele hospital a cerca de meia hora, aguardando impacientemente por uma notícia.
Ally — Ainda não sabemos.
Sinuhe — Lauren. — A olhei, tentando controlar as lágrimas insistentes. — Foi aquele homem não foi? — As mãos de Sinuhe agarraram minha camisa, puxando-me em sua direção. — Ele fez isso com a minha filha?
Não conseguia responder.
Dinah — Não sabemos, Sinuhe, pode ter sido ele, ou qualquer outra pessoa.
Sinuhe mantinha seus olhos em mim, ferozes, odiosos. — Isso foi culpa sua Lauren, você deveria proteger ela.
Estava paralisada, imóvel enquanto suas mãos chocavam-se contra meu corpo violentamente. Mal assimilei o que aconteceu a seguir, quase não notei quando alguém agarrou a mulher e a afastou, ou quando alguém se aproximou o suficiente, sussurrando palavras de reconforto. Mas não havia nada concreto a não ser a culpa que me atormentava. Sinuhe estava certa, graças a mim Camila estava lutando entre a vida e a morte. Tentei afastar qualquer pensamento sabotador, mas a culpa se intensificou em meu peito quando observei a enorme mancha de sangue seco nas roupas da minha irmã.
Sinuhe — Vai embora Lauren, isso é sua culpa.
Dinah — Lauren, eu sei que é difícil, mas vamos sair daqui, ok? — A mancha de sangue rapidamente se tornou as feições carinhosas da minha irmã. — Vamos para casa, e depois voltamos, vai ser melhor, a Ally ficará aqui e nos dará notícias.
Não sei exatamente como, mas estávamos caminhando para fora do hospital, e quando abri a porta do carro, me deparei com o sangue encharcando o banco.
Dinah — É melhor ir atrás.
Encarei aquela poça por alguns instante até entrar no carro como minha irmã sugeriu. Durante todo o caminho tentei ignorar o cheiro pungente do sangue inundando o carro, apesar das janelas abertas para dispersar o cheiro. O sangue… o seu sangue… estava impregnado em minhas narinas, impregnado por todo o carro, nas roupas da minha irmã, em suas mãos, seu rosto… E ali, na privacidade do seu carro, me permiti desabar em lágrimas desesperadas.
DU LIEST GERADE
Rewriting The Stars (G!P)
RomantikApós a CEO Lauren Jauregui ter tido seu casamento arruinado, viu seu mundo ruir aos seus pés. Acreditando que uma mudança drástica em sua vida a faria sentir-se melhor, decidiu sair de New York com seu pequeno filho e ir para uma nova cidade. Ao cam...