Capítulo 25

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— Me passe a agulha – Rosé murmurou.

— Qual delas? Existem tantas!

A princesa abaixou o vestido.

— A que está nas suas mãos, duquesa.

A boca de Makaria fez um formado de O. Ela se esticou entre as almofadas e entregou a agulha que segurava para Rosé.

— Estou quase terminando este – ela revelou para ninguém em particular – Mas os apliques estão difíceis de tirar.

— Não entendo por que teima em fazer isso.

— Fazer um vestido novo é muito caro – explicou – Chamar uma costureira para reformar um também é.

— O castelo está passando por dificuldades?

— Por que precisa saber disso? – Susan entrou na sala de cara amarrada – Foi nomeada Ministra da Economia?

Rosé escondeu um sorriu. Ela estendeu o tecido de algodão por seu colo, passando os dedos pelos apliques de lã ao redor do pulso e do pescoço. O simples vestido que tentava ajeitar estava curto demais para ela agora. Usado nas poucas vezes que a princesa podia ir para a alcateia, a vestimenta não passava de suas coxas. Ela resolveu então desmonta-lo peça por peça, ainda que não possuísse tecido de algodão suficiente para fazer outro vestido.

Ela havia procurado alguma outra alternativa. As roupas de Makaria, Susan ou qualquer outra dama de companhia eram luxuosas demais para o que pretendia. Até as das criadas que ela observou nesta manhã pareciam polidas o bastante para chamar atenção onde quer que fosse. Então, a única alternativa que restara era tentar criar um novo vestido com base nos que ela já tinha.

Costurar era um dos seus talentos como princesa. Além de ter tido aulas de canto, dança, música, literatura, história, filosofia, economia, gramática, etiqueta e tantas outras, Rosé havia aprendido costurar. Era um passatempo que a princesa tinha se apegado nos últimos tempos. Enquanto experimentava uma existência solitária em seu quarto, linhas e agulhas foram a sua única companhia.

— Vossa alteza real, coma um pouco – Susan ofereceu um dos pãezinhos doces que se aventurou na cozinha para fazer.

— Claro, muito obrigada, Susan.

A condessa assentiu, os cantos dos olhos avermelhados. Provavelmente, resultado da tarde anterior, onde foi acusada de trair a Coroa.

— Vossa alteza real, se me permite dizer uma coisa, não seria deselegante ignorar o elefante na sala?

Rosé franziu o cenho, olhando ao redor.

— Há um elefante na sala? Onde?

Susan apontou com a cabeça na direção de Mikaeel. Ele estava em pé perto da porta, olhando fixamente para a janela. Nessa posição, Rosé poderia aprecia-lo completamente, se assim desejar.

𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 𝐞 𝐋𝐨𝐛𝐨𝐬Where stories live. Discover now