Capítulo 62

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— Não acredito que me convenceu a isso.

— Me dê um pouco mais de tempo e posso convencê-lo a fazer muitas outras coisas também — ela disse, piscando um olho — Pense um pouco. Minha ideia foi muito inteligente. Onde eu estaria mais protegida de uma invasão se não rodeada por um bando de lobos?

Mikaeel balançou a cabeça.

— Vamos ter cuidado. As coisas estão difíceis desde a última vez que veio aqui. O Lorde Lucius está estressando a todos com a falta de ordens e comunicação. É melhor que aja mais como uma visitante do que uma princesa. Deixe tudo comigo.

Rosé assentiu. Ela tinha visitado com Susan a alcateia há algum tempo. Como sempre, foi muito bem recebida, ainda que tivesse um tratamento diferente da corte. No castelo, Rosé comandava e Mikaeel ficava em segundo plano — ainda que ele contribuisse muito para isso. Aqui, a situação era a oposta, por mais que gostassem dela.

Seu cavaleiro tinha achado mais seguro que ela viesse a cavalo, pois segundo ele, se alguma coisa acontecesse, ela poderia partir imediatamente. Rosé chegou a zombar de sua preocupação, apenas para esconder a sua. Ela estava com medo, por mais que não quisesse admitir. Pensava que possuía o castelo em suas mãos, que não teria grandes problemas em apenas sair por ali, se esgueirando por passagens secretas, ou questionando todos em busca da verdade.

Mesmo com os ataques e os rebeldes acampados no portão. Sentia-se invadida, desrespeitada, ignorada. Mas agora? A Matilha de Zander não era uma alcateia qualquer. Todo lobo que já conheceu estava sob a jurisdição de Mikaeel. Se não a respeitasse como princesa, que respeitasse como aliada do futuro alfa. Isso a mantivera calma para visitar e se divertir na Alcateia de Gangnon outras vezes.

Dessa vez, entretanto, ela aceitou o conselho de Mikaeel. Se manteve quieta mesmo após os olhares curiosos das pessoas-lobo sobre ela.

O sol brilhava por entre as árvores e a neve derretida fazia lama por todo o lugar. Crianças e jovens corriam de um lado para outro, sorrisos genuínos em seus rostos, gargalhadas espalhadas pelo ar. Os adultos, todavia, estavam mais cautelosos. Algumas mães brigavam para que seus filhos voltassem para casa. Outros despejavam grandes sacolas em carroças, como se estivessem de partida.

O clima não era acolhedor como ela pensava que estaria. Cogitou perguntar algo a Mikaeel, mas preferiu se manter calada. Um mero sussurro e todos de uma ponta a outra da alcateia saberiam de seus segredos.

Não demorou muito para que chegassem a casa do Lorde Lucius. Eles pararam ao fundo, longe da atenção. Rosé pegou a caixa que trazia, um pequeno presente para as meninas.

— Da última vez não provei os pãezinhos — resmungou.

— Talvez tenham alguns em casa. As garotas sempre arranjam um motivo para aprontarem na cozinha — ele disse, agarrando sua cintura e a descendo do cavalo.

𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 𝐞 𝐋𝐨𝐛𝐨𝐬Where stories live. Discover now