Capítulo 6

140 29 36
                                    


· · • • • ✤ • • • · ·

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

· · • • • ✤ • • • · ·

— Seu cabelo está muito bonito, vossa alteza real.

— Graças a você, Susan.

Rosé sorriu para a velha mulher através do espelho e agradeceu o penteado que ela lhe fez. Seus cabelos escuros eram rebeldes e volumosos, difíceis de serem domados. Para tal, a princesa levava quase uma hora inteiro para ajeita-lo, pois gostava de banha-lo com óleos e cremes que encomendava da capital.

— Hum, está bonito mesmo. Alguma ocasião especial?

Makaria se aproximou, parando atrás da princesa. Ela tocou em suas madeixas, esticando uma fita de veludo vermelha.

— Nenhuma. Irei a alcateia hoje.

— O Lorde Lucius sabe disso?

A princesa se levantou da cadeira.

— Não quis dizer "o rei sabe disso"?

Makaria pigarreou.

— Lucius é o alfa. Ele deve querer saber quem entra e quem sai da alcateia.

— O meu pai é o rei e eu sou a princesa de Anaclesia. Há algum motivo que me impeça de ir até lá?

A Duquesa Makaria trabalhava no castelo como sua dama de companhia por quase dez anos. Sua pequena matilha imigrante foi uma das poucas que foi permitida se anexar a Alcateia de Gangnon pela antiga alfa. Apesar da situação precária que se encontravam quando pediram abrigo há mais de meio século, sua matilha havia trazido consigo baús cheios de joias preciosas.

Mesmo com a integração rápida demais a nobreza de Anaclesia, recebendo o título honorário de Duquesa de Endellion para trabalhar no castelo, Makaria parecia estar adepta demais aos privilégios da corte.

Ou a arrogância da corte de desafiar a princesa-herdeira do trono.

Ignorando mais resmungos da duquesa, Rosé seguiu acompanhada por Susan – por mais que se perguntasse se não era ela que acompanhava Susan ultimamente. Com pequenos embrulhos de papel enfeitados, Rosé se demorou um pouco antes de partir na carruagem. Tinha a tola esperança que Mikaeel aparecesse de repente e fosse com ela. Ele adorava visitar Gangnon em sua companhia.

Isso ficou no passado, pensou, dando o comando ao cocheiro algum tempo depois.

Olhando pela janela, sentiu-se triste por ver tudo morto ao redor. No lugar onde antes haveria grandes árvores, flores selvagens e o sol escaldante de sempre, fora substituído de vez pelo gelo.

— Quando isso terá fim? – sussurrou.

— O que disse, vossa alteza real? – perguntou Susan, acordando em um sobressalto.

— Está frio hoje.

— Como sempre.

A viagem demorou-se um pouco mais do que de costume, devido as rodas da carroça atolarem na neve. Depois da visita a Árvore de Moreau de manhã bem cedo, Rosé havia almoçado em seu quarto, querendo evitar qualquer interação desnecessária com seu pai ou o Lorde Lucius, já que seu pescoço estava à venda.

𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 𝐞 𝐋𝐨𝐛𝐨𝐬Where stories live. Discover now