Capítulo 32

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Zadkiel permaneceu plantado do mesmo lugar. Rosé lhe deu um último olhar, dessa vez, mais constrangida ainda por ele poder ter ouvido sua conversa com Mikaeel.

Ao entrarem na cozinha, ela viu que havia ainda dois criados terminando de guardar a louça. Ela puxou Mikaeel e ambos se esconderem atrás de uma grande estante perto da porta de onde entraram. Com sorte, os dois não seriam flagrados ali graças a má iluminação do lugar.

O castelo está funcionando no escuro agora? Não há dinheiro para comprar velas?

— Ele disse que iria nos expulsar daqui. Até colocou a mão na espada, todo destemido para me amedrontar – um criado disse, enquanto guardava os pratos em um alto armário.

— Para te amedrontar ou para mostrar como é forte e poderoso? – a criada perguntou.

— Como você pode imaginar uma coisa dessas?

— Eu ainda acho que ele gosta de você.

— E demonstra isso querendo nos expulsar daqui para tornar a cozinha um campo de treinamento do exército? É uma loucura! Quem farará a comida? Duvido que Lorde Lucius suporte comer ração.

Poderia ser alguma coisa útil sobre o exército ou só uma conversa que não deveríamos escutar?

Enquanto ponderava sobre se deveria ou não presenciar a conversa, a princesa sentiu algo pingar em seu ombro. Pela escuridão do lugar ela não pode ver o que havia melado seus dedos quando tocou na gota em seu ombro, mas pode sentir o cheiro de sangue antes mesmo de levá-los ao nariz.

Mikaeel estava parado atrás dela, desnecessariamente perto. Tudo bem, talvez na manhã daquele mesmo dia ela poderia se sentir tão eufórica que poderia desabar no chão, mas agora ela se sentia esquisita. Aquela cena de Mikaeel recebendo o capacete havia provocado alguma coisa nela, um rebuliço que a princesa tinha esquecido há muito tempo – assim como toda Anaclesia.

Para sua felicidade, o incrível dialogo dos criados da cozinha logo teve um fim. Após guardarem tudo e defenderem seu ponto de vista sobre o soldado destemido, forte e poderoso, a dupla fez questão de apagar todas as velas e sair pela outra porta.

Huff, o pintor tinha razão, a porta estava trancada por dentro.

— Por que você está aqui?

— Fale baixo – a princesa ralhou, saindo do seu esconderijo – Alguém pode nos ouvir.

— Não tem ninguém mais aqui além de nós. De nós e de...

— Então até que seu negócio de alfa pode ser útil às vezes – ela suspirou – Estou aqui por que eu quero e posso, ponto final. Agora preste a atenção para não se esbarrar nas coisas, não quero quebrar nada para alertar que alguém ou levarem a culpa.

𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 𝐞 𝐋𝐨𝐛𝐨𝐬Where stories live. Discover now